A Escola da Noite, em parceria com a Cena Lusófona, acolhe em Julho a oficina “Body Resonance”, baseada na Dança Butoh e no Movimento Orgânico, dirigida por Yumiko Yoshioka.
A iniciativa é do bailarino e coreógrafo Matilde Javier Ciria, que desde Setembro de 2018 aqui tem dirigido várias acções de formação na área do Butoh e do movimento em artes cénicas.
Oportunidade única para trabalhar com uma das maiores especialistas mundiais em Dança Butoh. Aproveite!

“Chamo à minha abordagem à dança ‘Body Resonance’
baseada na Dança Butoh e no Movimento Orgânico”
Pertencendo a uma terceira geração de artistas Butoh, Yumiko desenvolveu um estilo pessoal de trabalho corporal chamado “Body Resonance”, que alia a prática do Butoh a aspectos da ginástica de Noguchi Taiso e a vários outros métodos de treino asiáticos, de forma a ajudar a preparar o corpo para receber e transmitir dança e inspirações. “Body Resonance” parte da ideia de que o mundo, incluindo o nosso corpo e o nosso espírito, consiste em ondas vibratórias que criam ressonâncias constantes, como ecos. Quando sintonizamos o corpo com essa frequência, recebemos as correspondentes imagens, sentimentos e sensações. Para que isto aconteça, precisamos primeiro de afastar a tensão desnecessária. Dessa forma, fazemos do nosso corpo uma tela branca, para que possamos pintá-la com novas cores. Yumiko chama-lhe neutralização, encorajando a aproximação a um estado próximo-do-zero, arrancando a ferrugem e polindo a antena para captar as ondas das camadas mais profundas do corpo. As transformações e concentrações da dança quebram os limites da forma. Elas destroem a armadura do ego, permitindo que as memórias ressonantes emerjam das nossas células que flutuam no líquido do tempo original.

“O corpo como um receptáculo do tempo.
Uma dança da metamorfose inevitavelmente aparece.”
O principal objectivo desta oficina é uma busca consciente da unificação dos nossos corpo/mente/espírito, de forma a que possamos desfrutar profundamente do intrínseco processo de matamorfose através do espírito da dança. Através da contínua exploração das nossas memórias colectivas, podemos encontrar um filão de abundantes recursos criativos, enriquecendo a essência da nossa vida.
“Body Resonance” é uma chave para abrir as portas de um mundo dentro e fora de nós, sempre em mudança, que ajuda o corpo a desembrulhar os seus segredos, segurando-os até que que eles brilhem e se agitem. Tudo está em ressonância com tudo. Através de um diálogo com o nosso corpo, podemos aprender a ser movidos por forças interiores e exteriores, assim percebendo que somos uma parte do Universo.

Conteúdos da oficina
– exercícios de relaxamento, inspirados por Noguchi Taiso (ginástica), Taichi e Yoga;

– exercícios de respiração;

– treino dinâmico para o fluxo de energia;

– trabalho de Dança Butoh para activar as nossas memórias universais (sensibilização, combinação de imagem e movimento com “exercícios antena”, bola de água, animal, insecto, cobra, bruxa e fada, as criaturas dentro de nós, corpo suspenso, caminhar, diálogo com um parceiro, etc.)

– improvisação estruturada, associação livre

DANÇA | OFICINA
Body Resonance
(baseado na Dança Butoh e no Movimento Orgânico)
com Yumiko Yoshioka (Japão/Alemanha)
11 a 14 de Julho de 2019
quinta a domingo, 10h00 – 16h00
Preço: 215 Euros (195 Euros para inscrição até 12 de Junho)
Sala Brincante da Cena Lusófona

informações e inscrições:
239 718 238 / 966 302 488 / internoneuronal@googlemail.com / geral@aescoladanoite.pt

YUMIKO YOSHIOKA
Yumiko fez parte da companhia ARIADONE, com Carlotta Ikeda e Ko Murobushi. A sua representação de “Le Dernier Eden”, em Paris em 1978, foi o primeiro espectáculo de Butoh visto na Europa. Depois de fundar o colectivo “Tatoeba: Theatre Danse Grotesque”, cria, em 1995, a sua própria e actual companhia, TEN PEN CHii, com o artista plástico Joachim Manger. O seu trabalho investiga a interacção entre dança, espaço e artes visuais, produzindo eventos e instalações de grande escala. Reside em Schloss Broellin, no Nordeste da Alemanha. Tem dirigido oficinas em todo o mundo, sempre aclamada pela crítica.