Gonçalo M. Tavares
Nasceu em Luanda em 1970. É autor de uma vasta obra que está a ser traduzida em cerca de cinquenta países. É considerado um dos mais inovadores escritores europeus, pela forma como rompe as habituais fronteiras entre géneros literários – “não há nenhum género literário puro, todos os géneros literários são impuros, mestiços, morenos, são géneros literários de infinitas raças simultâneas”, afirmou.
Foi distinguido com mais de vinte prémios literários, em Portugal e no estrangeiro. Em 2018, recebeu o primeiro prémio pelo conjunto da sua obra, o Prémio Literário Vergílio Ferreira, pela “originalidade da sua obra ficcional e ensaística, marcada pela construção de mundos que entrecruzam diferentes linguagens e imaginários”.
As artes são o centro de uma reflexão persistente no seu trabalho. Muitos dos seus textos saltam dos livros e repercutem-se em experiências próprias (com o grupo “Os Espacialistas”) ou em explorações alheias que têm dado origem a objectos artísticos miscigenados e a vários espectáculos de teatro e dança: “Muitos dos meus livros têm, de facto, dado origem a coisas fora da literatura. Transitam por várias fronteiras. E essa é uma das coisas mais interessantes e até recompensadoras, para mim, ver que saem do leitor e entram no domínio da dança, do teatro, da performance, do vídeo. Há sempre alguém a fazer qualquer coisa sobre os meus textos, uma espécie de leitores-criadores. É uma resposta criativa a uma criação”.
Prémios
Prémio Bellas Artes de Traducción Literaria Margarita Michelena 2019, México (Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Pai)
Prémio Literatura Sem Fronteiras 2018 para o conjunto da obra, Roménia, Cluj-Napoca
Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018 para o conjunto obra ensaística e ficcional
Prémio Tabula Rasa de Ficção 2015 (Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Pai)
Radoje Tatic Translation Award 2014, Sérvia (Histórias Falsas)
Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 2011 (Uma Viagem à Índia)
Prémio Literário Fernando Namora/Estoril Sol, Melhor Livro de Ficção 2011 (Uma Viagem à Índia)
Premiado no Prémio Portugal Telecom de Literatura 2011, Brasil (Uma Viagem à Índia)
Prémio Fundação Inês de Castro 2011 (Uma Viagem à Índia)
Prix Littéraire des Jeunes Européens 2011, Étudiants Francophones, França (O Senhor Kraus e a Política)
Prix du Meilleur Livre Étranger 2010, França (Aprender a Rezar na Era da Técnica)
Grand Prix Littéraire du Web Cultura 2010, França (Aprender a Rezar na Era da Técnica)
Prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores 2010 (Uma Viagem à Índia)
Prémio Especial de Imprensa Melhor Livro Ler/Booktailors 2010 (Uma Viagem à Índia)
Prémio Belgrado Poesia 2009, Sérvia (1)
Prémio Internazionale Trieste Poesia 2008, Itália (1)
Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco da Associação Portuguesa de Escritores 2007 (Água, Cão, Cavalo, Cabeça)
Prémio Portugal Telecom de Literatura 2007, Brasil (Jerusalém)
Prémio Literário José Saramago 2005 (Jerusalém)
Prémio LER/Millennium BCP 2004 (Jerusalém)
Prémio Branquinho da Fonseca / Fundação Calouste Gulbenkian 2002 (O Senhor Valéry)
Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores 2002 (Investigações. Novalis)
