“Mulher Mim”

Setembro 16th, 2010

“Mulher Mim será Elas, corpo de mulheres, consciência femininas, matéria e espírito, martírio e esperança.

O que é uma Mulher, a não ser tantas e tantos? Corpo e Consciência, Coerência e Contradição, Luta e Submissão, Mãe e Pai, Companheira e Filha.

O que é uma Mulher, a não ser Ser em Progresso? Falar de Mulher, hoje, tem essa pertinência: Ela é um Ser, verdadeiramente, em Progresso. A novidade é Ela.
Ela é acção transformadora em curso, talvez não para hoje, talvez não para amanhã, mas em movimento. O Mundo será outro, talvez não melhor, talvez não pior, mas Nosso. Verdadeiramente, dois olhares, quatro mãos, Ela e Ele, duas perspectivas, dois pesos e quantas e tantas medidas. E o Mundo será outro. E eu quero esse Mundo.

Hoje, como amanhã, como sempre, sou Adelaide Cabete (1867-1935) e digo, com aspas: “o Feminismo terminará onde acabam todas as ideias do Progresso e toda a esperança generosa, terminará onde acabam todas as aspirações justas”. Sou Adelaide.

Sobre Mulher Mim, o espectáculo, digo obrigado a Ana de Castro Osório, Maria Lamas, Dulce Maria Cardoso, Pina Bausch, Sophia de Mello Breyner Andresen, Virginia Woolf, Ana Vicente, Fernando Pessoa, Anton Tchékhov, António Gedeão, José Mário Branco, Rodrigo Leão, Karl Kraus, Samuel Beckett, Jean-Luc Godard e Ingmar Bergman (o que fazem os senhores aqui?), Nina Lugovskaia, Avó Rafaela, às Marias Isabel Barreno, Teresa Horta e Velho da Costa, Calamity Jane, Emma Santos, Emily Dickinson, Natália Correia, Adelaide Cabete, Simone de Beauvoir, Harold Pinter e Antonia Fraser, Isabel Allende, Paula Rego. Faltará alguém. Falta sempre. As palavras e as imagens da Mulher Mundo foram escritas por nós.

Obrigado, também, Amy Cutler. Pelo deslumbramento das imagens e pelo que nos dizes. “The gift of being puzzled”, essa dádiva de ser confrontado com peças soltas; o prazer, diria até o direito, de ser desafiado a construir, cada um de nós por si, o nosso próprio objecto artístico.

Foi tão bom.”

Fernando Giestas

17 e 18 de Setembro | sexta e sábado | 21h30

“Mulher Mim” — Magnólia Teatro

Informações e reservas 239718238 | 966302488

leram o livro? viram o filme? não percam a adaptação ao teatro…

Setembro 15th, 2010

A Escola da Noite acolhe hoje (dia 15, quarta, às 21h30) no Teatro da Cerca de São Bernardo, o grupo portuense Chão Concreto com uma surpreendente adaptação do romance “Noites Brancas” de Dostoievsky.

mancha em terras de cor

Setembro 13th, 2010


Hoje à noite “A Barca dos Castiços” apresenta ao vivo o seu primeiro disco: “Manchja em terras de cor”. O grupo,  sediado em Souselas,  foi criado em 2003. Utiliza o património da música tradicional portuguesa como base para a experimentação e para a fusão de vários géneros musicais. O grupo apresenta neste concerto o seu primeiro trabalho discográfico, “Mancha em terras de cor”, que inclui elementos tradicionais, mesclados com elementos da música erudita, do jazz, e também do pop-rock, correntes que fazem parte dos universos pessoais de cada um dos elementos. O resultado é uma matriz de trabalho própria, que cria uma ambiência característica e reflecte uma nova forma de experimentar a tradição.

voz, bandolim e flauta doce Patrícia Ferreira violino, guitarra, cavaquinho, tin twistle, gaita de foles, voz Daniel Crespo piano, cavaquinho/guitarrinho de Coimbra, guitarra David Lopes baixo e voz Fernando Santos guitarra, bateria/percussão e voz João Crespo concertina e percussão Sérgio Forte

entrada livre, mediante ingresso a levantar na bilheteira do TCSB

condições especiais

Setembro 10th, 2010

A Escola da Noite acolhe duas jovens companhias  no Teatro da Cerca de São Bernardo na próxima semana: duas primeiras obras, “Mulher Mim”, de Rafaela Santos, e um inusitado “Noites Brancas”, do grupo portuense Chão Concreto.

Quem desejar assistir aos dois espectáculos dos grupos de teatro que vão ser apresentados, pode fazê-lo em condições especiais: o preço do bilhete para um espectáculo varia entre 6 e 10 Euros e para os dois entre 10 e 15 Euros.

a próxima semana no TCSB: música e muito teatro

Setembro 9th, 2010

A Escola da Noite acolhe várias propostas no Teatro da Cerca de São Bernardo na próxima semana: música com o grupo A Barca dos Castiços que vai apresentar o seu primeiro trabalho discográfico — “Mancha em terras de cor”, e duas primeiras obras de dois novos grupos de teatro, “Mulher Mim”, de Rafaela Santos, e um inusitado “Noites Brancas”, do grupo portuense Chão Concreto.


13 de Setembro | segunda | 21h30
“Mancha em terras de cor A Barca dos Castiços

Sediado em Souselas, “A Barca dos Castiços” foi criado em 2003. Utiliza o património da música tradicional portuguesa como base para a experimentação e para a fusão de vários géneros musicais. O grupo apresenta neste concerto o seu primeiro trabalho discográfico, “Mancha em terras de cor”, que inclui elementos tradicionais, mesclados com elementos da música erudita, do jazz, e também do pop-rock, correntes que fazem parte dos universos pessoais de cada um dos elementos. O resultado é uma matriz de trabalho própria, que cria uma ambiência característica e reflecte uma nova forma de experimentar a tradição. A entrada é livre, mediante ingresso a levantar na bilheteira do TCSB

14 e 15 de Setembro | terça e quarta | 21h30
“Noites Brancas” de Fiódor Dostoiévski — Chão Concreto

Um homem vagueia, sozinho, por S. Petersburgo – a cidade em peso, essa, vagueia pelos verões do campo. Uma mulher espera, sozinha, apoiada no parapeito do canal. Um oportunista, cambaleante e pouco respeitável, ensaia uma abordagem agreste e atrevida à menina do chapéu amarelo. O primeiro, o nosso sonhador, salta de rompante para o outro lado da rua – qual herói improvisado! – e afugenta a ameaça. Os ânimos acalmam. A donzela respira fundo. As mãos apertam-se. É então que ele se apercebe: uma mulher. Conheceu finalmente uma mulher! Depois disso vão encontrar-se ali mais quatro noites. Ela porque espera. Ele porque alimenta a sua espera. O amor há-de chegar de manhã. Quando a noite branca acabar. Quando a realidade tornar tudo estranho outra vez. “Noites Brancas” é um dos maiores romances da literatura mundial. Uma incursão atípica e genial de Fiódor Dostoiévski pela estética do Romantismo.

17 e 18 de Setembro | sexta e sábado | 21h30
“Mulher Mim” — Magnólia Teatro

Esta é a história de uma mulher que é, como quase todas as mulheres, muitas mulheres. “Mulher Mim” é uma peça que retrata a mulher de todos os tempos. Mulheres que trabalham, mulheres que são mães, mulheres que são imperfeitas, mulheres que são mulheres. Uma mulher que viaja a uma velocidade vertiginosa, que se perde na esquina de cada memória, para se voltar a encontrar numa acção, num gesto, num movimento, num cantar secular que a faz recordar quem é.

Informações e reservas 239718238 | 966302488