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Teatro do Montemuro volta ao TCSB com “Remendos”

Quarta-feira, Outubro 5th, 2011

O Teatro do Montemuro apresenta terça e quarta-feira, no Teatro da Cerca de São Bernardo, o espectáculo “Remendos”, de Thérèse Collins. Presença regular nos palcos da cidade, o grupo de Campo Benfeito traz a Coimbra a sua mais recente produção, no âmbito da rede Culturbe.

(foto: Lionel Balteiro)

“Remendos” é uma viagem comovente e divertida à mente conturbada de uma mulher”, feita “entre o real e surreal”. Inês é a jovem mais bonita da sua aldeia. Irreverente e cheia de vida, é confrontada com o “arranjo” de um casamento e com a pressão da comunidade, “que julga e leva as suas presas ao limite, empurrando-as para o abismo”. Haverá esperança para ela? Terá ela força para impedir que sejam outros a traçar o seu destino?
A companhia sediada na aldeia de Campo Benfeito (Castro Daire), que ao longo dos seus 16 anos de actividade construiu e consolidou uma linguagem artística própria e reconhecida no panorama teatral português, volta a apresentar um texto inédito de Thérèse Collins, desta vez com encenação de Paulo Duarte e interpretação de Abel Duarte, Eduardo Correia, Isabel Pinto, Paulo Freitas e Rebeca Cunha. A direcção musical é de Ricardo Rocha e Carlos Adolfo e a cenografia e os figurinos são de Ana Limpinho, colaboradores habituais da companhia.
As apresentações em Coimbra, marcadas para 11 e 12 de Outubro (terça e quarta-feira), às 21h30, ocorrem no âmbito do intercâmbio regular entre o Teatro do Montemuro e A Escola da Noite e da rede Culturbe, projecto de programação financiado pelo QREN que une o TCSB ao Theatro Circo, de Braga, e ao Teatro Garcia de Resende, de Évora. No âmbito da mesma rede, A Escola da Noite acolhe ainda este mês “Nortada”, um dos espectáculos que integra a residência artística de Olga Roriz em Coimbra, entre 18 e 26 de Outubro.

teatro
Remendos
TEATRO DO MONTEMURO
11 e 12 de Outubro, terça e quarta, 21h30

texto Thérèse Collins encenação Paulo Duarte direcção musical Ricardo Rocha e Carlos Adolfo interpretação Abel Duarte, Eduardo Correia, Isabel Pinto, Paulo Freitas e Rebeca Cunha cenografia e figurinos Ana Limpinho costureiras Capuchinhas CRL e Maria do Carmo Félix construção de cenários Carlos Cal desenho de luz Paulo Duarte operação técnica Carlos Cal e Paulo Duarte
M/12 > 1h40 > 6 a 10 € (espectáculo no âmbito da rede CULTURBE – Braga, Coimbra e Évora)

Outubro no TCSB

Sábado, Outubro 1st, 2011

A residência artística de Olga Roriz, entre 18 e 26 de Outubro, é o ponto alto da programação desenhada pel’A Escola da Noite para o Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, neste mês de Outubro.
Três espectáculos (incluindo a nova criação “PETS”, que estreia no início do mês em Lisboa), três filmes, uma masterclass, uma exposição de fotografia e vários momentos de encontro com os espectadores compõem a programação desta residência. Uma oportunidade única para conhecer ou revisitar o percurso criativo de uma das mais importantes bailarinas e coreógrafas nacionais numa cidade onde já não se apresentava há quatro anos.
O cinema romeno (cujo ciclo termina no dia 3) e alemão (com um documentário de Fatih Akin) pontua o início e o final do mês, marcado ainda pelo regresso a Coimbra do Teatro do Montemuro, no âmbito da rede CULTURBE – Braga, Coimbra e Évora.

01/10, sábado
TEATRO
Os Bimbos da Arte Monocromática


de Ricardo Kalash, Guilherme Portugal, Hugo Fonseca e Pedro Silva
Grupo de Teatro da Liga dos Amigos do Museu Machado de Castro
17h00 e 21h30 > 5,00 Euros (preço único) > M/12

03/10, segunda
CINEMA
Histórias da idade de ouro


de Cristian Mungiu, Ioana Uricariu, Hanno Höfer, Razvan Marculescu e Constantin Popescu (Roménia, 2009)
integrado no ciclo Périplo Cinematográfico Romeno (apoio: Instituto Cultural Romeno)
21h30 > entrada livre > M/12

11 e 12/10, terça e quarta
TEATRO
Remendos


de Thérèse Collins
Teatro do Montemuro
no âmbito da rede CULTURBE – Braga, Coimbra e Évora
21h30 > 6 a 10,00 Euros > M/6

18/10, terça
DANÇA
Electra


Companhia Olga Roriz
integrado na residência artística Olga Roriz no TCSB
21h30 > 6 a 10,00 Euros > bilhete geral para os três espectáculos da residência:15 a 24€ > M/12

18 a 26/10, terça a quarta
DANÇA / EXPOSIÇÃO
Exposição de fotografias
Companhia Olga Roriz
integrada na residência artística Olga Roriz no TCSB
segunda a sexta, 10h00 – 24h00 > sábado e domingo, 14h30 – 24h00 > entrada livre

19/10, quarta
DANÇA / FORMAÇÃO
Masterclass
de Olga Roriz
integrada na residência artística Olga Roriz no TCSB
16h00-19h00 > 25,00 Euros

19/10, quarta
DANÇA / VÍDEO
Sesta + Interiores
de Olga Roriz
integrado na residência artística Olga Roriz no TCSB
bar do TCSB > 21h30 > entrada livre

21 e 22/10, sexta e sábado
DANÇA
Nortada


Companhia Olga Roriz
integrado na residência artística Olga Roriz no TCSB e no âmbito da rede CULTURBE – Braga, Coimbra e Évora
21h30 > 6 a 10,00 Euros > bilhete geral para os três espectáculos da residência:15 a 24€ > M/12

23/10, domingo
DANÇA / VÍDEO
Felicitações Madame
de Olga Roriz
integrado na residência artística Olga Roriz no TCSB
bar do TCSB > 21h30 > entrada livre

25 e 26/10, terça e quarta
DANÇA
PETS


Companhia Olga Roriz
integrado na residência artística Olga Roriz no TCSB
21h30 > 6 a 10,00 Euros > bilhete geral para os três espectáculos da residência:15 a 24€ > M/12

28/10, quinta
CINEMA
Crossing the Bridge: The Sound of Istambul


de Fatih Akin (Alemanha, 2005)
integrado no Congresso de Jovens Germanistas (org. Associação Portuguesa de Estudos Germanísticos, apoio: Goethe Institut e DAAD)
21h30 > entrada livre

informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488
geral@aescoladanoite.pt

veja aqui a agenda completa do 4.º trimestre:

O corte de 10% nos contratos do Ministério da Cultura

Segunda-feira, Junho 28th, 2010

PLATAFORMA DAS COMPANHIAS

A Escola da Noite (Coimbra) . ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve . CENDREV – Centro Dramático de Évora . Companhia de Teatro de Braga . Teatro das Beiras . Teatro do Montemuro

O corte de 10% nos contratos do Ministério da Cultura


O Governo decidiu cortar em 10%, para o ano de 2010, todos os financiamentos à criação artística que resultam dos contratos assinados entre o Ministério da Cultura e os agentes culturais.

Trata-se, nas palavras da própria Ministra, que o aceita e justifica, de um “corte cego”, indiferente à altura do ano em que é anunciado, ao grau de execução das actividades a que os criadores se haviam comprometido com o Governo, e às diferentes realidades – estruturais, organizativas, em matéria de responsabilidades e encargos assumidos – que o Ministério da Cultura teria obrigação de conhecer e de distinguir entre aquilo que designa por “artistas independentes”. A notícia deste corte veio encontrar reunidas em Coimbra, no Festival que anualmente organizam, as seis companhias de teatro profissional que integram a Plataforma das Companhias, uma estrutura informal de intercâmbio, debate e reflexão.

No seu conjunto, estas seis companhias empregam nos seus quadros, em permanência, mais de uma centena de pessoas – têm, em média, 17 colaboradores permanentes. Todas são financiadas pelo Ministério da Cultura, ao abrigo de contratos pluri-anuais que resultam de candidaturas aprovadas por júris nomeados pela Direcção-Geral das Artes, com valores que variam entre os 200 e os 320 mil Euros/ano. Este corte significará uma perda entre os 20 e os 32 mil Euros nas receitas previstas até ao final do ano, que inevitavelmente se reflectirá em perda de postos de trabalho, em cancelamento de produções e em paralisação da actividade. Falamos de estruturas profissionais organizadas, com custos permanentes e responsabilidade social: salários, segurança social, contratos com fornecedores já celebrados, etc.

Perante tão sérias consequências e após rasgar os contratos que connosco assinara, a Ministra pede-nos, num e-mail enviado no passado sábado, “solidariedade” com o “esforço nacional”. Reconhece as “dificuldades endémicas associadas a esta área”, “lamenta” a situação e manifesta-nos a sua própria “solidariedade”.

No âmbito da Plataforma das Companhias e noutros foruns de discussão, estas seis companhias vêm desde há muito chamando a atenção dos sucessivos Governos, Ministros da Cultura e Directores-Gerais para as tais “dificuldades endémicas” do sector. A primeira das quais – a falta de financiamento público – foi aliás reconhecida pelo Primeiro- Ministro José Sócrates. Em campanha eleitoral, é certo. Em campanha eleitoral, ainda por cima – naquela altura em que é suposto os governantes assumirem compromissos com os eleitores e clarificarem o que se propõem fazer.

Em vários documentos publicados e enviados aos titulares de cargos com responsabilidades na definição e na concretização de políticas culturais, temos apresentado propostas concretas para a definição de uma estratégia nacional neste domínio, capaz de dotar o sector de uma sustentabilidade mínima, que lhe permitisse funcionar devidamente em alturas normais e sobreviver a uma situação de crise, como a que actualmente atravessamos. Propostas que visavam a racionalidade na distribuição dos dinheiros públicos, a consolidação das estruturas de criação existentes, a criação de condições para uma circulação regular dos espectáculos financiados pelo Estado, a existência de apoios mínimos para a internacionalização, a regulamentação do estatuto profissional dos artistas, um real incentivo ao mecenato cultural, a complementaridade entre o investimento público nacional e os fundos comunitários, a definição de um quadro que regulasse a articulação entre Estado Central e autarquias, entre outros.

Todos estes contributos foram sendo ignorados e continuamos até hoje com a mais perversa das formas de política cultural: a que promove uma espécie de assistencialismo aos tais “artistas independentes” com os quais a Ministra agora se solidariza. Uma “política cultural” que convive de forma acrítica, resignada e cúmplice com o mais feroz ataque feito pelo Estado à criação artística nacional nas últimas décadas.

Nas “explicações” que procura dar aos agentes culturais, a Ministra deixa claro a forma como pensa o sector: um conjunto de projectos avulsos, que se fazem ou não se fazem consoante haja dinheiro, ou que podem dimensionar-se e redimensionar-se, de um momento para o outro, ao sabor da disponibilidade orçamental que o Governo decide ter. É a permanência desta maneira de encarar a criação artística, que o Ministério da Cultura tem estimulado em vez de contrariar, que permite a um Ministro das Finanças tomar decisões tão danosas e arbitrárias como esta.

Recusamo-nos a aceitar a desculpa da crise. Todos sabemos que as verbas que agora nos pretendem retirar – aquelas de que depende a nossa sobrevivência – são, no conjunto do défice, verbas irrisórias que nada resolvem. Além disso, ao longo dos últimos anos, o orçamento dedicado à cultura vem sofrendo sucessivos cortes, ao arrepio dos discursos e dos anúncios oficiais e dos programas eleitorais e de governo apresentados pelos responsáveis políticos. As referências às “medidas similares” na “maioria dos outros países da Europa dos 27”, com as quais a Ministra tenta atenuar o impacto deste corte, são por isso deslocadas: esquecem que o investimento feito em anos anteriores e a solidez do sector (incluindo a protecção social aos trabalhadores afectados pela crise) são radicalmente diferentes. Não podemos pretender ser europeus nos cortes quando não o somos nos orçamentos.

Assumimos naturalmente as nossas responsabilidades e desejamos contribuir para o combate à crise. Sabemos, até, que temos um papel importante a desempenhar, enquanto criadores, na construção de uma sociedade mais culta, mais esclarecida, mais cosmopolita, mais solidária, mais justa, mais humana. Mas recusamo-nos, por isso mesmo, a servir de pretexto para oportunismos cínicos ou de areia atirada para os olhos da opinião pública por responsáveis políticos que parecem mais interessados em assegurar o seu próprio lugar do que em cumprir as funções para as quais foram nomeados.

As companhias de teatro profissional financiadas pelo Estado ao abrigo de contratos pluri-anuais, entre as quais se encontram estas seis estruturas, representam a esmagadora maioria do teatro que é feito em Portugal. É através delas que o Estado assegura, em complemento ao trabalho feito pelos dois Teatros Nacionais, a prestação do serviço público de criação teatral. Colocar em risco a sua sobrevivência e condená-las a um sufoco ainda maior do que aquele em que já vivem é ameaçar todo o sistema teatral português. Fazê-lo desta forma, quebrando compromissos assumidos em contratos (na base dos quais elas assumiram encargos e responsabilidades com pessoas e entidades terceiras) é mais do que uma irresponsabilidade. É a demonstração evidente de que a actividade de criação artística é, para este Governo, algo que o país pode dispensar.

Não aceitamos esta “inevitabilidade”. E expressamos, apesar do contexto adverso em que o Governo insiste em colocar-nos, a nossa disponibilidade para debater com o Ministério as nossas propostas, tanto no que diz respeito à estruturação do tecido teatral e do sistema de financiamento da criação artística, como na procura de outras soluções para lidar com a crise que não sejam estes cortes “cegos”.

Coimbra, 28 de Junho de 2010.

A Escola da Noite (Coimbra)
ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve
CENDREV – Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
Teatro das Beiras (Covilhã)
Teatro do Montemuro (Campo Benfeito, Castro Daire)

Teatro no Pátio da Inquisição

Sexta-feira, Junho 25th, 2010

Presos por uma corrente de ar
Teatro do Montemuro
25 de Junho, sexta-feira, 22h, Pátio da Inquisição

Imaginem uma praça no meio da cidade. Uma banda filarmónica e um Presidente que quer lançar a primeira pedra de uma grande obra. Imaginem quatro personagens, quatro presos a cumprir a pena em serviço comunitário, com o objectivo principal de “erguer” uma estátua integrada numa candidatura a Património da Humanidade. Imaginem agora um “deslize” no orçamento e uma necessidade urgente de terminar e apresentar a obra aos cidadãos, que afinal se encontram na praça para isso mesmo. De forma a “ocupar” o público até que a obra termine, o “nosso” Presidente e Maestro da Banda Filarmónica composta pelo particular e potente número de dois músicos, dedicam-se a criar e executar verdadeiros momentos de entretenimento.

Fotografias de Lionel Balteiro

texto José Carretas a partir de ideia original do Teatro do Montemuro encenação José Carretas cenografia e figurinos Kevin Plumb assistência à cenografia Nuno Simão costureiras Capuchinhas, CRLconstrução de cenários Carlos Cal direcção musical António Pedro direcção técnica Paulo Duarte direcção de cena Abel Duarte interpretação Abel Duarte, Eduardo Correia, Daniela Vieitas, Paulo Duarte, Giovanni Lourenço músicos André Rocha e Marco Freire

ENTRADA LIVRE

o programa de sexta, dia 25

Sexta-feira, Junho 25th, 2010

10h00

Debate
O sistema teatral português: financiamento e circulação da criação artística
com Américo Rodrigues (Teatro Municipal da Guarda), Júlio Cardoso (Seiva Trupe), Miguel Seabra (Teatro Meridional), José Luís Ferreira (Teatro Nacional São João) TCSB

22h00

Espectáculo

“Presos por uma corrente de ar”

Teatro do Montemuro
Pátio da Inquisição | entrada gratuita

10h00-00h00
Feira do Livro de Teatro
TCSB

IV FESTIVAL DAS COMPANHIAS