Não é certamente por acaso que num tempo em que todos nos inquietamos com um Portugal a ruir há uma matéria que nos inspira reflexões sobre o fim e o recomeço. Fim de uma era, fim de um ciclo e a travessia exigente pelos nossos desertos.
“Recomeço, não tenho outro ofício.”
Areia na cabeça e o esvaziar da memória. Tudo é de novo possível.
A vontade de novas linguagens, novos caminhos.
“Como se a travessia do deserto tivesse de destruir tudo, queimar tudo na sua memória, fazer dele outro homem”.
Mar de areia. Mar de tempo.
Silêncio. Suspensão. Vácuo.
A paisagem mais antiga do mundo.
Origem. Fim. Mistério. Criação.
O silêncio é extremo. “Estarei morto?”
DANÇA / MÚSICA
Areia
Circolando
13 e 14 de Junho
quinta e sexta-feira, 21h30
criação colectiva Circolando direcção artística André Braga e Cláudia Figueiredo interpretação André Braga e Tó Trips direcção e concepção plástica André Braga dramaturgia Cláudia Figueiredo composição musical Tó Trips vídeo João Vladimiro realização plástica Nuno Guedes, Nuno Brandão, Sandra Neves desenho de luz Cristóvão Cunha desenho de som Harald Kuhlmann
M/12 > 60′ > 6 a 10 Euros