“O Deserto de Medeia”, de Marta Freitas | CLUBE DE LEITURA TEATRAL
Marta Freitas é a convidada de Fevereiro do Clube de Leitura Teatral, iniciativa mensal co-organizada pel’A Escola da Noite e pelo Teatro Académico Gil Vicente. Pela segunda temporada consecutiva, convidamos dramaturgos/as portugueses/as para dirigirem sessões de leitura de textos seus. “O Deserto de Medeia”, revisitação da tragédia clássica de Eurípides, é a obra proposta para esta sessão.
Para os/as interessados/as em participar como leitores/as, as sessões preparatórias decorrem nos seguintes horários: 4 de Fevereiro — 18h30 às 21h30; 5 de Fevereiro — 14h30 às 18h00.
“Mãe… Desculpa ter partido da nossa casa. Desculpa ter partido a tua alma e ter arrancado o teu coração. Desculpa ter deixado o teu amor bonito para me afundar neste amor que me consome, que me faz querer morrer, só de pensar em o perder.”
Partindo de um clássico, este texto explora a a questão do filicídio, visitando várias medeias do nosso tempo. No centro da narrativa está uma mulher que deixa o conforto da casa da sua mãe para se juntar a um homem, com quem acaba por ter filhos. Cega de amor, quando a relação entre os dois deveria chegar ao fim, esta medeia moderna não aguenta e comete o acto mais impressionante e incompreensível num ser humano: matar as próprias filhas.
LEITURA
“O Deserto de Medeia”
dir. Marta Freitas
Clube de Leitura Teatral
5 de Fevereiro de 2019
Terça-feira, 18h30
TAGV > 60′ > entrada gratuita
co-organização: TAGV / A Escola da Noite
informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / clube.leitura.teatral@gmail.com
MARTA FREITAS
Marta Freitas licenciou-se em Psicologia (Universidade do Minho) e em Teatro/ Interpretação (ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo). Fez Mestrado e Doutoramento na área das Ciências Cognitivas (reservado ao tema da Memória Performativa), pela Universidade do Minho. Como dramaturga, tem vindo a desenvolver um trabalho regular, tendo escrito, até ao momento, 21 peças, todas elas levadas a cena. Oito destas encontram-se editadas. Fez revisão do argumento da série “4 Play”, estreada na RTP2 (2018). Foi escolhida como a jovem dramaturga portuguesa representada na edição anual de uma peça de teatro para a Revista Galega de Teatro, com “Imundação” (2013). Tem vindo a coordenar várias oficinas de escrita criativa e de escrita para teatro (destaque para a colaboração com a FLUP – Faculdade de Letras do Porto, como docente do Curso de Introdução ao Guionismo e para as oficinas de escrita que tem vindo a desenvolver no Teatro Nacional São João). É, juntamente com Nuno M. Cardoso, responsável pela direcção artística do projecto AMANDA – Núcleo Dramaturgia Acção, uma rede nacional e internacional de dramaturgia em língua portuguesa. Actualmente lecciona a disciplina “Atelier de drama e escrita teatral”, no curso superior de Teatro da ESAP – Escola Superior Artística do Porto. É Investigadora Integrada no CEAA – Centro de Estudos Arnaldo Araújo, no grupo de Arte e Estudos Críticos. Encena regularmente desde 2006, sendo que, paralelamente, tem vindo a desenvolver uma carreira de actriz, participando em espectáculos encenados por vários criadores. Foi coordenadora da Secção de Teatro do Departamento de Teatro e Cinema da ESAP – Esc. Sup. Artística do Porto, onde também lecciona. Foi docente nos cursos profissionais artísticos do Balleteatro e Academia Contemporânea do Espectáculo, e na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Entre 1998 e 2001, desempenhou funções de direcção e produção no Teatro Universitário do Minho. Foi co-fundadora da Companhia de Teatro Mau Artista, onde exerceu funções directivas até finais de 2006. É fundadora e directora da empresa cultural Bastidor Público (projecto vencedor de Menção Honrosa no Prémio Nacional das Indústrias Criativas 2011); e co-fundadora e directora artística da Mundo Razoável – Associação Cultural (companhia residente da Guimarães CEC 2012). Foi programadora e directora artística do Programa Cultural da Rota do Românico: “Palcos do Românico” (2014). Actualmente dedica grande parte do seu tempo como proprietária-gestora de três restaurantes no centro do Porto (Cruel; Ilegal; e Boteco Mexicano).