O proceso / Apaga o candil | de CÁNDIDO PAZÓ

“O proceso” recria o processo judicial a que foi submetido o poeta Manuel Curros Enríquez (Celanova, Galiza, 1851 – Havana, Cuba, 1908), devido à publicação do livro “Aires da miña terra” (1880).
“Apaga o candil” retrata a atribulada vida e a divertida obra de Carlos “O Xestal” (Corunha, 1933-1993), comediante e cantor galego que se tornou muito popular na Galiza como contador de contos nos anos sessenta e setenta do século XX.
O Xestal e Curros em duas peças teatrais num mesmo livro? Que ligação pode haver entre eles? A cultura popular. Cada um no seu âmbito, e ao seu jeito, os dois bebem das águas da tradição oral galega. Curros tecendo muito do seu universo poético a partir de histórias, lendas e ditados que corriam de boca em boca, elevando esses humildes materiais à categoria de escrita fundacional. O Xestal impulsionando e dando continuidade a uma oralidade herdada, que recolhia nos lugares mais tradicionais: “fiadas”, romarias, malhadas e noites à lareira. Sendo ele próprio, no seu ofício de contador, um agente vivo da literatura oral.
Figuras controversas, cada uma com as suas vicissitudes, são ricas personagens teatrais que, certamente, apreciariam a sua recíproca companhia.
TEATRO | APRESENTAÇÃO DE LIVRO
A ditadura portuguesa contra Castelao. Ricard Salvat en Coimbra
de ANTONIO IGLESIAS MIRA
+
O proceso / Apaga o candil
de CÁNDIDO PAZÓ
com a presença dos autores e de AVELINO GONZÁLEZ e XESÚS ALONSO MONTERO
29 de Outubro de 2025
quarta-feira, 18h30
> Bar/Livraria do TCSB
> M/12 > 90 min > entrada gratuita
co-org. Editorial Galaxia
no âmbito da Mostra Galiza Coimbra 2025
co-org. Cena Lusófona
Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / bilheteira@aescoladanoite.pt
Bilheteira online

CÁNDIDO PAZÓ
Cándido Pazó (San Paio de Navia, Vigo, 1960) é dramaturgo, encenador e narrador oral. Autor de vinte e cinco peças, como “A canoa”, “As do peixe”, “O bululú do linier”, “García”, “Vida de cans”, “Foucellas” e “Fillos do Sol”, entre outras. Entre as muitas adaptações que assinou, podem citar-se “Commedia”, “Nano” e “A galiña azul”, destacando o seu monólogo teatral baseado em “Memorias dun neno labrego”, que chegou às duzentas representações, um número pouco comum no teatro galego. Os seus mais recentes trabalhos neste campo foram “A peste”, a partir da novela de Albert Camus, e “Cigarreiras”, versão cénica de “La Tribuna”, de Emilia Pardo Bazán.
As suas peças receberam vários prémios Max e numerosos María Casares. Pela sua carreira, é Xograr de Outono do FIOT de Carballo, Premio Vidal Bolaño da MIT de Ribadavia, Premio Xiria da MITCF de Cangas e Premio da Cultura Galega.
Actualmente, é o director e dramaturgo da Contraproducións, produtora teatral da qual é um dos fundadores.












