Archive for the ‘debate’ Category

2º dia do IV Festival das Companhias

Quarta-feira, Junho 23rd, 2010

Hoje, quarta 23, às 18h na Livraria Almedina Estádio – Mesa Redonda Edição Teatral e dramaturgia contemporânea em Portugal. Os intervenientes são Armando Nascimento Rosa, Regina GuimarãesHelena Simões .

Armando Nascimento Rosa

Natural de Évora é actualmente um dos dramaturgos portugueses mais representados. Doutorado em Literatura Portuguesa Dramática do século XX pela Universidade Nova de Lisboa.

Entre as suas obras destaca-se Lianor no país sem pilhas, a qual mereceu o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte em 2000, após a estreia cénica no Centro Cultural de Belém. 

Várias peças suas estão traduzidas e publicadas em livro, em inglês e castelhano, tendo sido alvo de encenação e/ou leitura encenada em Madrid, Londres, Nova Iorque  Zurique.

Actualmente é professor de Teoria/Estética e Escrita Teatral na Escola Superior de Teatro e Cinema no Instituto Politécnico de Lisboa, actividade que exerce desde 1998.

Regina Guimarães

Natural do Porto, Regina Guimarães tem desenvolvido trabalho nas áreas do Teatro, da Música, da Tradução, Dramaturgia e Educação pela Arte e do Vídeo.

Foi docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e na ESMAE. Foi co-fundadora e directora da revista de cinema A Grande Ilusão. É presidente da Associação Os Filhos de Lumière. Integra o colectivo que a par de outras actividades de criação, publica o jornal PREC.

No campo da canção, compôs para os Três Tristes Tigres de Ana Deus e realizou várias experiências em volta da palavra dita e cantada.

Orientou oficinas de escrita e iniciação ao cinema em vários contextos.

Desde 1975 que trabalha directamente com o realizador Saguenail.

Regina Guimarães destaca-se também pelo seu forte activismo. Foi uma das porta-vozes contra a privatização do Rivoli.

Helena Simões

Licenciada em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico em 1983. 

Pós-Graduada em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde mais tarde concluiu mestrado ao defender a dissertação sob o tema do disfarce na dramaturgia do comediógrafo António José da Silva, preferencialmente no caso Os Encantos de Medeia.

Docente de Expressão Corporal e Vocal no Grupo de Teatro da Universidade Técnica de Lisboa entre 1990 e 1994.

Foi investigadora do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da UL entre 1994 e 2004.

Actualmente é critica de Teatro do Jornal de Letras e é desde 1992 Directora de Cena da Fundação Calouste Gulbenkian.

Conta também com experiência no palco ao entrar, entre outras, em “Lêoncio e Lena” de Buchner e “Pierrot e Arlequim” de Almada Negreiros.

Ônibus 174

Terça-feira, Junho 1st, 2010

Hoje às 21:30 no bar do TCSB será projectado o documentário “Ônibus 174”, de José Padilha e Felipe Lacerda. Filmado no Brasil em 2002, o documentário datado de 2002 mostra os acontecimentos ocorridos no dia 12 de Junho no Rio de Janeiro quando um autocarro cheio de passageiros é sequestrado por Sandro Nascimento, um jovem de 22 anos que inevitavelmente devido ao seu percurso de vida, mais cedo ou mais tarde viria a tornar-se criminoso.

Aliado a este documentário está todo um trabalho de pesquisa que inclui entrevistas com alguns dos intervenientes directos (reféns, polícias, jornalistas) mas também o relato da vida de Sandro, feito a partir dos testemunhos das pessoas que com ele conviveram de perto. “Ônibus 174” é documento perturbante sobre a forma como as sociedades contemporâneas encaram a questão da exclusão social e sobre a forma como esta está inevitavelmente ligada aos fenómenos de violência com que regularmente nos confrontamos.

Ônibus 174 trailer

A entrada é livre.

Reposição 1José 2Rubem 3Fonseca

Segunda-feira, Maio 31st, 2010

É já quinta-feira dia 3 de Junho às 21:30, que o Teatro da Cerca de São Bernardo acolhe o primeiro espectáculo da reposição da Trilogia 1José 2Rubem 3Fonseca. Quem ainda não assistiu, terá oportunidade de entrar assim no universo do autor brasileiro -o dia-a-dia das grandes cidades, a violência física e psicológica, o sexo, a dificuldade de comunicação entre as pessoas, a morte, a indiferença, o crime, a riqueza, o trabalho, a pobreza – cruzam-se nos três espectáculos, ainda que seja possível ver em “José” a violência como fio condutor, em “Rubem” a sexualidade, e em “Fonseca” a solidão.

Quem já viu, terá oportunidade de rever contos como o Cobrador, O Buraco na Parede ou Caderninho de Nomes.

Trilogia 1José 2Rubem 3Fonseca

3 e 4 de Junho – 1José

7 e 8 de Junho – 2Rubem

11 e 12 de Junho – 3 Fonseca

Adjacente a esta reposição, serão projectados no bar do TCSB três filmes relacionados com a temática de Rubem Fonseca.

1 de Junho, terça,21:30 | Ônibus 174
de José Padilha e Felipe Lacerda, Brasil, 2002
documentário, 128 minutos

9 de Junho, quarta,21:30 | Cobrador: In God We Trust
de Paul Ledoc. Argentina, 2006
a partir de textos de Rubem Fonseca, 92 minutos

10 de Junho, quinta,21:30 | O Homem do Ano
de José Henrique Fonseca. Brasil, 2003, 113 minutos
argumento de Rubem Fonseca

“Ônibus 174” no TCSB amanhã

Segunda-feira, Maio 31st, 2010

A pretexto da reposição da trilogia “1.José 2.Rubem 3.Fonseca”, que decorre ao longo da primeira quinzena de Junho no Teatro da Cerca de São Bernardo, A Escola da Noite exibe no bar do Teatro, esta terça-feira, o filme “Ônibus 174”, de José Padilha. A sessão será comentada por Tatiana Moura, investigadora do Núcleo de Estudos para a Paz do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que lançará as bases para um debate com a assistência a partir das várias questões suscitadas pelo filme, nomeadamente sobre os temas da violência urbana e da exclusão social.

No dia 12 de Junho de 2000, um autocarro cheio de passageiros é sequestrado no Rio de Janeiro por Sandro do Nascimento, um ex-“menino de rua”, na altura com 22 anos. O sequestro, que durou mais de quatro horas, foi filmado e transmitido em directo pela televisão para todo o Brasil. A partir dessas imagens e de uma aprofundada pesquisa, que inclui entrevistas com alguns dos intervenientes directos (reféns, polícias, jornalistas) mas também o relato da vida de Sandro, feito a partir dos testemunhos das pessoas que com ele conviveram de perto, “Ônibus 174” é um perturbante documento sobre a forma como as sociedades contemporâneas encaram a questão da exclusão social e sobre a forma como esta está inevitavelmente ligada aos fenómenos de violência com que regularmente nos confrontamos.

Para quem assistiu ou venha a assistir aos espectáculos d’A Escola da Noite construídos a partir da obra de Rubem Fonseca (e, em particular, ao conto “O Cobrador”, incluído em “1.José”), o paralelismo é evidente. Num e noutro caso, quem conta a história faz um esforço por se despir de preconceitos e de moralismos para se cingir à crueza dos factos, por mais dolorosa que seja. Sem maniqueísmos e com a consciência de que há situações em que todos somos vítimas. Muitas vezes, de nós próprios e da forma como preferimos não ver, não saber, não fazer. “Ônibus 174” é, neste sentido, um murro no estômago, a que ninguém pode ficar indiferente.

Tatiana Moura, licenciada em Relações Internacionais pela Universidade de Coimbra e doutorada em Sociologia pela Universidade Jaume I (Espanha), tem um vasto currículo na investigação e na intervenção em contextos de exclusão e violência armada urbana, nomeadamente no Rio de Janeiro. Entre outros, foi coordenadora dos projectos ““Mulheres e violências armadas. Estratégias de guerra contra mulheres em contextos de não-guerra: Rio de Janeiro, San Salvador e Medellin” (2006-2008) e “”Mulheres e meninas em contextos de violencia armada. Um estudo de caso sobre o Rio de Janeiro” (2005-2006). Mais recentemente, coordenou o estudo “Violência e armas ligeiras: um retrato português”, cujos resultados foram publicamente apresentados em Lisboa, no passado dia 20 de Maio. No âmbito dos projectos realizados no Rio de Janeiro, integrou as equipas de produção e de realização dos documentários “Uma mãe como eu” e “Luto como mãe”, ambos sobre os impactos da violência armada sobre crianças nas suas famílias e, em particular, junto das suas mães. “Luto como mãe”, de Luis Carlos Nascimento, foi exibido em Junho de 2009 no Teatro da Cerca de São Bernardo, numa sessão com a presença do realizador e de uma das protagonistas do documentário. No Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, é actualmente coordenadora do Observatório sobre Género e Violência Armada (OGIVA) e do Núcleo de Estudos para a Paz (NEP).

Ônibus 174 de José Padilha e Felipe Lacerda. Brasil, 2002, documentário, 128 minutos

Uma investigação cuidadosa, baseada em imagens de arquivo, entrevistas e documentos oficiais, sobre o seqüestro de um ônibus em plena zona sul do Rio de Janeiro. O incidente, que aconteceu em 12 de junho de 2000, foi filmado e transmitido ao vivo por quatro horas, paralisando o país. No filme a história do sequestro é contada paralelamente à história de vida do sequestrador, intercalando imagens da ocorrência policial feitas pela televisão. É revelado como um típico menino de rua carioca transforma-se em bandido e as duas narrativas dialogam, formando um discurso que transcende a ambas e mostrando ao espectador porque o Brasil é um país é tão violento.

1 de Junho terça, 21h30, entrada gratuita, “Ônibus” 174 | TCSB
seguido de debate sobre a violência urbana, moderado por Tatiana Moura do Núcleo de Estudos para a Paz do CES

“A Minha Vida Sem Mim [My Life Without Me]”

Quarta-feira, Março 17th, 2010

No próximo dia 22 de Março (segunda-feira), no bar do TCSB , decorre uma nova sessão do ciclo de cinema INCORPORAÇÕES com a projecção do filme “A Minha Vida Sem Mim” de Isabel Coixet. Neste ciclo, organizado pelo Núcleo de Estudos sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade do  Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, os filmes foram escolhidos e são comentados por investigadores desse Núcleo: o comentário a este filme é feito por Ângela Marques Filipe, investigadora do CES. A entrada é livre.

“A Minha Vida Sem Mim” SINOPSE Existem momentos nas nossas vidas que nos mudam verdadeiramente, alturas da nossa existência em que podemos ver o nosso destino e toda a sua complexidade, dor e glória. Para Ann (Sarah Polley), a heroína do filme “A Minha Vida Sem Mim”, um desses momentos está prestes a acontecer. Ann, tem 23 anos, duas filhas, uma marido que passa mais tempo desempregado do que a trabalhar, uma mãe que odeia o mundo, um pai que passou os últimos dez anos na prisão, e um trabalho nocturno numa universidade que jamais terá dinheiro para pagar. De alguma maneira ela consegue manter a cabeça erguida, sobrevivendo, não vivendo. A sua vida sofre uma reviravolta, quando Ann descobre que tem um cancro e tem apenas dois meses de vida. Ela decide não contar a ninguém e secretamente faz uma lista de coisas que sempre quis alcançar na vida mas nunca teve tempo, nem coragem para realizar. De repente Ann descobre o prazer de viver, e a jornada emocional de Ann vai conduzi-la a lugares inesperados a a sua vida ganha um novo significado. REALIZADOR Isabel Coixet INTÉRPRETES Sarah Polley, Scott Speedman, Deborah Harry, Mark Ruffalo, Leonor Watling, Amanda Plummer, Julian Richings, Maria de Medeiros, Jessica Amlee, Kenya Jo Kennedy, Alfred Molina, Sonja Bennett. (Espanha, 2003 – 106m).