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Novas diretrizes no Brasil – diário de bordo (dia 12)

Domingo, Março 22nd, 2015

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“Pessoas perfeitas”, de Ivam Cabral e Rodolfo García Vásquez, acaba de ganhar os principais prémios teatrais de São Paulo deste ano – Prémio APCA para melhor espectáculo e Prémio Shell para melhor texto.
O espectáculo foi construído a partir “da observação das vidas de moradores do Centro de São Paulo” e de entrevistas realizadas e oferece-nos um retrato da cidade – inevitavelmente parcelar, mas pleno de poesia e de sensibilidade.
Os temas que aborda – a solidão, as desigualdades, o convívio com as diferenças – vão ao cerne da condição humana e são, por isso mesmo, universais. Mas para quem, como nós, tem um contacto espaçado com São Paulo e gosta de ficar alojado na Vieira de Carvalho, a dois passos do Arouche onde Binho faz os seus michês, este espectáculo ganha aqui um sentido especial.
Como é seu hábito, Os Sátyros radicalizam a noção de que o teatro serve para discutir a polis e devolvem-nos, quase sem filtro, aquela parte da cidade que tantas vezes nos esquecemos que existe: a cidade das histórias pessoais, repletas de contradições e imperfeições, que estão por trás de cada cara com que nos cruzamos no passeio, no metro, na Paulista ou… no teatro.
“Pessoas perfeitas” lembra-nos que, por maior que seja, por mais prédios e automóveis que tenha, por mais elaborados e assépticos que sejam os indicadores que fazem as manchetes dos jornais, é de pessoas e das suas vidas que a cidade é feita.

Fundada em 1989, a companhia Os Sátyros chegou a estar sediada em Portugal, na primeira metade da década de 90. A partir de 2000, volta a instalar-se em São Paulo, contribuindo para a revitalização da Praça Roosevelt, que é hoje um dos principais centros de criação e difusão teatral da cidade.

“Cena Contemporânea Brasileira”: 12 peças, 12 dramaturgos

Quarta-feira, Outubro 9th, 2013
Jô Bilac, Dib Carneiro Neto, Rodolfo García Vásquez e Cláudia Barral

Jô Bilac, Dib Carneiro Neto, Rodolfo García Vásquez e Cláudia Barral

No âmbito da oficina de dramaturgia dirigida por Silvana Garcia (23 a 26 de Outubro) serão distribuídas e analisadas doze obras de outros tantos autores da dramaturgia brasileira contemporânea:

Salmo 91, de Dib Carneiro Neto
Abre as asas sobre nós, de Sérgio Roveri
O anjo do pavilhão cinco, de Aimar Labaki
Nossa vida não vale um Chevrolet, de Mário Bortolotto
Memória das coisas, de Luís Alberto de Abreu
O mata-burros, de Fábio Torres
Cordel do amor sem fim, de Cláudia Barral
Transex, de Rodolfo Garcia Vázquez
Agreste, de Newton Moreno
O Acidente, de Bosco Brasil
Savana Glacial, de Jô Bilac
Cachorro morto, de Leo Moreira

 

Complementarmente, os trabalhos abordarão ainda obras de Alcides Nogueira, Jorge Andrade, Naum Alves de Souza, Nelson Rodrigues, Plínio Marcos e Zé Vicente.

Ainda há vagas e as inscrições mantêm-se abertas. Aproveite a oportunidade!