Arístides Vargas (Córdoba, Argentina, 1995) é forçado a exilar-se no Equador, com apenas 20 anos, devido ao golpe militar no seu país. Este facto marca toda a sua obra dramatúrgica.
Dirigiu importantes grupos e compahias latino-americanas entre as quais se destacam a Compañía Nacional de Teatro de Costa Rica, o grupo Justo Rufino Garay (Nicaragua), o grupo Taller del Sótano (México), a Companhia Ire (Puerto Rico). É fundador de um dos grupos mais prestigiados da América Latina: o grupo Malayerba, do Equador, que ainda hoje dirige.
Para além de “A idade da pavía” (“La edad de la ciruela”), que o Sarabela Teatro apresenta hoje no TCSB, é autor das peças “Jardín de Pulpos”, “Pluma”, “Donde el viento hace buñuelos” e “Nuestra Señora de las Nubes”, entre outras.
A temática da sua dramaturgia gira em torno da memória, o desenraizamento, a marginalidade. A sua escrita combina poesia e humor com uma certa amargura e oscila entre a inocência de quem crê que o mundo pode ser mudado e a crueldade da negação dessa esperança.
Numa entrevista de 2012, reconhece as marcas que a ditadura argentina e o exílio a que foi forçado deixaram na sua vida e na sua obra: “Sou um escritor traumatizado por certos factos que ocorreram numa Argentina que, ainda que esteja perdida no tempo, não devemos esquecer. Porque a ditadura afectou só o povo argentino mas todo o projecto humano. Foi nefasta e horrenda. Eu escrevo sobre esses temas. É uma opção ética falar sobre eles”.
TEATRO
A idade da pavía
de Arístides Vargas
Sarabela Teatro (Galiza, Espanha)
19 de Junho
quinta-feira, 21h30
M/12 > 5 Euros (preço único – “Quintas no Teatro”)