Na França, como em outras sociedades democráticas, identificar o mal exige um trabalho maior de reflexão. O artista tem de ser sutil para reconhecer as formas de manipulação por meio da publicidade, da moda, da indústria de entretenimento, da sociedade de consumo, dos slogans do comércio e da linguagem das mídias. Com frequência, nesses países “livres”, onde o ditador é o mercado, descobre-se que a lavagem cerebral se esconde atrás da máscara da liberdade. Portanto, é uma tarefa mais difícil identificar o mal nas sociedades democráticas, mas é essa a missão dos artistas. Ela não acabou para mim, que me considero um resistente.
Matéi Visniec
entrevista ao Estadão, 28/09/2012
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