O prazo para as candidaturas ao Curso Livre de Teatro d’A Escola da Noite foi alargado até 20 de Janeiro. A iniciativa, inédita no percurso da companhia, decorrerá ao longo de 8 meses, em horário pós-laboral, e destina-se a quem quer aprofundar a sua relação com o teatro ou complementar, de forma prática, a sua formação nesta área.
O modelo do Curso assenta na prática teatral e assume o processo de construção do espectáculo como fio condutor, acompanhando a criação de duas produções d’A Escola da Noite: um clássico do teatro português – “O Fidalgo Aprendiz”, de D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666), dirigido por António Augusto Barros – e um texto da dramaturgia europeia contemporânea – “(Tio) Vânia”, de Howard Barker (1946), dirigido por Rogério de Carvalho.
Ainda que organizado à volta do processo criativo, do pressuposto do fazer concreto, o curso prevê espaços de reflexão sistemáticos com incidência especial nas teorias do actor; nos processos de trabalho dramatúrgico; na abordagem de autores e obras que marcam a noção de dramaturgia contemporânea.
Coordenado pelo director artístico da companhia, António Augusto Barros, este Curso Livre destina-se a profissionais de outras áreas que tenham vivenciado práticas teatrais diversas – escolares, universitárias, amadoras ou outras – e que querem intensificar a sua relação com o Teatro e a diplomados/as ou estudantes do ensino artístico que pretendem complementar de forma prática a sua formação.
A inscrição custa 750 Euros, podendo ser paga em prestações, a acordar com os/as formandos/as. As candidaturas podem ser feitas até ao dia 20 de Janeiro, através do e-mail geral@aescoladanoite.pt. Solicitamos aos/às candidatos/as que nos enviem uma carta de motivação, o currículo e uma fotografia. A selecção poderá incluir audições e a lista definitiva de participantes deverá ser conhecida até ao final do mês.
“EMBARCAÇÃO DO INFERNO” EM ÉVORA E “O REGRESSO DE AMÍLCAR CABRAL” NO TCSB
Prossegue entretanto a temporada de “Embarcação do Inferno” no Teatro Garcia de Resende, em Évora. A co-produção com o Cendrev, estreada em 2016, é apresentada entre 15 e 17 de Janeiro em quatro sessões para o público escolar. O projecto assinala os 500 anos da primeira apresentação do mais conhecido texto de Gil Vicente e mantém-se há mais de três anos em cena, contando já com mais de 160 apresentações e de 16 mil espectadores.
Em Coimbra, no TCSB, acolhemos no dia 21 de Janeiro, terça-feira, a sessão “Os regressos de Amílcar Cabral?”, organizada pelo Centro de Estudos Sociais (projecto [DE]OTHERING) e pela Organização dos Estudantes da Guiné-Bissau em Coimbra. Com entrada livre, a iniciativa inclui a exibição do documentário “O Regresso de Amílcar Cabral”, realizado por um colectivo de realizadores guineenses em 1976, e um debate com as intervenções de Alexandra Santos (investigadora do CES, Vice-presidente do INMUNE, ativista pelos direitos de pessoas queer, LGBTI+, assistente social e fundadora do queeringstyle), Yussef (militante do Movimento Africano de Trabalhadores e estudantes-RGB e do Colectivo Consciência negra) e Marinho Pina (nascido em Sonaco, verbómano inveterado e contador de histórias em diferentes formatos, investigador do Dinâmia’CET-IUL e bolseiro da FCT). A conversa é facilitada por Sílvia Roque, investigadora do CES com trabalho sobre a Guiné-Bissau e mais recentemente sobre a figura de Amílcar Cabral e os seus múltiplos significados na actualidade.
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