“Calendário da Pedra” também é a nossa vida, agora, dia após dia. Começou em cima de um poema de Gertrude Stein, “A Birthday Book”, mas depois desviou-se dele (“É um texto maravilhoso, mas radicalmente literário. Acho isso muito bonito e acabei respeitando”) para se tornar uma peça de Denise Stoklos, com algum Deleuze no corpo. “Tem muita dessa forma deleuziana de se ver o ser humano como potência: acredito mais na certeza de vir a ser amanhã o que eu quero agora do que na esperança, que é escravizadora porque adia tudo para depois”, diz. Também tem muito do peso do dia-a-dia, desta coisa “cheia de caminhos, muito séria, que é o quotidiano”, e que é tudo na vida: “É nele que se pode actuar”.
Calendário da Pedra Denise Stoklos | 6 de Março | sábado | 21h30 | Teatro da Cerca de São Bernardo
Espectáculo integrante do ciclo “do monólogo, coisa pública”, inserido na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, uma organização d’A Escola da Noite e da Reitoria da Universidade de Coimbra.