Por dentro do Chega | de MIGUEL CARVALHO

© Rui Duarte Silva

Fundado em abril de 2019, o Chega apresentou-se ao país para defender os portugueses de bem, arrasar o sistema, limpar Portugal dos bandidos, expulsar imigrantes e erguer a Quarta República.

Forjado no sensacionalismo, o partido que galgou a escada do poder até se tornar a segunda maior força parlamentar em 2025 revelou-se um projeto político dominado por contradições, casos, vendettas e ambições desmedidas. Provocador em todas as linhas políticas que apresenta, trouxe polarização à vida democrática, cavalgou preconceitos e contribuiu para extremar a sociedade.

Mas quem financia o Chega? Que enredos esconde? O que revelam os bastidores? A que redes internacionais está ligado? Como convive com saudosistas da ditadura e neonazis? Quais os perfis, percursos e métodos que disputam influência interna? Como atraiu eleitores de outros partidos? Que correntes religiosas e políticas disputam o poder? Como usa e reinterpreta o passado e a atualidade para conquistar setores sociais fragilizados, jovens e zonas negligenciadas do país?

Esta é a investigação que revela a face oculta do Chega.

Com recurso a milhares de páginas de documentos inéditos e largas dezenas de entrevistas exclusivas com fundadores, financiadores, atuais e antigos dirigentes e militantes, Por dentro do Chega é, sobretudo, um retrato do partido por aqueles que o criaram e o fizeram. Sem filtros.

Miguel Carvalho, premiado jornalista, leva o leitor numa viagem às entranhas da direita radical populista e do país Chega, evidenciando as consequências das suas opções e práticas políticas para o regime democrático.

APRESENTAÇÃO DE LIVRO
Por dentro do Chega
de MIGUEL CARVALHO
com a presença do autor e apresentação de João Figueira e Ana Filipa Paz
7 de Outubro de 2025
terça-feira, 18h00
> 90 min > entrada gratuita


Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / bilheteira@aescoladanoite.pt
Bilheteira online

MIGUEL CARVALHO

Nasceu a 25 de novembro de 1970, prova de que teve razão antes do tempo. Cresceu a beber política, jornais, Tom Sawyer, Soeiro, Marx, Groucho, Easton Ellis, MEC, Torga e épicos Marvel. Despertou para o jornalismo em plena delinquência, roubando jornais dos vizinhos e revistas nos quiosques. Fez fanzines e jornais de caserna. Gosta da palavra camarada e vacinou-se contra o coleguismo e o fascismo de unha pintada. Foi «pirata» da rádio. Tirou (mas devolveu) o curso de Radiojornalismo. Anda nisto desde 1989. Alguns acham demasiado. Publicou sete livros, o penúltimo sobre a rede bombista de extrema-direita do pós-revolução e o último sobre Amália Rodrigues. Ganhou o prémio Gazeta de Jornalismo com uma investigação de vários meses situada em 1979, para surpresa dele e escândalo nacional na era do instantâneo. O que mais gozo lhe deu foi ter um prefácio do Manuel António Pina no primeiro livro. Detesta o Portugal sentado e admira o Portugal sentido. Já escreveu a partir de Tirana, Caracas, Buenos Aires, Moscovo, Salvador, Bissau e outras cidades, mas prefere a rua dele e o coração dos outros. Consome uma droga dura (Cossery) e uma leve (gin tónico), e nunca inalou empreendedorismo. É adito a todos os vícios que pode controlar, afetos à parte. FC Porto, jornais, livros, pernil assado, poesia, Talese, Caparrós, Chien Qui Fume, Billie Holiday, Amália, Pop/Rock dos Anos 80, Carlos Paião, Douro, Alentejo e filmes argentinos são alguns dos seus dogmas. É ateu e tem raiva de quem sabe. Deseja glória ao brunch nas alturas e paz na terra aos homens de boa boutade. Veste o Porto por dentro. Cidade onde gostaria de viver até ser pó, cinza e nada.

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