No próximo dia 1 de Junho (terça-feira) às 21:30, no bar do Teatro da Cerca de São Bernardo, será apresentado o documentário Ônibus 174 de José Padilha e Felipe Lacerda, seguido de debate sobre a violência urbana, moderado por Tatiana Moura, do Núcleo de Estudos para a Paz do CES. A entrada é livre.
SINOPSE: Uma investigação cuidadosa, baseada em imagens de arquivo, entrevistas e documentos oficiais, sobre o sequestro de um autocarro em plena zona sul do Rio de Janeiro. O incidente, que aconteceu em 12 de junho de 2000, foi filmado e transmitido ao vivo durante quatro horas, paralisando o país. No filme a história do sequestro é contada paralelamente à história de vida do sequestrador, intercalando imagens da ocorrência policial feitas pela televisão. Este é revelado como um típico menino de rua que se transforma em bandido. As duas narrativas dialogam, formando um discurso que transcende a ambas, mostrando ao espectador porque é o Brasil um país tão violento. REALIZADOR: José Padilha e Felipe Lacerda. (Brasil, 2003 – 128m).
Amanhã às 21:30 no bar do TCSB será apresentado o documentário «Rocío» – versão não censurada – seguido de debate. Oradores: Fernando Ruiz Vergara (o realizador), Francisco Espinosa Maestre (historiador).
Guião de Ana Vila, música de salvador Tavora, fotografia de Víctor Estevao e direcção de Fernando Ruiz Vergara.
Relata a origem da devoção mariana do Rocío en Almonte (Huelva), assim como o seu contexto histórico e social vinculado à direita e à hierarquia eclesiástica.”Rocío” estreou-se em Alicante em 1980 e ganhou o Festival de Cinema de Sevilha”Fernando Ruiz Vergara realizou nos finais dos anos 70 um documentário denominado «Rocío», que para além da famosa romaria de Huelva, aludia à guerra civil em Almonte e à repressão franquista, identificando as vítimas e os principais responsáveis pela repressão. Como consequência, a família Reales destruiu-lhe a vida, a película foi censurada e proibida em Espanha, e Fernando Ruiz Vergara foi condenado a dois anos e meio de prisão, a uma multa de 50.000 ptas., e ao pagamento de dez milhões de pesetas de indemnização à família Reales. Isto ocorreu durante a transição da UCD para a maioria absoluta do PSOE, em 1982. O advogado de Fernando Ruiz Vergara apenas conseguiu livrá-lo da prisão. O filme permanece censurado em Espanha porque continua vigente a decisão judicial de proibir a emissão de fragmentos que evocam passagens da Guerra Civil.
Fernando Ruiz Vergara – cineasta. Durante o 25 de Abril Vergara organizou inúmeras actividades culturais e ciclos de cinema de Norte a Sul de Portugal, dedicados principalmente aos seus compatriotas espanhóis, ainda sob o jugo franquista. A 1ª Mostra de Cinema de Intervenção, realizada no Estoril em 1976, iniciativa conjunta de Ana Vila e Jaime Montaner, marca o desfecho desses anos vividos intensamente em Portugal, e o seu regresso à Andaluzia (após a morte do ditador), para intervir culturalmente no seu País. “Rocío”, forjado na experiência vivencial do 25 de Abril, representou simultaneamente o início e o fim dessa utopia, e o regresso forçado ao Portugal dos anos 80. Apenas nos últimos anos Fernando Ruiz Vergara foi reabilitado em Espanha, através da exibição do seu filme em eventos culturais e Jornadas de recuperação da memória histórica da Guerra Civil. Ruiz Vergara produziu para a televisão, entre outros projectos, os titulados “Os ventos”, “A luz occidental” e “Igrejas ad laetere”.
Francisco Espinosa Maestre – Doutor em História, tem realizado numerosos estudos sobre a República, a Guerra Civil Espanhola e a repressão franquista na Andaluzia e Estremadura, sendo um dos fundadores e assessor histórico da Associação “Todos los nombres” – que se dedica a recuperar a identidade de todos aqueles que foram alvo de represálias pelo Franquismo. Formou parte da comissão que assessorou o juiz Baltasar Garzón no seu intento de investigar os crimes cometidos durante a Guerra Civil e o Franquismo. Autor de: «La Guerra Civil en Huelva». Huelva, Diputacion de Huelva, 2001. 3ª ed. 4.; Los campesinos de Badajoz y el origen de la guerra civil (marzo-julio de 1936)” [Crítica, 2007]; Contra el Olvido. Historia y memoria de la guerra civil, Arquivos da Memória, 1 (nova série), CEEP, 2007; Callar al mensajero (Península, 2009), autor do estudo publicado en 2007: «La primavera del Frente Popular».
Esta é uma iniciativa do Núcleo de Coimbra da CULTRA.
6, 7 e 8 de Novembro |Teatro da Cerca de São Bernardo| Consulte o programa aqui
Este fim-de-semana, A Escola da Noite acolhe no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB) a 3ª edição do Mostralíngua – Mostra Internacional de Cinema em Língua Portuguesa. O galardoado filme de Jorge Pelicano é um dos que vai estar em exibição – sábado às 18h.
Hoje, 8 de Outubro | 21h30 | Bar TCSB | Entrada Livre
Hoje, no Teatro da Cerca de São Bernardo, irá ter lugar a projecção de dois filmes do realizador Miguel Gonçalves Mendes. O primeiro, “Segunda-Feira”, é uma curta-metragem integrada no projecto “Diagnóstico”, que contempla quatro curtas de quatro realizadores portugueses, subordinada ao tema da doença. O segundo, “Autografia” é um filme documentário, sobre o último grande surrealista português, Mário Cesariny. Mais do que retratar a obra do artista, Miguel Gonçalves Mendes incidiu mais sobre a pessoa de Mário Cesariny, a sua individualidade e o seu percurso.
A iniciativa é da Surreal República Solar dos Kapangas e da produtora de teatro e cinema, JumpCut.