O primeiro-ministro apontou, esta quarta-feira, como exemplo de um erro cometido pelo seu Governo nesta legislatura a ausência de um investimento volumoso na área da cultura, tal como aconteceu com a ciência nos últimos anos.
«Querem um exemplo [de um erro], então vou dar-vos um exemplo, terão aí uma notícia», disse José Sócrates aos jornalistas no final do debate da moção de censura do CDS-PP ao Governo.
«Se há um erro que é possível identificar ao longo destes anos é que talvez deveríamos ter investido mais em cultura, tal como fizemos em ciência», disse.
Ao longo do debate da moção de censura, o CDS-PP interpelou várias vezes o primeiro-ministro se assumia algum erro em concreto cometido pelo seu Governo ao longo desta legislatura. Só em resposta aos jornalistas, no final do debate, é que Sócrates desenvolveu um pouco mais o tema.
No entanto, logo a seguir, o Chefe do Governo acrescentou que «no essencial esta governação respondeu aos problemas do país».
«Tudo aquilo que fizemos foi para servir corajosamente e de forma patriótica o país: pôr as contas públicas em ordem, reformas na educação, nas tecnologias e na energia, entre outras», disse.
O primeiro-ministro voltou a explicar que a decisão sobre o TGV não se trata de um adiamento, mas de um «escrúpulo democrático» deste Governo, porque apenas seria um adiamento se estivesse em causa uma «alteração nos procedimentos do concurso».
O Chefe do Executivo frisou que o Governo, apesar de poder tomar decisões no mês de Agosto, prefere remetê-las para o futuro executivo, já que isso não prejudica o projecto de alta velocidade.
José Sócrates reafirmou ainda a posição do PS sobre as eleições, defendendo que as legislativas e as autárquicas devem acontecer em datas diferentes.
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