O homem que joga trangram, já se disse, tem como limite o infinito dos sonhos. Vai deixar-se de livros, garante. E “construir uma cidade”: uma cidade de tangram, na linha de As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino. “Urbe quimérica feita cidade a sério, com casas, largos, jardins, catedrais, coisas, à imagem das figuras do jogo.”
Francisco Duarte Mangas, “O jogador de tangram e sua paciência poética”, Diário de Notícias, 13/11/2010
O projecto, revela Augusto Baptista, “decorre, sub-reptício”. E compreende-se tamanho desvelo. É para que a cidade “não se esvaneça, antes de amanhecer. Morra, antes de nascer. O que seria uma impossibilidade – e, como o jogo, um mistério”. Projecto ou um sonho? “Podem achar isto louco”, mas “este é o meu projecto” para os dias que hão-de vir. Uma cidade fraterna, com pessoas e gatos – uma cidade sem medos.
Tags: Augusto Baptista, o homem que, tangram