HAROLD PINTER

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HAROLD PINTER

Harold Pinter (Reino Unido, 1930-2008) foi dramaturgo, encenador, actor e poeta. Desde “O Quarto” (a sua primeira obra, de 1957), escreveu, ao longo de mais de 40 anos, 32 peças e 13 “sketches” de teatro, para além de vários argumentos para cinema. Como encenador, dirigiu mais de duas dezenas de espectáculos, incluindo, para além das suas próprias obras, trabalhos de James Joyce, David Mamet e Simon Gray, entre outros.

Antes e depois do Prémio Nobel da Literatura, que recebeu em 2005, foi distinguido internacionalmente por diversas vezes, destacando-se o Prémio Shakespeare (Hamburgo, 1970), o Prémio Europeu de Literatura (Viena, 1973), o Prémio Pirandello (Palermo, 1980), o Prémio de Literatura Britânica David Cohen (1995), o Prémio Laurence Olivier (1996), o Prémio Molière de Honra (Paris, 1997), a Ordem “Companion of Honour” da Rainha de Inglaterra pelos serviços à Literatura (2002) e a Ordem Nacional da Legião de Honra (França, 2007).

Sempre muito activo politicamente, denunciou vários casos de abuso de poder por parte dos Estados, incluindo o bombardeamento da Sérvia por parte na NATO, em 1999, a opressão do povo Curdo pelas tropas turcas, a intervenção dos Estados Unidos no Haiti ou a “hipocrisia” da intervenção militar no Iraque em 2003.

Nome incontornável do teatro europeu contemporâneo, distingue-se pela precisão e economia dos diálogos e pelas situações de tensão criadas a partir da palavra – a dita e a não-dita. A memória, a violência e o exercício do poder sobre o outro são temas recorrentes no seu universo, irrompendo por vezes, para espanto e inquietação do espectador, de conversas e situações banais, que podiam fazer (ou fazem mesmo) parte do nosso quotidiano.

Traduzido e encenado em todo o Mundo, o teatro de Harold Pinter chegou pela primeira vez aos palcos portugueses em 1962 (“O Monta Cargas”, numa tradução de Luís de Sttau Monteiro, encenada por Jacinto Ramos na Sociedade Guilherme Cossoul). Entre 2001 e 2003, a companhia Artistas Unidos realizou um ciclo dedicado à sua obra (no âmbito do qual estreou cerca de uma dezena de peças) e a editora Relógio d´Água publicou dois volumes com uma selecção de 23 obras teatrais. Recentemente, entre 2005 e 2014, a mesma companhia aprofundou a divulgação em Portugal do trabalho de Pinter, apresentando os espectáculos “A Nova Ordem Mundial” (2005), “Comemoração” (2010), “O Quarto” (2010), “Feliz aniversário” (2012) e “O regresso a casa”, todos com encenação de Jorge Silva Melo.

 

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Harold Pinter – site oficial

[Cinzas…]

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