Miguel Hernández

Miguel_Hernandez02

Miguel Hernández Gilabert (Orihuela, 1910 – Alicante, 1942) foi poeta e dramaturgo.

De família humilde, muito cedo teve de abandonar a escola e começar a trabalhar. Ainda assim, desenvolve a sua capacidade para a poesia sendo um grande leitor da poesia clássica espanhola. Faz parte da tertúlia literária de Orihuela, onde conhece e se torna amigo de Ramón Sije. A partir de 1930, começa a publicar as suas poesias em revistas como “El Pueblo de Orihuela” ou “El Día de Alicante”. Na década de 1930 viaja para Madrid e colabora com diferentes publicações, estabelecendo relações com os poetas da época. Quando regressa a Orihuela, escreve “Perito en Lunas”, onde se reflecte a influência dos autores que lera na sua infância e dos que conhecera em Madrid.

Já estabelecido em Madrid, trabalha como redactor no dicionário taurino de Cossío e em “Misiones pedagógicas”, de Alejandro Casona, e colabora com importantes revistas de poesia espanholas. Escreve nestes anos os poemas “El silbo vulnerado”, “Imagen de tu huella” e o mais conhecido “El Rayo que no cesa” (1936).
Participa muito activamente na Guerra Civil de Espanha, no fim da qual tenta fugir, mas é detido perto da fronteira com Portugal. Condenado à morte, acaba por ver a sua pena comutada para 30 anos. Mas não chega a cumpri-la: morre a 28 de Março de 1942, de tuberculose, na prisão de Alicante.

Durante a Guerra compôs “Viento del pueblo” (1937) e “El hombre acecha” (1938) com um estilo que ficou conhecido como “poesia de guerra”. Na prisão terminou “Cancionero e romancero de ausencias” (1938-1941). Na sua obra é possível encontrar influências de Garcilaso, Quevedo e San Juan de la Cruz.

Fonte: Instituto Cervantes

Comments are closed.