Hoje no TCSB: “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres” – Estreia!

Estreia hoje a nova produção d’A Escola da Noite: “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres”, de Matéi Visniec.

A temporada inicial tem apenas 4 dias e a sessão de hoje já está esgotada. Reserve os seus bilhetes pelos contactos habituais da companhia: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

Igor Lebreaud, Jorge LOureiro, Filipe Eusébio e Miguel Magalhães, "Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres" - foto de ensaio (© A Escola da Noite/2014)

Igor Lebreaud, Jorge Loureiro, Filipe Eusébio e Miguel Magalhães, “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres” – foto de ensaio (© A Escola da Noite/2014)

TEATRO (ESTREIA)
Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres
de Matéi Visniec
encenação António Augusto Barros

Sérgiu Penegaru é um escritor que se recusa a escrever poemas patrióticos e admira o surrealismo. Na Roménia comunista do final da década de 50 do século XX, isso é suficiente para que entre na “lista negra”. As suas obras são proibidas e é preso em Sighet – a penitenciária que realmente existiu, por onde passaram e onde morreram dezenas de presos políticos nesse período.
Como forma de resistir ao cárcere, Penegaru e os seus três companheiros de cela divertem-se a representar “A cantora careca”, de Eugène Ionesco. O teatro – e, em particular, o teatro do absurdo de Ionesco – não só ajuda os quatro homens a distanciarem-se do horror com que são confrontados como acentua o absurdo da própria realidade em que vivem. Não se trata apenas de sobreviverem fisicamente, ainda que isso estivesse também em causa. Trata-se, como sempre acontece contra regimes totalitários e opressivos, de salvaguardar a liberdade de pensamento individual, de resistir à mais perigosa das manipulações, aquela que é operada dentro das próprias cabeças dos seres humanos. Neste sentido, tanto as anedotas políticas que Penegaru tem sempre para contar, como a poesia que não consegue parar de escrever, como o teatro que leva para dentro da prisão são mais do que escapes ou do que fugas à realidade. São formas activas de resistência e de luta pela liberdade e, portanto, pela dignidade humana.

tradução Luiza Jatobá versão António Augusto Barros e Sofia Lobo elenco Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Jorge Loureiro, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sofia Lobo e Joel Santos, Mariana Duarte, Tiago Martins* cenografia João Mendes Ribeiro figurinos, adereços e imagem gráfica Ana Rosa Assunção desenho de luz Rui Simão vídeo Eduardo Pinto som Zé Diogo

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
18 a 21 de Dezembro
quinta a sábado, 21h30 > domingo, 16h00
M/14 > 2h30 (aprox.)
Preços: 10 Euros > estudantes, jovens, maiores de 65 anos, profissionais e amadores de teatro – 6,00 Euros > funcionários da CMC, sócios da Associação de Profissionais de Serviço Social – 5,00 Euros

informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt
www.aescoladanoite.pt

* Estagiários/as do 3.º Ano do Curso Profissional de Artes do Espectáculo / Interpretação do Colégio São Teotónio

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