Hoje no TCSB: “Más Caras” e “Da sensação de elasticidade”

Janeiro 9th, 2015

Começa esta noite a instalação da exposição de máscaras de Delphim Miranda.

Às 20h45, três convidados abrem no bar do TCSB as “encomendas” que receberam pelo correio e penduram-nas, dando início à montagem da exposição “Más caras e outras carantonhas”, cuja inauguração oficial ocorrerá a 7 de Fevereiro.

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O público está convidado a acompanhar estes momentos, ao longo desta e das próximas duas sextas-feiras, sempre às 20h45.

Logo a seguir, pelas 21h30, tem início o espectáculo “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres”, de Matéi Visniec.

Faça-nos companhia!

EXPOSIÇÃO
Más Caras e outras carantonhas
de Delphim Miranda
bar do Teatro > entrada gratuita
montagem aberta ao público, por convidados
9, 16 e 23 de Janeiro de 2015
sextas-feiras, 20h45
instalação da última máscara e tertúlia
7 de Fevereiro de 2015
sábado, 22h30

TEATRO

Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres
de Matéi Visniec
pel’A Escola da Noite
encenação António Augusto Barros

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Ricardo Kalash, Joel Santos, Sofia Lobo, Miguel Magalhães, Tiago Martins, Filipe Eusébio e Mariana Duarte, “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres” (©A Escola da Noite/2014)

tradução Luiza Jatobá versão António Augusto Barros e Sofia Lobo elencoFilipe Eusébio, Igor Lebreaud, Jorge Loureiro, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sofia Lobo e Joel Santos, Mariana Duarte, Tiago Martins* cenografia João Mendes Ribeiro figurinos, adereços e imagem gráfica Ana Rosa Assunção desenho de luz Rui Simão vídeoEduardo Pinto som Zé Diogo

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
8 a 25 de Janeiro de 2015
quinta a sábado, 21h30
domingo, 16h00
M/14 > 180? com 2 intervalos
5 a 10 Euros

*alunos estagiários do 3.º ano do Curso Profissional de Artes do Espectáculo / Interpretação do Colégio São Teotónio
informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 /geral@aescoladanoite.pt

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O ESPECTÁCULO

Hoje no TCSB: o regresso de “Da sensação de elasticidade…”

Janeiro 8th, 2015

Com efeito, é por comodidade que dizemos que uma certa categoria de obras literárias é “absurda”. Na realidade, a história e a sociedade é que são por vezes absurdas, monstruosas, grotescas, irracionais. A literatura não é mais do que o espelho do homem e dos seus sofrimentos, das suas dúvidas e dos seus combates.

Matéi Visniec,
“Quando uma peça de teatro se torna uma ponte cultural”

Joel Santos, Igor Lebreaud e Tiago Martins, "Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres" (©A Escola da Noite/2014)

Joel Santos, Igor Lebreaud e Tiago Martins, “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres” (©A Escola da Noite/2014)

TEATRO
Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres
de Matéi Visniec
pel’A Escola da Noite
encenação António Augusto Barros

Escrita pelo dramaturgo romeno Matéi Visniec e nunca antes levada à cena, a peça tem como protagonista Sérgiu Penegaru, um escritor que se recusa a escrever poemas patrióticos e admira o surrealismo. Na Roménia comunista do final da década de 50 do século XX, isso é suficiente para que entre na “lista negra”. As suas obras são proibidas e é preso em Sighet – a penitenciária que realmente existiu, por onde passaram e onde morreram dezenas de presos políticos nesse período. Como forma de resistir ao cárcere, Penegaru e os seus três companheiros de cela divertem-se a representar “A cantora careca”, de Eugène Ionesco.
A memória da realidade concreta que inspirou a escrita da peça (o próprio Visniec foi autor proibido pelo regime de Nicolae Ceausescu), mas também a oportunidade de reflectir sobre a forma como os processos de “lavagem cerebral” actuam na consciência dos indivíduos e condicionam a sua liberdade de pensamento, mesmo em sociedades democráticas e ditas “livres”, são duas motivações indissociáveis para a escolha deste texto, encenado por António Augusto Barros.
Como os autores que Visniec homenageia, e em particular Ionesco e o “teatro do absurdo”, a peça utiliza o humor para evidenciar a violência e o absurdo da própria realidade e mostra-nos como o riso e a arte podem ser formas activas de resistência e de luta pela liberdade.

tradução Luiza Jatobá versão António Augusto Barros e Sofia Lobo elenco Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Jorge Loureiro, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sofia Lobo e Joel Santos, Mariana Duarte, Tiago Martins* cenografia João Mendes Ribeiro figurinos, adereços e imagem gráfica Ana Rosa Assunção desenho de luz Rui Simão vídeo Eduardo Pinto som Zé Diogo

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
8 a 25 de Janeiro de 2015
quinta a sábado, 21h30
domingo, 16h00
M/14 > 180′ com 2 intervalos
5 a 10 Euros

*alunos estagiários do 3.º ano do Curso Profissional de Artes do Espectáculo / Interpretação do Colégio São Teotónio
informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O ESPECTÁCULO

Delphim Miranda regressa ao TCSB com exposição e oficinas

Janeiro 7th, 2015

Menos de um ano depois de nos ter mostrado os seus magníficos bonecos, Delphim Miranda está de regresso a Coimbra e ao TCSB com um conjunto de actividades que se inicia esta semana e só termina em Fevereiro. As inscrições para as oficinas estão abertas a partir de hoje!

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Desta vez, o cenógrafo e artista plástico mostra-nos uma parte das máscaras singulares que foi construindo ao longo do tempo, numa exposição que será gradualmente instalada no bar do Teatro, em sessões abertas ao público, com a cumplicidade de alguns convidados.

Em Fevereiro, no fim-de-semana da inauguração oficial, Delphim partilha os seus conhecimentos e a sua experiência com o público, numa oficina de construção de máscaras que terá lugar em horário pós-laboral, nos dias 6 e 7 (sexta e sábado).

Especificamente para as crianças (e suas famílias), o artista realiza uma mini-oficina, também de máscaras, mas com um tema específico: “Pássaros, passarocos e outros pardalocos” é o sugestivo título de uma iniciativa que promete puxar pela criatividade de miúdos e graúdos, convidados a “trabalhar” em equipa.

Delphim Miranda
Delphim Miranda nasceu em Lisboa em 1947. Frequentou o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e lecciona desde 1971 as disciplinas de Educação Visual e Educação Visual e Tecnológica no ensino oficial. É formador nas áreas de Expressão Plástica, certificado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional.
Depois de ter experimentado diversas formas de comunicação, tais como o Cartoon, a Banda Desenhada, o Cinema de Animação, a Pintura, a Ilustração, a Performance/intervenção, fixa-se no Teatro, trabalhando nas áreas da Cenografia, Figurinos, Adereços, como Actor e como Autor.

Delphim Miranda no TCSB, Março de 2014

Delphim Miranda no TCSB, Março de 2014

Descobrindo no Ensino as Marionetas como unidade de trabalho capaz de envolver os alunos em todas as áreas expressivas, especializa-se nesta Arte, tornando-se profissional. Monta então os seus primeiros espectáculos, em que contracena com as suas Marionetas, contando histórias de sua autoria.
Tem percorrido o país de lés a lés como contador de histórias com marionetas, participando também em festivais de Teatro, nacionais e internacionais. Integrou o Programa de Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian apresentando os seus espectáculos e ministrando formação a professores e animadores nas áreas expressivas.
Durante a Expo 98 integrou o elenco do espectáculo diário “Peregrinação”, conduzindo um dos Peregrimóveis.

EXPOSIÇÃO
Más Caras e outras carantonhas
de Delphim Miranda
bar do Teatro > entrada gratuita
montagem aberta ao público, por convidados
9, 16 e 23 de Janeiro de 2015
sextas-feiras, 20h45
instalação da última máscara e tertúlia
7 de Fevereiro de 2015
sábado, 22h30

 

OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE MÁSCARAS
Más Caras e outras carantonhas – os Zarapelhos
por Delphim Miranda

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Mergulhando fundo nas raízes das nossas tradições, o Diabo, ou o Zarapelho, numa das muitas designações que o identificam – é personagem constante de contos e lendas, sempre com papel de destaque. Malandro e malicioso, está sempre pronto para a festa, participando nela activamente, ajudando e estimulando as relações interpessoais, fazendo e desfazendo namoricos, sempre na melhor das intenções…

Tendo os diabos (ou zarapelhos) como tema, a oficina tem como objectivo ensinar aos participantes a construção de máscaras fantásticas, com materiais de fácil aquisição e manipulação.  Depois de construídas, estas “meias-máscaras” proporcionarão aos portadores uma participação mais activa e mais desinibida em cortejos ou em qualquer outra manifestação em que o fazer e o sentir a festa são o mais importante.

destinatários
professores, educadores, público em geral

duração
8 horas

calendário
6 e 7 de Fevereiro de 2015
sexta-feira, 17h00 – 21h00
sábado, 15h00 – 19h00

preço
25 Euros (público em geral) / 20 Euros (estudante)

 

OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE MÁSCARAS PARA FAMÍLIAS
Pássaros, passarôcos e outros pardalôcos
por Delphim Miranda

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Começando nos “toucados” e na “invasão” do espaço-oficina, com tiras de cartolinas de cores fortes e variadas, nascerão máscaras fantásticas de “pássaros, passarôcos e outros pardalôcos”, inspiradas na Arte Plumária dos Índios do Brasil e de toda a América do Sul e na fauna alada destas mesmas paragens.

Depois, assim disfarçados, partir ao encontro da Festa, antecipando a Primavera!

destinatários
crianças e famílias (M/2)

duração
2 horas

calendário
7 de Fevereiro de 2015
sábado, 11h00 – 13h00

preço
5 Euros (individual) / 7,5 Euros (criança + acompanhante)

informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

Hoje no Bar do Teatro: “Videogramas de uma revolução”

Janeiro 6th, 2015

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Na Europa, no Outono de 1989, a história teve lugar diante dos nossos olhos.

“Videogramas de uma revolução”, de Harun Farocki e Andrei Ujica, mostra a revolução romena de Dezembro de 1989 em Bucareste, através de uma nova forma de historiografia, baseada nos órgãos de comunicação social. Os manifestantes ocuparam a estação de televisão [em Bucareste] e emitiram continuamente durante 120 horas, fazendo do estúdio de televisão um novo local histórico. Entre 21 de dezembro de 1989 (o dia do último discurso de Ceausescu) e 26 de dezembro de 1989 (o primeiro resumo televisionado do seu julgamento), as câmaras gravaram acontecimentos em quase todos os locais mais importantes de Bucareste.

Na Europa moderna, a história sempre foi marcada pelo principal meio de comunicação de cada era: foi influenciada pelo teatro, de Shakespeare a Schiller, e, mais tarde, pela literatura, até Tolstoi. Como sabemos, o século XX é fílmico. Mas só a câmara de vídeo, com as suas possibilidades acrescidas em termos de tempo de gravação e de mobilidade, veio completar o processo de filmar a história. Desde que, evidentemente, haja história.

Harun Farocki concebeu e realizou “Videogramas de uma revolução” juntamente com Andrei Ujica. Ujica, que nasceu em Timisoara em 1951, é um escritor romeno que vive na Alemanha desde 1981, onde é professor de teoria da literatura e da comunicação social. As suas boas ligações com amigos e colegas romenos permitiram aos realizadores aceder aos arquivos de televisão e entrar em contacto com operadores de câmara profissionais e com vários cinegrafistas amadores que documentaram os acontecimentos nas ruas de Bucareste, muitas vezes a partir dos telhados de prédios altos.

“Se no início da revolta apenas uma câmara se atreveu a gravar”, disse Farocki, “centenas estavam em operação no dia seguinte.” (Dietrich Leder, Film-Dienst 24/92)

farocki-film.de

DOCUMENTÁRIO
Videogramas de uma revolução
de Harun Farocki e Andrei Ujica
6 de Janeiro
terça-feira, 21h30
Roménia, 1992, 106′, legendado em português
Bar do TCSB > entrada gratuita

Teatro e cinema romenos no TCSB na estreia de 2015

Janeiro 6th, 2015
Diário de Coimbra, 6 de Janeiro de 2015

Diário de Coimbra, 6 de Janeiro de 2015