12:08 A Este de Bucareste, de Corneliu Porumboiu
TCSB, 21h30, entrada livre
debate no final com Maria Paula Meneses e Miguel Cardina
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hoje à noite no TCSB
Segunda-feira, Setembro 26th, 2011esta semana no TCSB: veja o que não pode perder
Domingo, Setembro 25th, 2011CINEMA
de Corneliu Porumboiu
3.º filme do Périplo Cinematográfico Romeno
debate no final com Maria Paula Meneses e Miguel Cardina
segunda, 26/11, 21h30 > entrada livre
CONFERÊNCIA
V Jornada de Dramaturgia Espanhola Contemporânea
terça, 27/11, 16h00 > entrada livre [Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – Sala 13, 6.º Piso]
LEITURA
leitura de excertos de peças de Antonio Onetti
pel’A Escola da Noite e Bonifrates
V Jornada de Dramaturgia Espanhola Contemporânea
quarta, 28/11, 18h00 > entrada livre
TEATRO
Os Bimbos da Arte Monocromática
Grupo de Teatro da Liga dos Amigos do Museu Machado de Castro
sexta, 30/11, 21h30 > sábado, 1/10, 17h00 e 21h30 > 5,00 Euros
e ainda, na Sala-Estúdio da Casa Municipal da Cultura:
TEATRO
“La Calle del Infierno”, de Antonio Onetti
pela Bonifrates
sessão integrada na V Jornada de Dramaturgia Espanhola Contemporânea
quarta, 28/11, 21h45 > 5,00 Euros
Comédia romena na terceira etapa do Périplo
Sábado, Setembro 24th, 2011Dezasseis anos depois da queda de Ceausescu, por altura do Natal, um reformado, um professor de história com problemas financeiros e o patrão de uma televisão local procuram responder à pergunta “houve ou não houve revolução na nossa cidade?”. É a partir daqui que se constrói “12:08 A Este de Bucareste”, a comédia realizada por Corneliu Porumboiu, terceiro filme do Périplo Cinematográfico Romeno. Passa esta segunda-feira, pelas 21h30, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra. Com entrada livre e debate no final.
Incluído no lote de quatro filmes escolhidos para este ciclo a decorrer na cidade de Coimbra até 3 de Outubro, o filme oferece-nos um diferente e divertido olhar sobre a memória dos anos da revolução romena, que colocou fim à ditadura de Ceausescu. Dois supostos “heróis” da revolução numa cidade afastada da capital são colocados em causa em directo, na televisão, ao longo de um talk-show no qual iriam ser homenageados.
A sátira não poupa ninguém e é particularmente acutilante em relação às expectativas frustradas no pós-revolução. Numa entrevista a propósito do filme, Porumboiu, que tinha 14 anos em 1989, afirma: “Eu não pretendo tratar da revolução no meu filme mas tento mostrar o que aconteceu nos dezasseis anos desde aí”. “Tenho a impressão – acrescenta – que as grandes esperanças e desejos que temos tido desde a revolução foram na maior parte decepcionantes. A maior parte das pessoas não estavam preparadas de todo para as mudanças que aconteceram”.
Primeira longa-metragem da carreira de Porumboiu, o filme, de 2006, foi nesse mesmo ano premiado pela Academia Romena de Cinema (melhor longa-metragem e melhor argumento), pelo Festival Internacional de Cinema da Transilvânia (melhor filme em competição e prémio do público), pela Confederação Internacional do Cinema de Arte e Ensaio (prémio CICAE) e pelo Festival de Cannes (prémio Câmara de Ouro e prémio Marca Europa Cinemas). Para além disso, foi ainda distinguido em festivais internacionais em países como a Dinamarca, a Itália, a Croácia, a Grécia e a Tailândia.
À semelhança dos outros realizadores representados no “Périplo”, Corneliu Porumboiu formou-se em realização de cinema na Universidade Nacional de Arte Teatral e Cinematográfica “Ion Luca Caragiale”, de Bucareste. Depois de “12:08 A este de Bucareste”, dirigiu “Intermediar” e “Police, Adjective” (premiado no Festival de Cannes de 2009).
O Périplo Cinematográfico Romeno é uma iniciativa do Instituto Cultural Romeno, em parceria com A Escola da Noite / TCSB e o FilaK Cineclube, que pretende divulgar e debater a nova cinematografia deste país, ainda largamente desconhecida em Portugal. No final de cada sessão (com entrada gratuita), é aberto um espaço de debate com a assistência, com a participação de especialistas convidados pela organização. Para esta sessão, as programadoras do ciclo, Iolanda Vasile e Mihaela Mihai, convidaram o historiador Miguel Cardina e a historiadora e antropóloga Maria Paula Meneses, ambos investigadores do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.