Complexo de Édipo | QUICO CADAVAL
“Complexo de Édipo” é uma narração mítica que nasceu numa casa de pasto entre os odores suculentos das carnes sacrificadas. Já foi contado em escolas, churrasqueiras, bares de rock, aldeias portuguesas, gabinetes lacanianos, tribunais, narco-clubes colombianos, universidades da Opus Dei e noutros locais underground. Uma data de europeus conhece melhor a versão de Cadaval do que a imortal peça de Sófocles.
O mito do homem que mata o pai, se deita com a mãe e chama filhos aos irmãos é agora comentado por uma taberneira de um porto galego, que ainda por cima é mãe do Cadaval. A taberneira cozinha e desdenha do mito clássico, enquanto dá a receita da carne assada.
Culinária!
Épica!
Alta cultura!
Auto-ficção!
Cusquices!
Psicanálise!
Notícias surpreendentes sobre a monarquia espanhola!
Tudo em setenta e um trepidantes minutos de um monólogo tragiridículo.
Não perca!
HISTÓRIAS
Complexo de Édipo
QUICO CADAVAL
6 de Outubro de 2023
sexta-feira, 19h00
> Teatro-Estúdio Bonifrates
> M/12 > 70 min > 5€
co-org. Bonifrates
informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt
QUICO CADAVAL
Nasce em 1960, dado que nos permite actualizar a sua idade através de uma operação matemática simples. O facto acontece em Ribeira, nas Rias Baixas da Galiza.
Estuda Arte e História nos anos 80 e entra no mundo do teatro por influência de Xoán Cejudo, que considera seu mestre. A escassez de destreza e de carisma no seu ofício de actor leva-o para os trabalhos de encenação e dramaturgia.
Entre os seus trabalhos como encenador destaca-se “Squash”, de Caballero, “La boda de los quinquilleros”, de Synge, “Oeste Solitario”, de Mac Donagh e “Cabeza del Dragón”, de Ramon del Valle-Inclán. Em Portugal encenou “A cigana vermelha da ilha terceira”, de Sastre e “A cor das cerejas”, de Rui Café. Realizou trabalhos de dramaturgia com Cunqueiro para o Centro Dramático Galego, fazendo adaptações de “Se o vello Sinbad volvese ás illas” e de “O ano do cometa”.
Foi animal de companhia do duo MOFA&BEFA em espectáculos como “Finismundi circus” e “Shakespeare para ignorantes”, que chegaram a apresentar no próprio Corral de Almagro. Meteu-se com Shakespeare, levando à cena “Noche de reyes” e “Medida x Medida”.
Nos anos 90 converte a sua espontânea actividade de narrador em actividade cénica. Percorre com as suas histórias, de recriação própria, todos os tugúrios, desde o bar de punks de Soraluce ao Instituto Cervantes em Paris. Promovido a partir do Festival Maratón de los Cuentos de Guadalajara, apresenta-se em Festivais como o Iberoaméricano de Bogotá, o Festival Internacional de Literatura de Buenos Aires, o Festival de Almada, o Festival de cine periférico da Coruña, o Palavras Andarilhas de Beja, o Mindelact do Mindelo, o Akelarre de La Habana, o POETAS de Madrid, entre vários outros lugares onde o seu estilo é apreciado, como A pousada da Galiza Imaxinaria de Boiro, escolas secundárias, encontros de empresas, prevenção e segurança no trabalho, cuidados paliativos e um longo etcétera que se confunde com a vida.
Há quem considere que a sua pulsão narrativa é uma enfermidade que inunda a sua vida quotidiana e outras actividades como a docência, o activismo linguístico ou a rádio, na qual actualmente colabora com o programa de Pepa Fernández na Radio Nacional de Espanha.
Na sua carreira artística recebeu os seguintes prémios e galardões: Premio Cultura Galega, Xunta de Galicia, 2011; Premio Max para Melhor Texto Original em Galego por “Shakespeare para Ignorantes”, 2011; Premio María Casares para Melhor Adaptação por “A Cabeza do Dragón” de Valle-Inclán, 2018; Premio Barbantia, 2017; Premio María Casares para Melhor Texto Original por “Shakespeare para Ignorantes”, 2011; Premio María Casares para Melhor Encenação por “Noche de reyes”, 2007; Premio María Casares para Melhor Texto Original por “O Ano do Cometa”, 2004; Premio María Casares para Melhor Texto Original por “Rapatú”, 2002; Premio María Casares para Melhor Texto Original por “Espantoso”, 2001; Premio María Casares para Melhor texto Original por “Se o vello Simbad volvese ás illas”, 1999; Premio Compostela para Melhor Encenação por “Squash”, 1995.