A obra da dramaturga galega AveLina Pérez estará em destaque na próxima semana em Coimbra, numa iniciativa da Cena Lusófona, em parceria com A Escola da Noite e o Teatro Académico de Gil Vicente.
O programa inclui leituras, uma masterclass, e a apresentação da mais recente criação do Centro Dramático Galego, Ás oito da tarde cando morren as nais, com direcção de Marta Pazos.
No âmbito do Clube de Leitura Teatral, AveLina Pérez (que é também actriz e encenadora) dirige a leitura da peça Os cães não compreendem Kandinsky, na terça-feira, dia 10 de Maio. A sessão, com entrada livre, terá lugar às 18h30, na Sala Brincante da Cena Lusófona, no Pátio da Inquisição.
No dia seguinte e no mesmo local, pelas 11h00, a dramaturga apresenta uma masterclass sobre o seu percurso artístico. A sessão tem entrada gratuita e contará com a presença de Fran Nuñez, director do Centro Dramático Galego. A ocasião será aproveitada para realizar a pré-apresentação da Antologia de Teatro Galego Contemporâneo (edição bilingue), livro a publicar em breve pela Cena Lusófona que reúne doze peças de doze autores/as galegos/as, entre as quais a obra de AveLina Pérez, Ás oito da tarde cando morren as nais. É precisamente esta peça, recentemente estreada em Santiago de Compostela pelo Centro Dramático Galego, com encenação de Marta Pazos, que é apresentada em Coimbra no sábado, dia 14 de Maio, no TCSB.
TEATRO | LEITURA
Os cães não compreendem Kandinsky
Leitura dirigida por AveLina Pérez (ES)
CLUBE DE LEITURA TEATRAL
10 de Maio de 2022
terça-feira, 18h30
> 90 min > entrada gratuita
Sala Brincante da Cena Lusófona
co-organização: TAGV / A Escola da Noite
TEATRO | MASTERCLASS
Masterclass com AveLina Pérez (ES)
CLUBE DE LEITURA TEATRAL
11 de Maio de 2022
quarta-feira, 11h00
> 60 min > entrada gratuita
Sala Brincante da Cena Lusófona
co-organização: TAGV / A Escola da Noite
TEATRO
Ás oito da tarde, cando morren as nais
de AveLina Pérez
CENTRO DRAMÁTICO GALEGO (ES)
14 de Maio de 2022
sábado, 21h30
> M/16 > 75 min > 6€ a 10€
[espectáculo falado em galego]
AveLina Pérez
Nasceu em Santa María de Oia, Pontevedra, em 1969. Depois de anos dedicada à educação social em contextos de exclusão, abandona radicalmente a sua profissão e centra o seu foco nas artes cénicas. Foi directora da companhia Teatro do lume, reconduzindo posteriormente o seu trabalho para um projecto de criação com o seu próprio nome.
É encenadora, dramaturga e actriz das peças Por favor, ténteo novamente máis tarde (2021), Eco (2021), A que non podes dicir cocacola? (I e II), Os cans non comprenden a Kandinsky, Deixa de Tocala, Sam e Gañaremos o pan coa suor da túa fronte, entre outras. Acaba de editar o seu mais recente texto — Ese silencio —, pelas Edicións Positivas.
Recebeu vários prémios de dramaturgia breve e de teatro radiofónico e, em 2018, o Prémio Abrente de textos teatrais pela peça O día no que bicar a terra.
Procura a máxima liberdade nas suas criações, assumindo a intenção de fugir “das etiquetas e da necessidade de paradigma definido”, o interesse pela palavra e “uma concepção teatral muito ligada ao terreno, ao social, na busca de converter o quotidiano em extra-quotidiano”. Na sua obra, marcada por um humor ácido e duro, concebe a cena como “um lugar de encontro, um lugar em que a dignidade existe, mesmo que esteja camuflada, escondida ou distorcida.”
A obra Ás oito da tarde, cando morren as nais, que será apresentada em Coimbra, no TCSB, a 14 de Maio, foi distinguida com o Prémio Álvaro Cunqueiro para textos teatrais em 2018.