“É um momento singular em que há duas mulheres à frente de dois países, numa época histórica: Leonardo da Vinci começava a abrir os cadáveres e a ver pela primeira vez o que havia de concreto dentro dos homens, Shakespeare estava a escrever as suas magníficas peças, a Europa descobria novos países. E aquelas duas representantes de um género tradicionalmente destituído do poder acabam-se liquidando. Interessa-me muito colocar em cena o poder como uma questão perigosa — em qualquer momento, em qualquer género”. Mas há mais questões “universais e inadiáveis” na figura de Maria Stuart. “Ela viveu 44 anos: 22 anos em liberdade e 22 anos em prisão. Vejo isso como uma metáfora: vivemos metade da nossa vida em liberdade, mas na outra metade estamos obrigados a cumprir expectativas, a seguir convenções sociais. É só a gente pensar na nossa vida agora, com responsabilidade, investigação e vontade de resolver as coisas”, sublinha Denise Stoklos.” Inês Nadais, Público, Ípsilon, 5 de Março de 2010
Mary Stuart Denise Stoklos | 5 de Março | sexta | 21h30 | Teatro Académico de Gil Vicente
Calendário da Pedra Denise Stoklos | 6 de Março | sábado | 21h30 | Teatro da Cerca de São Bernardo
Os espectáculos são parte integrante do ciclo “do monólogo, coisa pública”, inserido na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, uma organização d’A Escola da Noite e da Reitoria da Universidade de Coimbra.