Luta de libertação para uns, guerra de África para outros: o conflito que, entre 1963 e 1974, opôs o PAIGC às tropas portuguesas é visto, desde logo, de perspectivas diferentes por guineenses e portugueses. Mas não são essas as únicas “duas faces” desta guerra: mais curioso é que, para lá do conflito, houve sempre cumplicidade: “Não fazemos a guerra contra o povo português, mas contra o colonialismo”, disse Amílcar Cabral, e a verdade é que muitos portugueses estavam do lado do PAIGC. Não por acaso, foi na Guiné que cresceu o Movimento dos Capitães que levaria ao 25 de Abril. De novo duas faces: a guerra termina com uma dupla vitória, a independência da Guiné, a democracia para Portugal. É esta “aventura a dois” que queremos contar, pelas vozes dos que a viveram.

Diana Andringa e Flora Gomes

Imediatamente após a projecção do filme, a sessão conta com uma conversa com o público, com a participação da realizadora, de José Manuel Pureza (investigador e professor de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra), Luísa Sales (psiquiatra e anterior coordenadora do Observatório do Trauma do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra), Pedro de Pezarat Correia (oficial general reformado, membro do Conselho da Revolução entre 1975 e 1982) e Samuel Gomes (estudante).

DOCUMENTÁRIO
As duas faces da guerra (Portugal, 2007)
de Diana Andringa e Flora Gomes
seguido de debate com Diana Andringa, José Manuel Pureza, Luísa Sales, Pezarat Correia e Samuel Gomes
9 de Setembro de 2024
segunda-feira, 21h30
> Teatro da Cerca de São Bernardo
> 100 min > entrada gratuita
inserido nas Comemorações em Coimbra do Centenário de Amílcar Cabral

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / bilheteira@aescoladanoite.pt
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