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Eu son Balbino.

Quarta-feira, Junho 18th, 2014

Eu son Balbino. Un rapaz de aldea. Coma quen dis, un ninguén. E ademais, pobre.

TEATRO
Memorias dun neno labrego
a partir da novela homónima de Xosé Neira Vilas
Cándido Pazó (Galiza, Espanha)
18 de Junho
quarta-feira, 21h30
M/12 > 5 a 10 Euros

Espectáculo no âmbito da II Mostra de Teatro Galego em Coimbra

Memorias de un neno labrego, de Cándido Pazó

Sábado, Junho 14th, 2014
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Cándido Pazó, “Memorias de un neno labrego”

TEATRO
Memorias dun neno labrego
a partir da novela homónima de Xosé Neira Vilas
Cándido Pazó (Galiza, Espanha)
18 de Junho
quarta-feira, 21h30
M/12 > 5 a 10 Euros

“Memorias dun neno labrego” (memórias de um menino camponês), de Xosé Neira Vilas, é um clássico da literatura galega, publicado em 1961.
Cándido Pazó festejou o cinquentenário da obra com uma adaptação teatral, em forma de monólogo, a partir de Balbino, a personagem principal da novela. Para o palco, Cándido transporta a sua larga experiência de contador de histórias e marcas da memória colectiva do povo galego, que em muito se cruza com a portuguesa.
Humor, emoção e evocação misturam-se numa cuidada elaboração que se dirige, segundo o próprio, “aos filhos, netos, bisnetos e tetranetos dos Balbinos… aos moradores das aldeias da memória ou das terras de asfalto, que por muito que nos lavemos teremos sempre a alma manchada de terra”.
A peça estreou em Santiago de Compostela a 28 de Janeiro de 2011 e conta já com mais de 100 apresentações em diferentes localidades da Galiza, na Argentina, no Brasil, na Suíça e no Uruguai. É um dos grandes sucessos do teatro galego nas últimas temporadas e chega agora finalmente a Portugal, abrindo a II Mostra de Teatro Galego em Coimbra.

Cándido Pazó e a Abrapalabra
Cándido Pazó (Vigo, 1960) é actor, autor teatral, guionista de séries televisivas e encenador. Tem já inúmeros espectáculos premiados como “Commedia, un xoguete para Goldoni” (Prémio Compostela 93 e Prémio de la Crítica del País Valenciano 94), “Nano” (Prémio María Casares 99), “García” (Prémio María Casares 2005), “Emigrados” (Prémio Max 2008).
Ao vivo, na rádio ou na televisão, Cándido Pazó é presença assídua em locais onde se programam todo o tipo de espectáculos orais: histórias, contos, humor, monólogos, narrações. Actuou como narrador e participou em seminários sobre a oralidade nas Universidades de Santiago, Vigo, Coimbra, Salamanca, Barcelona, Minho, Varsóvia, Cracóvia, Montevideo, Bogotá, entre outras. Foi seleccionado pelo Fórum Barcelona 2004 para fazer temporada no seu espaço dedicado à oralidade.
Autor da maioria das suas histórias (ainda que também recorra à tradição e à literatura) enquadra-se no chamado “conto taberneiro” ou de tertúlia, onde anedotas, acontecimentos e personagens se sucedem numa demonstração de que a realidade supera a ficção.

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Cándido Pazó no bar do TCSB, em 2009, com “O espectáculo da palavra”, no âmbito do I Encontro Internacional sobre Políticas de Intercâmbio, organizado pela Cena Lusófona

A Abrapalabra Creacións Escénicas nasceu em 2008 como plataforma criativa através da qual Cándido escreve, encena e apresenta os seus espectáculos de pequeno e médio formato, reivindicando a magia da palavra e a relação viva e directa com o público.
Embora a companhia tenha apresentado espectáculos com elencos alargados, como “A Piragua” (Prémio “María Casares” para Melhor Texto Original 2007) ou “As do peixe” (Prémio “María Casares” para Melhor Texto Original, Melhor Direcção e Melhor Actriz Protagonista 2014), a sua especialidade são os espectáculos “a solo”, quer de narração oral cénica (“O falar non ten cancelas”, “O espectáculo da palabra”, “Cunqueiradas” ou “Historias e histerias”), quer teatrais, mas com uma forte componente oral, como “Historias Tricolores ou de como aqueles animaliños proclamaron a república”, “Decameron” ou estas “Memorias de un neno labrego”.
A companhia, sediada em Santiago de Compostela, apresenta normalmente os seus espectáculos em galego. Para além da Galiza, actua regularmente nos espaços hispânico e lusófono. Esta é a terceira vez que Cándido Pazó apresenta o seu trabalho no TCSB, cinco anos depois de ter trazido “O espectáculo da palabra” ao bar do Teatro (a convite da Cena Lusófona) e quatro anos depois da apresentação de “Historias Tricolores…”, no âmbito do ciclo “do monólogo, coisa pública”, organizado pel’A Escola da Noite para a Semana Cultural da Universidade de Coimbra em 2010.

entrevista ao jornal La Voz de Galicia