A ditadura portuguesa contra Castelao. Ricard Salvat en Coimbra | de ANTONIO IGLESIAS MIRA
Em 1969, estoura a Crise Académica em Coimbra, colocando em confronto os estudantes com a ditadura. Meses antes, o encenador catalão Ricard Salvat chegara à cidade universitária com a tarefa de dirigir o grupo de teatro universitário CITAC.
Começou então um trabalho que misturaria as teorias de Bertolt Brecht com a figura de Castelao e a arte de Seoane e Díaz Pardo, num ambiente tenso. A ditadura acabaria por proibir o espectáculo, que chegou a pensar-se estar perdido para sempre.
Recuperamos, nestas páginas, a história destes acontecimentos.
TEATRO | APRESENTAÇÃO DE LIVROS
A ditadura portuguesa contra Castelao. Ricard Salvat en Coimbra
de ANTONIO IGLESIAS MIRA
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O proceso / Apaga o Candil
de CÁNDIDO PAZÓ
com a presença dos autores e de AVELINO GONZÁLEZ e XESÚS ALONSO MONTERO
29 de Outubro de 2025
quarta-feira, 18h30
> Bar/Livraria do TCSB
> M/12 > 90 min > entrada gratuita
co-org. Editorial Galaxia
Mostra Galiza Coimbra 2025
Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / bilheteira@aescoladanoite.pt
Bilheteira online
ANTONIO IGLESIAS MIRA
Antonio Iglesias Mira (Corunha, 1980) é licenciado em Filoloxía Galega pela Universidade da Corunha e em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra, meste em Comunicação, Cultura e Artes pela Universidade do Algarve e doutorado pela Universitat de Barcelona, com a tese “Ricard Salvat em Portugal: Brecht, Castelao e a sua época e a censura”. Actualmente, é professor do ensino público.
XESÚS ALONSO MONTERO
Xesús Alonso Montero (Vigo, 1928) é um dos ensaístas mais importantes da Galiza das últimas décadas. Presidiu à Real Academia Galega, catedrático emérito de Literatura Galega da Universidad de Santiago de Compostela. O seu trabalho como escritor, tradutor e conferencista faz dele um dos intelectuais mais reconhecidos e premiados do nosso tempo.
A sua produção científica abarca a sócio-linguística, a história, a teoria e crítica literária e a literatura comparada. Livros como “Lo que es preciso saber de la lengua gallega” (1969) e “Informe(s) sobre la lengua gallega (presente y pasado)” (1991) são imprescindíveis para compreender a realidade idiomática e cultural galegas dos últimos cinquenta anos. Destaca-se igualmente os contributos para a edição e o estudo de grandes autores da literatura galega, como Rosalía de Castro, Manuel Curros Enríquez, Manuel Leiras Pulpeiro, Celso Emilio Ferreiro, Ramón Piñeiro e Xosé Filgueira Valverde, entre muitos outros. Publicou numerosos ensaios sobre os intelectuais galegos emigrados ou exilados, como Castelao, Blanco-Amor, Seoane, Lorenzo Varela, Arturo Cuadrado ou Rafael Dieste, para além de outros autores do universo hispânico, como Federico García Lorca, Antonio Machado, Miguel de Unamuno ou Ramón María del Valle-Inclán.
A par do seu trabalho como ensaísta, fez algumas incursões na poesia – “Versos satíricos al modo medieval” (1998) ou “Versos republicanos y otros versos políticos” (2002) – e no teatro – “Un juicio oral (bilingüe) en una localidad gallega. Otoño 1942” (2014).
Em Abril de 1969, convidado por Ricard Salvat e pelo CITAC, veio a Coimbra proferir uma conferência sobre Castelao, no âmbito da preparação do espectáculo “Castelao e a sua época”.
