ROGÉRIO
Estão sem luz. Fodido. Passaram a linha vermelha. Agora é que se vai ver se há armas químicas ou não. Podes ir buscar o pacote das batatas?
Nunca estive em Bagdad, de Abel Neves
estreia em Outubro, no TCSB
ROGÉRIO
Estão sem luz. Fodido. Passaram a linha vermelha. Agora é que se vai ver se há armas químicas ou não. Podes ir buscar o pacote das batatas?
Nunca estive em Bagdad, de Abel Neves
estreia em Outubro, no TCSB
A Escola da Noite realiza este sábado à tarde um ensaio aberto da sua próxima produção – “Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves. Com esta iniciativa, que tem entrada livre, a companhia associa-se à programação do dia “em defesa da cultura”, organizado pelo Núcleo de Coimbra do movimento nacional que reivindica “1% para a Cultura”.
“Nunca estive em Bagdad” é a história de um jovem casal português a braços com uma mudança de casa, passada na altura da Guerra do Iraque, em 2003. Enquanto a mudança vai sendo feita, Glória combate uma doença grave e Rogério não descola da televisão, que lhe oferece a guerra em directo.
O confronto entre as duas escalas – conflitos caseiros e globais, tragédias íntimas e civilizacionais – amplia o efeito de ambas, junto das personagens e junto dos espectadores, a maior parte dos quais se lembrará ainda do contexto em que esta peça é situada.
A cerca de um mês da estreia, prevista para o final de Outubro, no Teatro da Cerca de São Bernardo, A Escola da Noite abre as portas dos ensaios aos seus espectadores, oferecendo-lhes a oportunidade de um primeiro contacto com a sua abordagem a este texto de Abel Neves.
em defesa da cultura
A sessão tem lugar às 16h00, no TCSB, e entrada livre. É uma das mais de vinte iniciativas agendadas para vários espaços da cidade de Coimbra ao longo do dia 29 de Setembro, no âmbito do “Dia de Luta pela Cultura”, organizado pelo Núcleo de Coimbra do Manifesto em Defesa da Cultura. A programação envolve mais de trinta agentes culturais e personalidades da cidade e inclui leituras, visitas guiadas a museus, performances, animações de rua, debates e concertos. Tem como objectivo chamar a atenção para os efeitos sobre a actividade cultural dos sucessivos cortes no investimento público feitos pelo Estado português nos últimos tempos, a pretexto das políticas de austeridade.
Nunca estive em Bagdad
de Abel Neves
ensaio aberto
sábado, 29 de Setembro, 16h00
encenação Sofia Lobo elenco Maria João Robalo e Miguel Magalhães espaço cénico Ana Rosa Assunção e Sofia Lobo figurinos e imagem gráfica Ana Rosa Assunção
ROGÉRIO
Fomos a primeira televisão no mundo a dar os bombardeamentos em directo e isso para ti é igual ao litro. Depois do bombardeamento alguém vai estender a roupa no terraço do prédio em frente do hotel onde está o nosso querido repórter, o Carlos Fino. Toda a gente a ver. O bombardeamento dos palácios, aquilo a escaqueirar-se e depois o piu-piu dos passarinhos mais aquela pessoa a estender a roupa… São coisas destas que marcam a memória. Boa reportagem. Saiu-lhes a lotaria.
Nunca estive em Bagdad, de Abel Neves.
estreia em Outubro, no TCSB.
A Escola da Noite realiza em Setembro a sua terceira digressão ao Brasil. Entre 7 e 21 de Setembro, participa na sétima edição do Circuito de Teatro em Português de São Paulo (**), com o seu mais recente espectáculo – “O Abajur Lilás”, de Plínio Marcos.
Ao mesmo tempo, prepara a estreia de uma nova produção, prevista para o final de Outubro.
As três sessões já confirmadas da digressão brasileira têm lugar nos dias 8*, 10* e 13 de Setembro, no Teatro APCD (em São Paulo) e nos Teatros Municipais de Mauá e de São Carlos, cidades do mesmo Estado.
Dois anos depois de ter participado pela primeira vez no Circuito de Teatro em Português, A Escola da Noite regressa com “O Abajur Lilás”, estreado em Abril, em co-produção com o Centro Dramático de Évora (Cendrev). O facto de se tratar de um autor e de um texto tão importantes na história recente da dramaturgia brasileira coloca uma responsabilidade acrescida às duas companhias portuguesas. Mas é simultaneamente um desafio muito interessante e os grupos encaram com grande expectativa a reacção do público brasileiro e da comunidade teatral paulista à sua proposta.
Para além das três apresentações do espectáculo, o programa da digressão inclui a realização em São Carlos de uma oficina para actores, no dia 12 de Setembro, dirigida pelo encenador do espectáculo, António Augusto Barros.
O Circuito, que se realiza anualmente desde 2006, é uma organização da companhia de teatro Dragão7, integralmente dedicada ao teatro de língua portuguesa. Para além d’A Escola da Noite, do Cendrev e do grupo anfitrião, participam na edição de 2012 a Companhia de Teatro de Braga, o Teatro Art’Imagem, o Teatro Constantino Nery, o Peripécia Teatro e a Companhia Chão de Oliva (Portugal), o Grupo Lareira (Moçambique), o Elinga Teatro (Angola), o Grupo Bibi Bulak (Timor-Leste) e o grupo Contadores de Mentira (Brasil).
A apresentação de “O Abajur Lilás” conta com o apoio da Direcção-Geral das Artes, no âmbito dos apoios à internacionalização, abertos pela primeira vez em Maio deste ano.
“Nunca estive em Bagdad”
Entretanto, A Escola da Noite iniciou a preparação do seu próximo espectáculo, com estreia prevista para o final de Outubro. A proposta é “Nunca estive em Bagdad”, de Abel Neves, um autor que o público da companhia conhece bem. Doze anos depois de “Além as estrelas são a nossa casa” (2000) e na sequência de “Além do infinito” (2004) e de “Este Oeste Éden” (2009), a companhia volta à obra de um dos mais importantes dramaturgos portugueses contemporâneos. O espectáculo é encenado por Sofia Lobo e conta com as interpretações de Maria João Robalo e Miguel Magalhães.
“Nunca estive em Bagdad” está traduzida em alemão, árabe, castelhano, francês, húngaro, inglês, polaco e romeno e já foi editada na Alemanha, em França, na Roménia e no Egipto. Foi levada ao palco em Portugal apenas uma vez (em Beja, pelo grupo Lêndias d’Encantar), e ainda em Espanha, na Bélgica e no Luxemburgo.
Apesar disso, a única edição do texto em português deve-se à Revista Galega de Teatro. O número com esta peça foi lançado no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Março de 2011, numa sessão que contou com a presença do autor e incluiu a leitura de excertos do texto por actores da companhia.
“O Abajur Lilás”
de Plínio Marcos
no VII Circuito de Teatro em Português de São Paulo
encenação António Augusto Barros
interpretação Ana Meira, José Russo, Maria João Robalo, Miguel Lança e Rosário Gonzaga cenografia João Mendes Ribeiro e Luísa Bebiano figurinos Ana Rosa Assunção
desenho de luz António Rebocho banda sonora André Penas
produção A Escola da Noite / Centro Dramático de Évora (CENDREV)
São Paulo
8 de Setembro, sábado, 21h00 (*)
Teatro da APCD
informações e contactos:
Teatro da APDC, Rua Voluntários da Pátria, 547 – Santana – São Paulo/SP CEP 02011-000
Tel: + 55 11 2223-2474
cultural.social@apcdcentral.com.br
Mauá
10 de Setembro, segunda-feira, 21h00 (*)
Teatro Municipal
informações e contactos:
Teatro Municipal de Mauá, Rua Gabriel Marques, 353 – Centro – Mauá/SP CEP 09370-575
Telefone/fax: + 55 11 4555-4142
programacao.teatromunicipal@maua.sp.gov.br
São Carlos
13 de Setembro, quarta-feira, 20h00
Teatro Municipal Dr. Alderico Vieira Perdigão
informações e contactos:
Teatro Municipal de São Carlos Dr. Alderico Vieira Perdigão, Rua Sete de Setembro, 1735 – São Carlos/SP
Telefone: + 55 16 3371-4339
teatro@saocarlos.sp.gov.br
Oficina para actores e estudantes de teatro
São Carlos, Teatro Municipal, 12 de Setembro, 14h00 – 18h00
Todos os espectáculos com entrada gratuita
outras informações:
VII Circuito de Teatro em Português
Grupo Dragão7 – da Cooperativa de Trabalho de Artistas, Técnicos e Produtores em Artes Cênicas e Áudio Visuais do Estado de São Paulo – COOPERARTES
Av. Nazaré, 2121 – Alto do Ipiranga – São Paulo – SP – 04263-200
Telef. + 55 11 3129-9513 / 5061-6333 / 7892-3176
dragao7@uol.com.br
(*) Actualização de 8/09/12: espectáculos adiados – ver comunicado.
(**) Actualização de 17/09/12: sessões não apresentadas – ver comunicado.