o Teatro das Beiras em Coimbra

Fevereiro 15th, 2011

"Ay, Carmela!" pelo Teatro das Beiras

O Teatro das Beiras apresenta este fim-de-semana em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, “Ay, Carmela!”, de José Sanchis Sinisterra, com encenação de Gil Salgueiro Nave. As sessões têm lugar sexta-feira e sábado, às 21h30.

“Ay, Carmela!” é um dos mais representados textos da dramaturgia espanhola contemporânea. Partindo do título de uma canção popular entre os republicanos durante a guerra civil espanhola (época na qual se situa a acção do espectáculo), Sanchis Sinisterra apresenta-nos dois artistas de variedades – Carmela e Paulino – que são aprisionados pelo Exército Nacional e obrigados a actuar para entreter as tropas e os restantes prisioneiros. Ameaçados de fuzilamento caso não acatem as ordens dos carcereiros, Carmela e Paulino são obrigados a testar os limites da sua dignidade, enquanto cidadãos e artistas. Resistir ou ceder? Pode a arte sobreviver à privação de liberdade? Como lidar com o medo, a raiva, a injustiça, a impotência e o instinto de sobrevivência de que é feita a nossa humanidade? Temas universais e intemporais, que chamam igualmente a atenção do espectador para a importância da memória em relação aos momentos, trágicos e heróicos, de que é feita a história dos países e das comunidades.

José Sanchis Sinisterra (Valência, 1940) é dramaturgo, encenador e professor de teatro. Inúmeras vezes premiado internacionalmente, destaca-se pelo contributo essencial que deu à renovação da dramaturgia espanhola da segunda metade do século XX, nomeadamente com a pesquisa e a experimentação em torno do conceito das “fronteiras da teatralidade” – o intertextual, a implicação do espectador, a meta-teatralidade. Para além dos textos dramáticos que tem escrito, Sinisterra aborda frequentemente a narrativa, tendo trabalhado dramaturgicamente obras de autores como James Joyce, Julio Cortázar, Franz Kafka, entre outros.

Com interpretação de Fernando Landeira e Sónia Botelho, o espectáculo estreou em 2010 no Auditório do Teatro das Beiras, na Covilhã, e tem cumprido uma intensa digressão nacional. Chega agora a Coimbra, onde é apresentado no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora, uma parceria entre o Theatro Circo, o Teatro da Cerca de São Bernardo e o Teatro Garcia de Resende.

texto José Sanchis Sinisterra tradução e encenação Gil Salgueiro Nave cenografia e figurinos Luís Mouro interpretação Fernando Landeira e Sónia Botelho sonoplastia Helder Filipe Gonçalves desenho de luz Vasco Mósa

M/16 > 135′ com intervalo > 6 a 10 € | informações e reservas 239718238

“Ay, Carmela!”

Fevereiro 14th, 2011

Perdidos numa noite de nevoeiro e fome, dois anónimos “artistas de variedades” caem em território “inimigo”. Aí, em troca da “liberdade”, são obrigados a apresentar o seu espectáculo às tropas vencedoras e aos prisioneiros vencidos. O que fazer à representação para “sobreviver” em tão díspar plateia? Como resistir ou ceder sem abalar a dignidade?
José Sanchis Sinisterra na indagação pelos territórios obscuros da teatralidade, dos seus limites e fronteiras, organiza um “material cénico” desafiador da sensibilidade e inteligência do espectador.


“Ay, Carmela!” pelo Teatro das Beiras

18 e 19 de Fevereiro, sexta e sábado, 21h30

Teatro da Cerca de São Bernardo

o documentário sobre “1974”

Fevereiro 11th, 2011

O programa desta sexta-feira  dia para a Residência Artística do Teatro Meridional em Coimbra é a conclusão do workshop de interpretação, a exposição de Susana Paiva no foyer do TCSB , e, às 21h30, com entrada livre, o documentário de Patrícia Poção sobre “1974” , o espectáculo que é apresentado no sábado e domingo.

poesia portuguesa

Fevereiro 10th, 2011

Miguel Seabra e Natália Luíza | fotografia de Augusto Baptista

as palavras de Eça de Queirós, Luiz Vaz de Camões, Guerra Junqueiro, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner Andresen, Jorge de Sena, Fernando Pessoa, Manuel Alegre, Ana Hatherly, José Régio, Álvaro de Campos, Almada Negreiros, Antero de Quental, Natália Correia, António Lobo Antunes, Vitorino Nemésio, Ruy Belo, Alexandre O’Neill pelo dizer da Natália Luíza

hoje à noite | 10 de Fevereiro, 21h30

Teatro da Cerca de São Bernardo

entrada livre, sujeita a reserva antecipada de lugar

Portugal dos Poetas

Fevereiro 9th, 2011

“Portugal dos Poetas” — um recital com pesquisa, dramaturgia e interpretação de Natália Luíza — é a iniciativa programada para dia 10 de Fevereiro, quinta, na Residência Artística do Teatro Meridional. Devido à procura verificada, o recital que estava para decorrer no TCSBar passou para a sala principal. Aconselhamos a reserva antecipada de lugares.

Natália Luíza | foto de Susana Paiva

“Procurar a identidade de Portugal através das palavras dos poetas, foi este o sentido do caminho.

Reflectir depois, através dos diferentes poemas, que há na maneira de ser e sentir portuguesa uma matriz que atravessa o tempo e que, apesar das suas características individuais, encontramos nas palavras de cada poeta um espelho que nos devolve uma ressonância identitária.”

texto Eça de Queirós, Luiz Vaz de Camões, Guerra Junqueiro, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner Andresen, Jorge de Sena, Fernando Pessoa, Manuel Alegre, Ana Hatherly, José Régio, Álvaro de Campos, Almada Negreiros, Antero de Quental, Natália Correia, António Lobo Antunes, Vitorino Nemésio, Ruy Belo, Alexandre O’Neill pesquisa, dramaturgia e interpretação Natália Luíza desenho de luz Miguel Seabra

TCSB > M/12 > 60′ > entrada livre

NATÁLIA LUÍZA Maputo, Moçambique, 1960. Licenciada em Teatro, Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Bacharel em Psicologia na Faculdade de Psicologia e Ciências da educação da Universidade de Lisbooa. Tem dividido a sua actividade como encenadora, formadora e actriz. É co-Directora Artística do Teatro Meridional e Assessora Artística do Teatro Nacional Dona Maria II.