Sessão de curtas-metragens
No antigamente do Tarrafal (2009, Cabo Verde, 10 min.), de MIGUEL PETCHKOVSKY
“O título foi inspirado numa obra de Luandina Vieira, No Antigamente na Vida, esta curta-metragem aborda um período da vida de Luandino Vieira, escritor Angolano, enquanto esteve preso no campo da Morte Lenta, conhecido por campo de Chã Bom, o famigerado Campo de Concentração do Tarrafal na ilha de Santiago em Cabo Verde.
Esta obra aborda momentos da vida pessoal emocional do escritor durante um período de 8 anos que esteve preso. Neste documentário surgem duas mulheres que tiveram uma importância crucial na obra literária de Luandino Ana Tchumchum, como era conhecida na comunidade, e Nha Beba que teve uma grande influência no equilíbrio emocional de Luandino à qual se refere como mãe adoptiva.
A reflexão é de como é que num ambiente de extrema opressão, onde a loucura esteve perto de se manifestar, nas palavras de Luandino, ele recorreu à criatividade num desafio corajoso ao drama e tragédia de viver num campo de concentração.
Luandino produziu uma parte significativa da sua obra no Tarrafal.”
Miguel Petchkovsky
Vou mudar a cozinha (2021, Angola, 28 min.), de ONDJAKI
Numa noite de chuva, uma mulher reflecte sobre o seu passado, presente e futuro. Entre memórias da família, do marido e da guerra, há uma reflexão sobre a condição da mulher africana.É também um olhar simbólico sobre a vida durante e após os dias da guerra.
Que memórias não podemos apagar? Que vozes se repetem perto da culpa, dor e inquietação? E quantas madrugadas tem a noite?
Skola Di Tarafe (2022, França, Portugal, 35 min.), de FILIPA CÉSAR e SÓNIA VAZ BORGES
É um filme de Sónia Vaz Borges e Filipa César que resulta de um processo de pesquisa em torno do sistema militante educativo desenvolvido pelo PAIGC durante o processo de libertação da ocupação colonial portuguesa. Neste filme, o tarafe (a palavra crioula para mangue) é a arquitetura natural do espaço, mas também o arquivo vivo da memória, do conhecimento e da resistência.
Latitude Fénix (2024, São Tomé, Guiné-Bissau, Portugal, 15 min.), de WELKET BUNGUÉ
Angular Phoenix propõe um encontro especulativo entre o Barão de Água Izé, o primeiro nobre das colónias portuguesas do século XIX com ascendência mista europeia e africana, e Maria Correia, a Princesa Negra da Ilha do Príncipe no século XVIII. Reanimando-os através dos corpos de artistas contemporâneos, o filme usa a dança, a poesia e a música para tecer fios profundos entre o passado e o presente. Transcendendo o espaço, o tempo e a linguagem, o seu encontro debate-se com questões de culpabilidade, poder e exploração da terra e dos corpos negros.
CINEMA | CURTAS-METRAGENS
No antigamente do Tarrafal (2009, Cabo Verde, 10 min.)
de MIGUEL PETCHKOVSKY
Vou mudar a cozinha (2021, Angola, 28 min.)
de ONDJAKI
Skola Di Tarafe (2022, França, Portugal, 35 min.)
de FILIPA CÉSAR e SÓNIA VAZ BORGES
Latitude Fénix (2024, São Tomé, Guiné-Bissau, Portugal, 15 min.)
de WELKET BUNGUÉ
seguidos de conversa com Marinho Pina, Miguel Petchkovsky e Raquel Lima
4 de Novembro de 2024
segunda, 21h30
> TCSB
> 120 min > entrada gratuita
inserido no ciclo “Afro-Portugal: Mundos em Movimento”
Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / bilheteira@aescoladanoite.pt
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