Posts Tagged ‘Companhia de Teatro de Braga’

a segunda estreia é hoje!

Quinta-feira, Abril 22nd, 2010

"O Buraco na parede", fotografia de Mário Montenegro

O segundo momento da trilogia Rubem Fonseca estreia hoje: 2Rubem, com a apresentação de cinco narrativas, com os sugestivos títulos “O Buraco na Parede”, “Caderninho de Nomes”, “Eu seria o homem mais feliz do mundo se pudesse passar uma noite com você”, “Copromancia” e “Soma zero”.

co-produção A Escola da Noite e Companhia de Teatro de Braga “trilogia 1.José 2.Rubem 3.Fonseca”

2. Rubem          22, 23 e 24 de Abril | 21h30
1. José              29 e 30 de Abril e 1 de Maio | 21h30

até 1 de Maio, quinta a sábado, 21h30, Teatro da Cerca de São Bernardo | Coimbra INFO 239 718 238 | 966 302 488  | geral@aescoladanoite.pt   M/16   textos  Rubem Fonseca encenação  António Augusto Barros elenco  Allex Miranda | António Jorge | Carlos Feio | Igor Lebreaud | Lina Nóbrega | Maria João Robalo | Mário Montenegro | Miguel Magalhães | Rogério Boane | Sílvia Brito | Solange Sá figurinos Ana Rosa Assunção desenho de luz  Jorge Ribeiro som Eduardo Gama

TRILOGIA 1 José 2 Rubem 3 Fonseca

Quinta-feira, Abril 8th, 2010

Nos próximos dias 15, 22 e 29 de Abril estreiam no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, três espectáculos a partir da obra de Rubem Fonseca:

TRILOGIA 1 José 2 Rubem 3 Fonseca.

Uma trilogia Rubem Fonseca, com dramaturgia e encenação de António Augusto Barros, numa co-produção d’A Escola da Noite com a Companhia de Teatro de Braga. Os espectáculos estão em cena em Coimbra até 1 de Maio, de quinta a sábado, sempre às 21h30, de acordo com o seguinte calendário

3 Fonseca      15, 16 e 17 de Abril

2 Rubem        22, 23 e 24 de Abril

1 José           29, 30 de Abril e 1 de Maio

Rubem Fonseca nasceu em Minas Gerais em 1925, mas vive no Rio de Janeiro desde os oitos anos. O seu universo literário é fortemente marcado pelo quotidiano e pela violência latente das grandes cidades, num registo em que o humor, o humor negro, a trama de policial (e, a espaços, a escatologia) servem, afinal, a profunda humanidade das personagens que o habitam.

Formado em direito e com uma (curta) carreira de investigador policial, Rubem conviveu muito de perto com as tragédias humanas que povoam os seus textos. Vem talvez daí a sua recusa tanto em justificar ou relativizar as diferentes formas de violência entre os homens, quanto em produzir discursos universais e moralistas. A complexidade dos homens – dos seus comportamentos, dos seus afectos, dos seus instintos – dá-se mal com as fórmulas simples em que tantas vezes a queremos resumir.

Também por isso, a obra de Rubem Fonseca merece uma leitura abrangente, capaz de descobrir e dar a conhecer as continuidades, as complementaridades, os cruzamentos, os pontos de contacto entre os seus oito romances e as várias dezenas de contos que publicou.

É essa leitura que nos propomos fazer, através do teatro, ao transpor para o palco (pela primeira vez em Portugal) cerca de 20 dos seus contos em três espectáculos diferentes que podem ser vistos autonomamente (um por dia) mas onde os espectadores que virem os três poderão perceber soluções de continuidade que os ligam e ficar com uma imagem mais abrangente da produção literária do escritor brasileiro.

Este espectáculo é a segunda co-produção entre A Escola da Noite e a Companhia de Teatro de Braga, a primeira foi “Sabina Freire” de Manuel Teixeira Gomes, com encenação de Rui Madeira.

Estão definidas condições de acesso especiais para quem queira assistir aos três espectáculos.

um olhar cinematográfico sobre o real

Terça-feira, Abril 6th, 2010

Foi em 2003 que o escritor brasileiro Rubem Fonseca ganhou o Prémio Luis de Camões, concedido anualmente pelos governos de Portugal e Brasil a autores de língua portuguesa. Um prémio de elevado prestígio que já laureou nomes como Miguel Torga, Vergílio Ferreira, José Saramago, Eduardo Lourenço, Sophia de Mello Breyner, António Lobo Antunes e recentemente Arménio Vieira, Rubem Fonseca é o sexto autor brasileiro a alcançar este feito, depois de Jorge Amado (1994) ou Autran Dourado (2000).

O júri, composto pelos portugueses Eduardo Prado Coelho e Isabel Pires de Lima, os brasileiros Zuenir Ventura e Heloísa Buarque de Hollanda, o moçambicano Artur dos Santos e o angolano Pepetela como presidente do júri – também ele vencedor em 1997 – justificaram a escolha de Rubem Fonseca afirmando que os seus contos “contemplam um experimentalismo exemplar com recurso a múltiplos registos oralizantes de linguagem e a um olhar cinematográfico sobre o real” e destacando ainda o olhar do autor sobre a questão social e os conflitos do quotidiano urbano.

José Rubem Fonseca, brevemente no TCSB, na segunda co-produção d’A Escola da Noite com a Companhia de Teatro de Braga!

(foto de José Henrique Fonseca)

brevemente!

Segunda-feira, Abril 5th, 2010

A estreia da segunda co-produção d’A Escola da Noite com a Companhia de Teatro de Braga aproxima-se; com encenação e dramaturgia de António Augusto Barros, a partir de textos de Rubem Fonseca, o espectáculo é apresentado primeiro em Coimbra e depois em Braga.

uma longa didascália

Quarta-feira, Fevereiro 24th, 2010

Na próxima semana, no dia 4 de Março, quinta-feira, Ana Bustorff estará em Coimbra no Teatro Académico Gil Vicente. Integrado no ciclo “do monólogo, coisa pública”, programado pel’A Escola da Noite, “Concerto à la carte“, espectáculo da Companhia de Teatro de Braga com encenação de Rui Madeira é um dos que marcam a XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, com um exigentíssimo trabalho da actriz perante o texto (uma longa didascália) do dramaturgo alemão Franz Xaver Kroetz.

“A história dos dias da senhora Rasch, quando chega a casa, é assim. Um após o outro, todos iguais, frios, abandonados. A vidinha, como sói dizer-se, na mais crua das rotinas. E no mais pesado dos silêncios. Um desafio particular à expressividade de qualquer actriz: a senhora Rasch não dirá uma única palavra. O alemão Franz Xaver Kroetz retratou, em 1971, a solidão de uma mulher entregue à depressão e à obsessão pelas coisas arrumadas. No regresso à Companhia de Teatro de Braga, que assinala com esta peça a sua centésima produção, Ana Bustorff é a exímia solista deste concerto de sentimentos mudos.”