“Nunca estive em Bagdad” despede-se hoje de Coimbra com uma matiné às 16h00.
Ainda está a tempo. Venha daí!
“Nunca estive em Bagdad” despede-se hoje de Coimbra com uma matiné às 16h00.
Ainda está a tempo. Venha daí!
“Na guerra morrem pessoas. Os jornalistas não devem nunca esquecer-se disso”. José Manuel Rosendo, repórter da Antena Um, na conversa que ontem à noite encheu o bar do TCSB.
“Nunca estive em Bagdad” tem ainda mais duas sessões este fim-de-semana: hoje à noite e amanhã à tarde (16h00). São as últimas oportunidades para assistir em Coimbra a este espectáculo.
Não perca!
José Goulão, 40 anos de jornalismo, na conversa de ontem: “A guerra do Iraque representou uma mudança de paradigma na reportagem de guerra. Este espectáculo mostra isso muito bem”.
Hoje à noite recebemos a Cândida Pinto, o Paulo Moura e o José Manuel Rosendo.
Até logo!
Prossegue esta noite a temporada de “Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves, e o ciclo de conversas com repórteres de guerra, organizado em parceria com a Licenciatura em Jornalismo da FLUC.
Cândida Pinto (SIC), José Manuel Rosendo (RDP) e Paulo Moura (Público) são os convidados de hoje.
Faça-nos companhia!
TEATRO
Nunca estive em Bagdad
de Abel Neves
pel’A Escola da Noite
16 a 19 de Janeiro
quinta a sábado, 21h30; domingo, 16h00
M/12 > 1h15 > 6 a 10 Euros
CONVERSAS APÓS O ESPECTÁCULO
Jornalismo em contexto de guerra
quinta-feira, 16 de Janeiro
Ricardo Alexandre (RDP)
moderação: Carlos Camponez
sexta-feira, 17 de janeiro
Cândida Pinto (SIC)
José Manuel Rosendo (RDP)
Paulo Moura (Público)
moderação: João Figueira
Ciclo organizado em parceria com a Licenciatura em Jornalismo da FLUC. As conversas têm lugar no bar do teatro, imediatamente após as sessões do espectáculo.
2003
16 março — Cimeira das Lages (Açores, Portugal). George W. Bush, Tony Blair e José Maria Aznar, com Durão Barroso como anfitrião, decidem a intervenção militar no Iraque, com a justificação oficial de que o Iraque dispunha de armas de destruição maciça, nomeadamente químicas. Anos depois, todos os protagonistas da Cimeira reconheceriam que tal hipótese era infundada.
20 março — uma coligação formada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, apoiada por Espanha e por Portugal, invade o Iraque a partir do Kuwait, numa operação designada “Choque e Pavor”. Primeiros bombardeamentos sobre Bagdad são transmitidos em directo pela televisão. Até ao final de Abril, mais de 200 mil soldados norte-americanos e ingleses estarão no Iraque.
21 março — começa a batalha de Umm Qasr. O porto da cidade demorou 4 dias a ser tomado.
22 março — as tropas iniciam o avanço em direcção a Bagdad a partir do sul. Começa o cerco a Bassorá.
24 março — Saddam Hussein afirma na televisão que vencerá. Os Iraquianos mantêm emboscadas contra as tropas da coligação.
4 abril — o aeroporto internacional de Bagdad, de grande valor simbólico para o regime, é tomado pelas forças internacionais.
9 abril — as tropas invasoras assumem o controlo da capital. Saddam Hussein desaparece. O derrube da sua estátua na praça Fardus é transmitido em directo para todo o mundo pela televisão.
1 maio — George W. Bush declara o fim das operações militares, tendo atrás de si uma faixa dizendo “Missão Cumprida”. O governo é dissolvido e o presidente Saddam Hussein deposto.
2 julho — George W. Bush declara que as tropas americanas ficariam no Iraque apesar dos ataques e desafia os insurgentes: “Que venham eles!”. A frase é bastante criticada e o presidente vem a lamentá-la mais tarde.
13 julho — o Conselho de Governo Iraquiano, formado por 25 iraquianos escolhidos sob supervisão dos Estados Unidos, tem o seu primeiro encontro em Bagdad.
22 julho — os filhos de Saddam Hussein (Uday e Qusay) são mortos em Mossul, juntamente com os seus netos. Ao todo, mais de 300 líderes de topo do regime anterior foram mortos ou capturados, tal como numerosos funcionários inferiores e pessoal militar.
19 agosto — um camião-bomba explode sob a sede da ONU em Bagdad. O atentado suicida deixa 22 mortos, inclusive o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, representante da ONU no Iraque.
13 dezembro — tropas dos EUA capturam Saddam Hussein num esconderijo subterrâneo próximo de Tikrit.
2005
31 março — Comissão presidencial nos EUA conclui que os serviços de inteligência norte-americanos se equivocaram quanto à existência de armas de destruição em massa no Iraque.
2006
30 dezembro — Saddam Hussein é enforcado.
2010
31 agosto — os Estados Unidos, agora presididos por Barack Obama, concluem a sua missão no Iraque. Permanecem no país 50 mil soldados, para treinar e assessorar as tropas iraquianas. Segundo a ONG Iraq Body Count, mais de 100 mil iraquianos morreram durante uma guerra que causou também a morte de mais de 4 mil soldados americanos, para além de baixas nos outros países da coligação.
2012
30 setembro — ataques com bombas e armas de fogo em nove cidades do Iraque deixaram pelo menos 32 mortos e 104 feridos. Os alvos foram principalmente instalações da polícia em bairros predominantemente xiitas.
2013
dezembro — comunicado da missão de assistência das Nações Unidas no Iraque (UNAMI): Pelo menos 8.868 pessoas, na grande maioria civis, morreram no Iraque em atos de violência em 2013, o maior número de vítimas em vários anos. Dessas vítimas, 7.818 eram civis. A lista inclui os 759 mortos, dos quais 661 civis, verificados em dezembro, mês que registou também 1.345 feridos em actos de violência.