25 de Abril em Coimbra

Abril 12th, 2013

A Escola da Noite é uma das mais de três dezenas de instituições envolvidas nas comemorações do 25 de Abril em Coimbra.

E a convocatória continua aberta. Para a festa e para o protesto.

“Novas diretrizes” no Rio de Janeiro

Abril 11th, 2013

A Escola da Noite apresenta na próxima semana, no Rio de Janeiro, três sessões da sua mais recente produção: “Novas diretrizes em tempos de paz”, de Bosco Brasil. A digressão ocorre a convite do Festival Dois Pontos e inclui ainda a realização de um workshop sobre o percurso artístico do grupo de Coimbra.

Miguel Lança e Igor Lebraud, "Novas diretrizes em tempos de paz" (foto de ensaio de Eduardo Pinto)

“Novas diretrizes em tempos de paz” passa-se em Abril de 1945. Quase no fim da II Guerra Mundial, Clausewitz, um emigrante polaco, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em busca de uma nova vida como agricultor. O oficial da alfândega, Segismundo, desconfia das intenções de Clausewitz e dificulta-lhe a emissão do salvo-conduto. A acção desenvolve-se a partir do desafio que o funcionário lança ao estrangeiro e do intenso e comovente diálogo entre as duas personagens, que confrontam memórias: de um lado um actor que perdeu familiares e amigos, do outro um ex-torturador que sempre cumpriu ordens.
A peça é considerada um dos melhores textos da dramaturgia brasileira contemporânea, tendo sido distinguida com os Prémios Shell e APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor autor em 2002. Desde então, tem sido várias vezes apresentada no Brasil e no estrangeiro e deu origem ao filme “Tempos de Paz”, de Daniel Filho (estreado em 2009, com Tony Ramos e Dan Stulbach no elenco).

Bosco Brasil
Bosco Brasil (São Paulo, 1960) é dramaturgo, encenador e guionista. Foi fundador do Teatro de Câmara de São Paulo e escreveu peças como “Atos e Omissões”, “O Acidente”, “Os Coveiros” ou “Cheiro de Chuva”. Por vontade expressa do dramaturgo, que assume o “engajamento” político do texto, os direitos de autor deste espectáculo revertem sempre para Organizações Não Governamentais que operem no apoio a refugiados, em articulação com os gabinetes locais do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O autor esteve em Coimbra em Janeiro, associando-se à estreia do espectáculo e participando num conjunto de actividades complementares que a companhia realizou nessa altura, incluindo uma sessão de leituras de outras peças suas e uma mesa-redonda com a Presidente do Comité Português para os Refugiados.

O Festival Dois Pontos
Esta é a terceira digressão da companhia ao Brasil e a segunda vez que se apresenta no Rio de Janeiro. Desta feita, o convite partiu do projecto de ocupação artística Ágora, do Teatro Maria Clara Machado. A iniciativa ocorre no âmbito do Festival Dois Pontos, integrado no Ano de Portugal no Brasil e que envolve seis teatros da Rede Municipal de Teatros do Rio de Janeiro. O Festival decorre entre 1 e 28 de Abril e a programação inclui a apresentação de vários espectáculos de teatro, dança e música, portugueses e brasileiros. A organização assume o objectivo de “fomentar a circulação de bens culturais” entre o Brasil e Portugal e de “consolidar um diálogo artístico permanente entre os dois países”.
Para além d’A Escola da Noite, participam nesta primeira edição do Festival Dois Pontos a Companhia de João Garcia Miguel, o Colectivo 84, a Companhia do Chapitô, Mundo Perfeito e Comedia à la Carte, entre outros.
Os espectáculos d’A Escola da Noite têm lugar no Teatro Maria Clara Machado nos dias 19 e 20 de Abril (sexta e sábado, às 21h00) e no dia 21 de Abril (domingo, às 20h00).  O workshop tem lugar ao longo da semana e destina-se a estudantes de teatro e artes cénicas. Incidirá sobre as principais linhas do percurso artístico, do reportório e dos processos de trabalho que a companhia tem desenvolvido ao longo do seu percurso de 20 anos e abordará alguns dos autores e textos mais emblemáticos da história da companhia, como Gil Vicente e o dramaturgo português Abel Neves, entre outros.
A programação completa do festival pode ser consultada na página do Festival.

Novas diretrizes em tempo de paz
de Bosco Brasil

encenação António Augusto Barros elenco Igor Lebreaud e Miguel Lança figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção

Rio de Janeiro (Brasil)
Teatro Maria Clara Machado
19 a 21 de Abril de 2013
sexta e sábado, 21h00; domingo, 20h00
M/16 > 50′ > 5 a 10 Reais

ponto de encontro

Abril 10th, 2013

“Manhã” combina as diversas vertentes trabalhadas pelo GEFAC (dança, teatro, música e cantares) para evidenciar, como tema central, a representação da mulher na cultura popular portuguesa. Associando diversos meios audiovisuais, influências e técnicas de teatro, dança e performance contemporâneas ao tratamento das músicas e danças tradicionais, procurará criar-se um momento de partilha com o público que confirme o valor artístico das manifestações populares, enquanto terreno fértil para a criação contemporânea e ponto de encontro numa identidade comum.

Diário As Beiras, 09/04/2013

“Manhã”, do GEFAC, estreia esta quinta-feira no TCSB. Faça-nos companhia!

Manhã: novo espectáculo do GEFAC em estreia no TCSB

Abril 9th, 2013

O GEFAC – Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra estreia esta quinta-feira no Teatro da Cerca de São Bernardo o espectáculo “Manhã”. Uma criação colectiva que tem como fio condutor o lugar da mulher na cultura tradicional portuguesa.

São muitas as mulheres “que se escondem sob as saias da memória”, escreve o GEFAC: “santas, mães, adúlteras, virgens, perdidas; o corpo da fecundidade e o vulto enlutado da morte; a sabedoria serena, o desejo em que ardemos”.
O espectáculo que agora estreia no Teatro da Cerca de São Bernardo, integrado na Semana Cultural da Universidade de Coimbra, propõe uma leitura desses múltiplos lugares e papéis da mulher nas músicas e danças tradicionais portuguesas: “as mãos que redimem são as mesmas que colhem o fruto da traição e do pecado, que nos dão o colo e o castigo madrasto, que amassam o pão que comemos, enquanto tangem, pela calada, as cordas da libertação”.
“Manhã” segue a linha de intervenção habitual do GEFAC, grupo criado em 1966 que utiliza criativamente as manifestações populares portuguesas na dança, na música e no teatro. As diversas manifestações da cultura popular, defende o Grupo, constituem “o momento em que um povo fala lealmente de si, o momento onde um povo se revela na sua maneira de ser própria”. É enraizado neste consciência que o Grupo vem desenvolvendo, há quase 50 anos, um exaustivo trabalho de recolha, tratamento e divulgação das manifestações artísticas tradicionais portuguesas.
O espectáculo tem apenas três apresentações, entre 11 e 13 de Abril (quinta a sábado), sempre às 21h30. Os bilhetes custam entre 3 e 6 Euros e as reservas podem ser feitas pelos contactos habituais do TCSB: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

 

DANÇA
Manhã
GEFAC
11 a 13 de Abril
quinta a sábado, 21h30

concepção artística GEFAC (criação colectiva) vídeo Henrique Patrício imagens O Povo que canta, GEFAC, Henrique Patrício, MemoriaMedia desenho de luz Wilma Moutinho produção GEFAC
M/12 > 55′ > 3 a 6 Euros

a dança das virgens

Abril 8th, 2013

“A dança das virgens”, tradição de Lousa, Castelo Branco, é uma das inspirações para o espectáculo que o GEFAC estreia esta quinta-feira no TCSB. Conheça a sua história aqui: