The Things We Carry | FRANCISCO CAMACHO e ÇIPLAK AYAKLAR KUMPANYASI
As coisas que carregamos são as que realmente precisamos? São elas que nos permitem sobreviver? Ou serão aquelas que nos permitem perpetuar um modelo de vida já conhecido sem questioná-lo? A performance desdobra-se num contínuo de acções que evocam viagens, nomadismo, a criação de condições de sobrevivência e a manutenção de um modelo de vida já familiar.
The Things We Carry reúne duas comunidades de dança contemporânea que definem, a sul, os extremos ocidental e oriental da Europa continental. Com uma equipa artística enraizada em duas cidades portuárias, Lisboa e Istambul combinam realidades socioculturais altamente contrastantes, com uma marcada intersecção de tradições e nacionalidades diversas que naturalmente são refletidos no trabalho artístico.
Repetimos gestos inconsequentes sem perceber sua arbitrariedade ou os repetimos porque sem eles permitiríamos que o vazio se infiltrasse?
DANÇA
The Things We Carry
FRANCISCO CAMACHO / ÇIPLAK AYAKLAR KUMPANYASI
12 e 13 de Novembro de 2022
sábado, 21h30, domingo, 16h00
> M/6 > 65 min > 5 a 10 €
org. EIRA / TCSB — Mostra Francisco Camacho
direcção artística Francisco Camacho
co-criação e performance Leyla Postalcioglu, Mihran Tomasyan, Berke Can Özcan
desenho de luz Cem Yilmazer figurinos Selen Hayal suporte técnico de som e luz Berkant Kiliçkap, Yasin Gültepe assistente artístico Carlota Lloret, Selim Cizdan postal Alican Tezer foto Kam stüdyo produção EIRA & Çiplak Ayaklar Kumpanyasi financiado por DG Artes, Instituto Camões, Embaixada de Portugal em Turquia
informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt
bilheteira online
Francisco Camacho é coreógrafo, bailarino, membro fundador e director artístico da EIRA. Nasceu, vive e trabalha em Lisboa. As suas criações circulam pela Europa, América, Médio-Oriente, Ásia e África desde 1988. Foi galardoado com o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa na área da Dança (1995 e 1997) e com o Prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian (1994/95). Coreografou e interpretou os solos ‘O Rei no Exílio’ (1991), ‘Nossa Senhora das Flores’ (1992), ‘Superman’ (2000), ‘Hitch’ (2003), ‘Coup d’État’ (2006), ‘O REI NO EXÍLIO – REMAKE’ (2013) e mais recentemente ‘E PUR SI MUOVE’ (2014).
Dirigiu as peças de grupo ‘Com a morte me enganas’ (1994), ‘Primeiro Nome: Le’ (1994), ‘Dom São Sebastião’ (1996), ‘GUST’ (1997), ‘More’ (1998), ‘À Força’ (1998), ‘Em Troca’ (2001, coreografia para a Companhia Nacional de Canto e Dança de Moçambique), ‘My Name is Wilde… Oscar Wilde’ (2001), ‘Silence so Sexy’ (2002), ‘LIVE|EVIL – EVIL|LIVE’ (2005), ‘RIP’ (2010), ‘LOST RIDE’ (2011), ’ANDIAMO!’ (2012) e ‘VELH(A)S’ (2019).
Apresentou espectáculos em co-autoria com Mónica Lapa, Vera Mantero, Carlota Lagido, Herwig Onghena e Vera Mota. Colaborou enquanto coreógrafo em espectáculos de Aldara Bizarro e Sílvia Real e desenvolveu intervenções para obras e exposições de Pedro Cabrita Reis e Francis Bacon, bem como os projectos para espaços não-convencionais ‘Performers Anónimos’ (1999) e ‘Danças Privadas’ (2000).
Dançou com vários coreógrafos, destacando Paula Massano, Meg Stuart/Damaged Goods em ‘Disfigure Study’ (1991) , ‘BLESSED’ (2007), ‘All together Now’ (2009) e ‘UNTIL OUR HEARS STOP’ (2015), Alain Platel/Le Ballets C de la B em ‘Bonjour Madame, comment allez-vous aujourd’hui, il fait beau, il va sans doute pleuvoir, et cætera’ (1993) e Carlota Lagido em ‘Lilith’ (1998) e ‘Self – um auto-retrato em 39 partes’ (2004).
Ensina regularmente no Fórum Dança e em cursos de licenciatura e mestrado das Escolas Superiores de Dança e de Teatro. Orientou workshops em vários países europeus, sul-americanos, asiáticos e africanos. Estudou dança e teatro em Portugal e em Nova Iorque, nomeadamente no Merce Cunningham Dance Studio e Lee Strasberg Theatre Institute. Estudou voz com Lúcia Lemos, guionismo com Luís Falcão e escrita criativa com José Luís Peixoto.