Terreiro Mestiço: concerto de encerramento da Mostra Galiza Coimbra 2025

Espectáculo construído em residência de criação no âmbito da Mostra Galiza Coimbra 2025, que tem o Brasil como país lusófono convidado.
O alinhamento reúne peças emblemáticas das/os artistas envolvidas/os — compositoras/es e intérpretes da canção popular dos seus países, com carreiras reconhecidas e uma vasta experiência no intercâmbio cultural, em particular no espaço da CPLP e da Galiza.
Com uma assumida dimensão festiva, o espectáculo celebra a criação artística, a diversidade e o diálogo inter-cultural entre a Galiza, o Brasil e Portugal.

MÚSICA
Terreiro Mestiço:
concerto de encerramento da Mostra Galiza Coimbra 2025
com ANTONIO NÓBREGA (BR), CEUMAR (BR), LUÍS PEDRO MADEIRA (PT), MANUEL ROCHA (PT), QUINÉ TELES (PT), UXÍA (GAL)
31 de Outubro de 2025
sexta-feira, 21h30
> Convento São Francisco
> M/6 > 90 min > 4 a 8€
co-org. Convento São Francisco
espectáculo no âmbito da Mostra Galiza Coimbra 2025
co-org. Cena Lusófona

Informações e reservas:
+351 239 857 190 / geral@coimbraconvento.pt
Bilheteira online

© Tiago Cerveira

voz, violino, violão Antonio Nóbrega (BR) voz, violão, zabumba Ceumar (BR) guitarra, piano, cordofones Luís Pedro Madeira (PT) violino, bandolim Manuel Rocha (PT) percussão Quiné Teles (PT)
voz, pandeireta Uxía (GAL)
stage manager João Silva som Guilherme Correia e Filipe Fidalgo luz Alexandre Mestre fotografia Filipe Furtado vídeo Tiago Cerveira produção executiva Blue House

UXÍA (GAL)
Uxía é considerada a grande dama da música galega e uma das maiores divulgadoras da sua poesia. Nos seus mais de 30 anos de carreira artística, renovou a música tradicional galega ligando-a com as culturas atlânticas, misturando alalás (a forma de música tradicional galega mais antiga e característica) com morna, fado e ritmos brasileiros. Desde a sua estreia com Foliada de março em 1986, o seu trabalho representa um ponto de encontro de diferentes culturas, e criou o seu reportório através das suas contínuas viagens e intercâmbios com músicos do Brasil, Portugal, Cabo Verde ou Guiné-Bissau, como João Afonso, Dulce Pontes, António Zambujo, Rui Veloso ou Tito Paris.
Publicou 12 discos, pelos quais recebeu importantes reconhecimentos, dos quais se destacam o Prémio da Crítica Galicia 2016 ou o Prémio de Melhor álbum de música de raiz nos Prémios de la música independiente de Espanha por Meu canto, selecionado também como Top of the World pela revista britânica Songlines. Entre outros projectos, é directora artística e alma mater do Festival Internacional da Lusofonia, Cantos na Maré.


ANTONIO NÓBREGA (BR)
Nascido no Recife, começou a estudar violino aos oito anos. Em 1971, Ariano Suassuna convidou-o para integrar o Quinteto Armorial. A partir daí, passou a estudar o universo da cultura popular e a criar espetáculos de teatro, dança e música nela referenciados. Entre eles: Brincante, Segundas Histórias, O Marco do Meio Dia, Figural, Na Pancada do Ganzá, Madeira Que Cupim Não Rói, Pernambuco Falando para o Mundo, Lunário Perpétuo, Nove de Frevereiro, Naturalmente, Húmus, Recital para Ariano, Semba, Rima, entre outros. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Shell de Teatro, o Tim de Música, APCA, Mambembe, Conrado Wessel, Governador do Estado de São Paulo.
Com os seus espectáculos, o artista tem viajado pelo Brasil e outros países. Recebeu duas vezes a Comenda do Mérito Cultural. Tem 12 CDs gravados e três DVDs. Em Novembro de 1992, fundou com Rosane Almeida – actriz, bailarina e sua esposa – o Instituto Brincante, em São Paulo. Em 2014, o cineasta Walter Carvalho realizou a longa-metragem Brincante, dedicado à sua trajectória artística. Dedica-se actualmente em escrever uma obra ensaística sobre a cultura popular brasileira.


CEUMAR (BR)
Cantora, compositora e instrumentista do sul de Minas Gerais, tem 8 álbuns e 25 anos de carreira fonográfica desde o lançamento de DINDINHA em 1999.
A música foi desde cedo algo natural em casa. Aprendeu violão com o pai e a voz maviosa da mãe inspirou-a a cantar. Teve aulas de violão clássico na Fundação de Educação Artística em Belo Horizonte.
Em São Paulo, fez aulas de canto com Consiglia Latorre, através da técnica antroposófica “O Desvendar da Voz”, descobrindo assim seu canto natural e dinâmico. As primeiras composições foram surgindo nesta caminhada e trouxe parcerias especiais com Alice Ruiz, Dante Ozzetti, Tata Fernandes, Kléber Albuquerque, Juliano Holanda, entre outros.
Morou seis anos na Holanda, actuando em vários shows e performances nesse país e também na Alemanha, Bélgica e Hungria.
Em 2019 lançou seu oitavo álbum — ESPIRAL — produzido por Fábio Pinczowiski, com direcção artística de César Lacerda e participações especiais de Nelson Aires, da cantora galega Uxía e da baiana Josyara.
Em 2024, apresenta o show comemorativo “Ceumar — 35 anos de música”, com participação especial do multi-instrumentista Webster Santos, seu parceiro musical desde 1997.


LUÍS PEDRO MADEIRA (PT)
Nasceu em 1970. Licenciado em Educação Musical pela Escola Superior de Educação de Coimbra, é professor de Educação Musical no I Jardim-Escola João de Deus. Compositor de repertório infantil, algum já publicado em diversos álbuns e colecções. Escreveu o libreto do musical para crianças “O Homem que Inventava Flores”, bem como todas as suas canções e respectivas letras, interpretado pelos alunos do I Jardim-Escola João de Deus e pela Orquestra Clássica do Centro, com arranjos de Stefano Nanni, em 2011. Estudou baixo eléctrico, percussão tradicional portuguesa, piano e bandolim. É actualmente músico do grupo Pensão Flor. Foi músico e compositor dos Belle Chase Hotel e dos Azembla’s Quartet e co-produziu o álbum “Soul Jam” dos Wray Gunn, tendo sido inicialmente um dos elementos da banda. Com Catarina Moura, criou o Taleguinho, projecto musical para a infância. Compôs bandas sonoras originais para vários filmes. Em dança e teatro, foi director musical e compositor de espectáculos de Clara Andermatt, A Escola da Noite, Bonifrates, O Teatrão, Ricardo Correia, Romulus Neagu, Circolando, Companhia Paulo Ribeiro, entre outros. Foi sócio do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra desde 1991 a 2010, onde foi músico e actor e onde exerceu durante 7 anos a função de coordenador da Tocata.


MANUEL ROCHA (PT)
Nasceu em Coimbra, em 1962. Entre 1982 e 1988 estudou em Moscovo, no Instituto Gnessin, onde se licenciou como professor de violino e músico de orquestra sendo, desde 1988, professor de violino no Conservatório de Música de Coimbra, do qual foi director entre 2005 e 2017. Realizou trabalhos como músico, sobretudo em música popular, com a Brigada Victor Jara (que integra desde 1977), Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, Fausto, Vitorino, José Medeiros, Mísia, Filipa Pais, Carlos do Carmo, entre muitos outros. Colaborou com grupos de teatro e participou em bandas sonoras para cinema e televisão. Noutras áreas, destaca a realização da série de documentários para a RTP sobre a música e (alguns) músicos populares portugueses, a partir da série de Michel Giacometti e Alfredo Tropa “Povo que Canta”. Integrou dois grupos de trabalho do Ministério da Educação para a reforma do Ensino Artístico Especializado, o último dos quais viria a fundamentar a reforma curricular em vigor. Foi nomeado pelo Ministério da Cultura (2011) perito nacional no grupo de trabalho junto da Comissão Europeia responsável por definir “O papel das instituições artísticas e culturais na promoção de um melhor acesso e de uma participação mais ampla na cultura. Sinergias entre a cultura e a educação, especialmente educação artística”. Integrou, por indicação do Ministério da Educação, a Comissão Executiva do Projeto Meridiano, responsável pela criação de uma plataforma digital de divulgação da Música Portuguesa e a Comissão Administrativa Provisória (instaladora) do Conservatório de Música de Loulé.

QUINÉ TELES (PT)
Desde 1983 participa nas mais diversas formações, com incursões em todos os géneros musicais, revelando um especial carinho pela Música Tradicional Portuguesa.
Tocou com vários nomes de referência da música portuguesa e internacional, dos quais se destacam: António Pinho Vargas, João Paulo Esteves da Silva, Fausto Bordalo Dias, Mário Laginha, Maria João, Rão Kiao, Vitorino, Uxía, Jorge Pardo, Ralph Towner, e grupos como Vai-de-Roda, oÓqueSomTem?, Brigada Victor Jara, entre outros.
Participou em mais de uma centena de trabalhos discográficos de alguns dos mais importantes músicos e intérpretes portugueses.
Como produtor musical, além dos seus dois registos em nome individual, DaCorDaMadeira (2008) e NoSótãoDaVelha (2018), concretizou os seguintes trabalhos: Essências Acores (Helena Oliveira); Tardio (Ricardo Fino); Danças (en)cantadas e outras não (Mirjam Dekker); Ó brigada! (Brigada Vitor Jara 40 anos); Eu (Ela Vaz), entre outros.

MOSTRA GALIZA COIMBRA 2025
Programação completa

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