“Pele Negra, Máscaras Brancas”, de Frantz Fanon | CLUBE DE LEITURA TEATRAL

© Quélia Fernandes

Noé João, encenador do Teatro GRIOT, dirige a leitura de Novembro do Clube de Leitura Teatral a partir de uma adaptação do histórico livro “Pele Negra, Máscaras Brancas”, de Frantz Fanon. O Teatro GRIOT é uma companhia de atores cujo trabalho se desenvolve a partir da tensão entre corpo e território, imaginários coletivos e individuais, operando num espaço de intersecção de territórios geográficos e simbólicos como ponto nevrálgico de um movimento artístico de contra-memória.

TEATRO | LEITURA
Pele Negra, Máscaras Brancas”, de Frantz Fanon
Leitura dirigida por Noé João / Teatro GRIOT
CLUBE DE LEITURA TEATRAL
5 de Novembro de 2024
terça, 18h30
> Sala Brincante da Cena Lusófona
> 90 min > entrada livre

TEATRO | MASTERCLASS
Teatro GRIOT: Inquietações de um Actor
com Noé João / Teatro GRIOT
CLUBE DE LEITURA DE TEATRAL
6 de Novembro de 2024
quarta, 11h00
> Sala Jorge Pais de Sousa da Cena Lusófona
> 90 min > entrada livre

ciclo “Afro-Portugal: Mundos em Movimento
co-org. TAGV / A Escola da Noite


“PELE NEGRA, MÁSCARAS BRANCAS”, DE FRANTZ FANON
Publicado em 1952, “Pele Negra, Máscaras Brancas” é o primeiro livro do intelectual e militante anti-colonialista Frantz Fanon (1925-1961).
É considerado um dos textos mais influentes dos movimentos de luta antirracista. Apresenta-se como uma interpretação psicanalítica da questão negra, tendo como motivação explícita desalienar as pessoas negras do complexo de inferioridade que a sociedade branca lhes incute desde a infância. A obra analisa os mecanismos pelos quais a sociedade colonialista instaura, para além da desigualdade económica e social, a interiorização de uma inferioridade associada à cor da pele – o que o autor chama de “epidermização da inferioridade”. Com uma linguagem poética, Fanon articula conceitos da filosofia, psicanálise, psiquiatria e antropologia e autores como Hegel, Sartre, Lacan, Freud e Aimé Césaire, cuja obra se assume como referência literária, intelectual e política ao longo de todo o livro.
Para esta sessão do Clube de Leitura Teatral, o encenador Noé João trabalha a partir de uma adaptação do texto original, condensando as ideias centrais do livro, de forma a suscitar a reflexão e o debate em torno dos principais temas abordados por Fanon.

NOÉ JOÃO
Nasceu em Luanda. É licenciado em Economia pela Universidade Lusíada de Lisboa. Tem o curso de escrita criativa pela “Escrever Escrever”. Actualmente trabalha como guionista. Em telenovelas, participou na escrita da telenovela angolana “Jikulumessu”, de autoria de Joana Jorge (nomeada para os Emmys na categoria de melhor novela); de “Num Instante”, de Eduarda Laia; de “O Rio”, adaptação de uma telenovela sul-africana; e de “Mahinga”, da produtora Diamond Films. Trabalhou também na escrita da série “Hotel Palanca”, de Eduarda Laia. Realizou uma residência artística no Teatro GRIOT, como assistente de encenação, na peça “Uma Dança das Florestas”, de Wole Soyinka, com a encenação de Zia Soares. É autor e encenador da peça “Ventos do Apocalipse”, a partir da obra homónima de Paulina Chiziane, co-produção do Teatro Griot com os Artistas Unidos estreada em Julho de 2023 no Festival de Teatro de Almada. 

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