A Falecida, de Nelson Rodrigues | CLUBE DE LEITURA TEATRAL
A sessão de Março do Clube de Leitura Teatral marca o reencontro d’A Escola da Noite com a obra de Nelson Rodrigues e com o encenador José Caldas (que aqui encenou “A Serpente”, em 1998).
Faça-nos companhia!
A primeira das “tragédias cariocas” de Nelson Rodrigues, categoria criada por Sábato Magaldi para organizar a obra do autor.
“A Falecida” foi escrita e estreada em 1953. A peça conta a história da tuberculosa Zulmira, mulher frustrada e sem expectativas do subúrbio carioca. Pobre e doente, a sua única ambição é ter um enterro luxuoso, para se vingar de uma sociedade abastada à qual não pertence e, principalmente, de Glorinha, a prima e vizinha com quem tem uma relação de competição. Foi a primeira de muitas peças em que Nelson Rodrigues criou protagonistas suburbanos frustrados e fracassados. As suas tragédias cariocas são mais simples do que as suas peças míticas. Com menos símbolos e poesia, foi graças a elas que o brasileiro comum se pôde reconhecer no palco, em personagens que conversam sobre temas triviais, comentam assuntos populares e usam muita gíria.
(José Caldas)
JOSÉ CALDAS
José Caldas (1945) estudou Teatro no Brasil, Inglaterra, França e Portugal (Escola Superior de Educação pela Arte).
Trabalhou no Brasil como actor e assistente de encenação em vários espectáculos, entre eles “O Balcão” de Genet, encenação de Victor Garcia.
Criador de 56 espetáculos em Portugal, França, Itália e Espanha, entre os quais: “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles; “A vida íntima de Laura”, de Clarice Lispector; “O medo azul”, a partir de Charles Perrault ; “Acende a Noite”, de Ray Bradbury; “La vie intime de Laura”, de Clarice Lispector; “La Terza Sponda”, de Guimarães Rosa; “As laranxas mais laranxas de todas as laranxas”, de Carlos Casares ; “Il Colombre”, de Dino Buzzati; “As intermitências da morte”, de José Saramago; “A Velha Casa de Madeira”, de José Caldas.
Premiado quatro vezes pela Associação Portuguesa de Críticos Teatrais, foi igualmente distinguido com o Prémio da Biennale Théâtre Jeunes Publics (França) e com o Premio Maria Casares, atribuído pela Associação de Directores, Actores e Técnicos de Teatro da Galiza (Espanha).
Foi professor na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, na Universidade de Évora, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, na Academia Contemporânea do Espectáculo e no Ballet Teatro, no Porto.
Publicou “O Instante Plural” (Publicações Horizonte), “20 Anos de Teatro e Miscigenação” (Quinta Parede/Fundação Gulbenkian), “30 Anos de Teatro e Jovem Público” (Quinta Parede/Fundação Gulbenkian), “40 Anos de Teatro – Por um teatro popular a partir da Infância” (Quinta Parede/SPA).
Autor da exposição “Ex-Votos Teatrais – José Caldas, 40 Anos de Teatro”, no Museu Nacional do Teatro (Lisboa) e no Museu Nacional Soares dos Reis (Porto).
Foi crítico de Teatro em “O Jornal” e no “Jornal de Notícias”.
Fundou o CPTIJ – Centro Português de Teatro para a Infância e Juventude e a ATINJ – Associação de Teatro para a Infância e Juventude.
TEATRO | LEITURA
A Falecida, de Nelson Rodrigues
dir. José Caldas
Clube de Leitura Teatral
3 de Março de 2020
terça-feira, 18h30
Sala Brincante da Cena Lusófona > 90′
entrada gratuita
co-organização: TAGV / A Escola da Noite
informações e inscrições:
239 718 238 / clube.leitura.teatral@gmail.com