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“O Abajur Lilás”: comentários do público

Sexta-feira, Junho 15th, 2012

Hoje em Braga. A partir da próxima semana de novo em Coimbra, de quinta a domingo.

Faça-nos companhia!

O Abajur em Braga

Quinta-feira, Junho 14th, 2012

"O Abajur Lilás" (foto: Paulo Nuno Silva)

Hoje e amanhã à noite, abrimos a porta do nosso prostíbulo no Theatro Circo.

Não perca!

“O Abajur Lilás” no Theatro Circo de Braga

Terça-feira, Junho 12th, 2012

A Escola da Noite e o Cendrev – Centro Dramático de Évora apresentam a 14 e 15 de Junho, no Theatro Circo de Braga, o espectáculo “O Abajur Lilás”, de Plínio Marcos. A co-produção estreou em Abril no Teatro Garcia de Resende e encontra-se actualmente em digressão nacional. O regresso das duas companhias a Braga acontece no âmbito da rede Culturbe, que junta os teatros municipais de Braga, Coimbra e Évora.

Ana Meira, "O Abajur Lilás" (foto: Paulo Nuno Silva)

Três prostitutas – Dilma, Célia e Leninha – partilham o quarto onde vivem e trabalham. O proprietário do prostíbulo exerce pressão sobre elas para que aumentem a produtividade, socorrendo-se sempre que necessário de Osvaldo, o seu capanga. As relações entre as diferentes personagens são utilizadas por Plínio Marcos para falar da situação do Brasil na década de 60, sob a ditadura – a peça foi escrita (e proibida pela primeira vez) em 1969. Em 1975, depois de uma segunda proibição, “O Abajur Lilás” viria mesmo a tornar-se uma bandeira em defesa da liberdade de expressão e contra as diferentes formas de opressão e exploração.
Sábato Magaldi, crítico brasileiro, considerou-a como “a mais incisiva, dura e violenta” das peças que analisaram a situação brasileira pós-1964 (data do golpe de estado que instituiu a ditadura militar) e afirmou que ela servia “de desnudamento de um período de terror”. Salientou, também, a universalidade e a intemporalidade do tema que, metaforicamente, percorre toda a obra: ela é “um contundente veredicto contra o poder ilegítimo”.

Um português amplo
Reconhecido pela linguagem marginal que utilizava nas suas peças, Plínio Marcos assumia a intenção: “escrevia como se falava nas cadeias. Como se falava nos puteiros. Se o pessoal das faculdades de linguística começou a usar minhas peças nas suas aulas e pesquisas, que bom! Isso era uma contribuição para o melhor entendimento entre as classes sociais”.
“O Abajur Lilás” está carregado dessa gíria específica, identificado com a zona portuária da cidade de Santos (São Paulo), de onde o autor era natural. Mas Plínio acrescentava sempre expressões e palavras novas, criadas por si, repletas de significado, força e poesia.
Propositadamente, a versão apresentada pelo Cendrev e pel’A Escola da Noite respeita o texto original praticamente na íntegra. Por um lado, porque seria impossível fazer uma adaptação ao “português de Portugal” sem afectar a estrutura original da peça; por outro lado, porque este português amplo oferece ao espectador um surpreendente conjunto de palavras e expressões pouco utilizadas na linguagem do dia a dia mas que fazem parte da diversidade e da riqueza da língua portuguesa, que demasiadas vezes permanecem esquecidas.

Esta co-produção
O Cendrev (fundado em 1975) e A Escola da Noite (fundada em 1992) pertencem a duas “vagas” distintas da descentralização artística em Portugal e mantêm há muito relações de colaboração e intercâmbio. “O Abajur Lilás”, encenado por António Augusto Barros e com cenografia de João Mendes Ribeiro e Luisa Bebiano, é a primeira co-produção entre os dois grupos.

O Abajur Lilás
de Plínio Marcos

encenação António Augusto Barros  interpretação Ana Meira, José Russo e Rosário Gonzaga (Cendrev) e Maria João Robalo e Miguel Lança (A Escola da Noite) cenografia João Mendes Ribeiro e Luisa Bebiano figurinos Ana Rosa Assunção desenho de luz António Rebocho banda sonora André Penas

M/16 > 1h40, com intervalo

Braga, Theatro Circo
14 e 15 de Junho
quinta e sexta-feira, 21h30

Antes que seja tarde

Segunda-feira, Junho 4th, 2012

Sai amanhã o número 3 do Jornal das Companhias. Pré-publicamos o editorial, em nome três teatros que fazem a Culturbe.

ANTES QUE SEJA TARDE

A rede Culturbe faz dois anos. Até ao final de Maio de 2012, circularam pelas três cidades 10 companhias nacionais e internacionais e quase 30 espectáculos de teatro e dança vistos por mais de 6 mil espectadores. Foram organizadas várias oficinas para mais de 500 formandos, nas áreas da dramaturgia, da interpretação, da manipulação de marionetas e de movimento.

Até ao final do ano (e, desejavelmente, também em 2013), esta rede abarcará ainda mais companhias, espectáculos e acções de formação, prosseguindo a sua missão de complemento à programação dos três teatros municipais com companhia residente que a compõem.

Dois anos depois, a Culturbe volta a proporcionar ao público um momento de festa, com o Festival das Companhias da Descentralização, uma das linhas essenciais do seu programa. Serão cinco dias de intensa actividade, com a presença de seis companhias de teatro e a apresentação de sete espectáculos distintos, tendo como sede o Teatro Garcia de Resende, em Évora. É uma boa forma de celebrarmos, com o público e com os artistas, a passagem deste aniversário.

O festival devia ter sido realizado em 2011. Incompreensíveis atrasos na formalização dos contratos de financiamento da rede (no âmbito do QREN) inviabilizaram essa possibilidade e têm condicionado a programação. Ao fim de dois anos, e com toda esta actividade realizada, nenhum dos três teatros recebeu ainda qualquer parcela da comparticipação atribuída.

Se num contexto normal isso já seria grave, na situação actual é verdadeiramente calamitoso. Com as variantes decorrentes dos contextos jurídicos, políticos e institucionais de cada Teatro, o cerco aperta-se por todos os lados – lei dos compromissos, cortes no financiamento da Direcção-Geral das Artes, aumento do IVA, quebra generalizada das verbas de patrocínio e mecenato e, à excepção de Braga, atrasos no pagamento das autarquias.

As redes de programação como a Culturbe, financiadas por programas comunitários, foram criadas para potenciar o trabalho de estruturas que supostamente teriam uma estabilidade mínima. Face à drástica redução dos orçamentos próprios dos teatros públicos, elas converteram-se entretanto numa espécie de bóia de salvação, que ajudava a disfarçar o desinvestimento estatal. Hoje em dia, com estes atrasos, elas transformaram-se num problema adicional com que os teatros têm de lidar, agravando a sua já muito débil sustentabilidade financeira.

Neste caso, não colhe sequer o argumento da crise ou da “austeridade necessária”. Pelo contrário, o dinheiro vem “de fora” e em nada onera as contas do Estado. Ele poderia e deveria estar a ser usado para dinamizar o sector.

É importante dizer que a Administração Central não investe neste momento dinheiro nenhum no funcionamento e na programação dos teatros públicos espalhados pelo país. O que está a ser feito acontece graças ao investimento das autarquias ou ao que as companhias residentes retiram ao seu próprio orçamento para os colocar a funcionar. Os fundos comunitários são obviamente uma boa solução para evitar que o país retroceda 20 anos, ao tempo em que nem as capitais de distrito tinham salas de espectáculo a funcionar. E não têm de custar dinheiro ao Estado – exigem apenas agilização de procedimentos e, na falta de meios próprios, a definição de políticas que consigam aproveitar a capacidade instalada no terreno e potenciá-la com os recursos externos captados.

Em tempo de crise generalizada, os teatros estão à beira do colapso. Queremos evitá-lo e queremos discutir o assunto, acreditando que é ainda possível encontrar soluções.

É também para isso que se faz este festival. Antes que seja tarde.

A Escola da Noite / TCSB

Centro Dramático de Évora / TGR

Theatro Circo de Braga

Animais Nocturnos em digressão

Terça-feira, Janeiro 31st, 2012

Miguel Magalhães, Sofia Lobo e Miguel Lança, Animais Nocturnos (foto: Augusto Baptista)

Os nossos animais já estão em Braga, a preparar o primeiro espectáculo da digressão nacional do espectáculo.

Encontre-nos aqui:

BRAGA, Theatro Circo

2 e 3 de Fevereiro

quinta e sexta-feira, 21h30

ÉVORA, Teatro Garcia de Resende

15 e 16 de Fevereiro

quarta e quinta-feira, 21h30

CAMPO BENFEITO (Castro Daire), Teatro do Montemuro

10 de Março

sábado, 21h00

Faça-nos companhia!