Leia aqui a crítica ao espectáculo “Saloon Yé Yé”, que o Teatro Regional da Serra do Montemuro apresentou recentemente no Teatro da Cerca de São Bernardo. Da autoria de José Costa Brites, foi publicada na passada sexta-feira no “Diário de Coimbra” e posteriormente no blog “Coxia Central” onde este espectador atento nos proporciona a sua leitura dos espectáculos que passam por Coimbra, a par de outros textos de índole cultural e crónicas que, em secção homónima, publica no referido jornal.
foto Maria Campos
Dramaturgo, poeta e romancista, recentemente galardoado com um Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia, pela obra Jardim Suspenso, atribuído pelo Instituto Camões e pela Funarte – Fundação Nacional de Arte do Ministério da Cultura do Brasil, a propósito do qual referiu a satisfação de «mais do qualquer outra coisa», poder «contribuir para enriquecer um pouco, se o termo for feliz, a dramaturgia portuguesa».
Companheiro e amigo d’A Escola da Noite, onde os seus textos já estiveram na origem de três espectáculos: “Além as estrelas são a nossa casa”, com encenação de António Augusto Barros e Sílvia Brito, 2000; “Além do Infinito”, com direcção artística de António Augusto Barros, António Jorge, Ana Rosa Assunção e Sílvia Brito, 2004, e “Este Oeste Éden”, com encenação de Sílvia Brito, apresentado no ano passado no Teatro da Cerca de São Bernardo.
Depois do Teatro da Comuna, onde permaneceu 12 anos fazendo «de tudo», outro dos grupos com quem colabora regularmente é o Teatro Regional da Serra de Montemuro que A Escola da Noite acolhe na sexta e sábado próximos, com um seu texto: “Saloon Yé Yé”.
Nós, naturalmente, aconselhamos que não percam!
fotografia: Lionel Balteiro
A Escola da Noite acolhe no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB) nos próximos dias 29 e 30 de Janeiro, sexta e sábado, às 21h30, o Teatro de Montemuro com o espectáculo “Saloon Yé Yé”, de Abel Neves, com encenação de Graeme Pulleyn.
Desta vez, num registo cómico, Abel Neves transporta os espectadores até “algures na serra, num planalto remoto e quase desértico onde não passa ninguém” e onde “três audaciosos cowboys, mais um rapaz tocador de pianola e uma sedutora e exuberante, cantora coxa, amiga do pianista, empreenderam um negócio rendável”: o “Saloon Yé Yé”.
Em plena crise, num lugar inóspito, no meio do nada, uma empresa que não é fantasma – um Saloon! – tenta prosperar com a sua actividade de serviço público, mas o ambiente não está de feição e o saloon conhece sucessivos donos que, disputando o poder à boa maneira do oeste selvagem, tentam impor a sua lei, mas nunca por muito tempo: incorrigíveis corruptos cedo têm o destino que sabem que merecem.
Catt Pingado, Kid Mocas, Débora Boy, Xerife Olívia, Susy Carioca, Teclas Man, Lulu Quem-me-dera, Speedy Meu, FredySnif e Lucas Rosinha, mais Cavaca, o cavalo com cornos de vaca, são as personagens desta história, destrambelhada, dos nossos dias… ao sabor do velho oeste americano.
M/12 | Duração 90′ | bilhetes entre 6 e 10 euros
Fotografia: @ Lionel Balteiro
O Teatro Regional da Serra de Montemuro (TRSM) apresenta “Saloon Yé-Yé – O Paraíso à Espera”, texto de Abel Neves, com encenação de Graeme Pulleyn pelo país. A digressão começa em Coimbra com dois espectáculos nos dias 29 e 30 deste mês. Mais informações brevemente.
O sítio oficial de TRSM aqui.
Abel Neves, autor de “Além as estrelas são a nossa casa” e de “Este Oeste Éden”, venceu esta terça-feira a III edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia, atribuído pelo Instituto Camões e pela Funarte – Fundação Nacional de Arte do Ministério da Cultura do Brasil.
O júri, composto pelos portugueses Carlos Paulo, Gonçalo Amorim, João Paulo Cotrim e Rui Pina Coelho e pelos brasileiros André Luiz Antunes Netto Carreira, Cristina Sobral Correa Jesus, Renato José Pecora e Tarciso de Souza Pereira, premiou a obra “Jardim Suspenso”, que será agora levada à cena numa parceria entre a Funarte, a Direcção-Geral das Artes e o Teatro Nacional de D. Maria II.
Parabéns, Abel!
