o terceiro e definitivo dono

No teatro é onde ocorre com mais frequência a feliz circunstância de sabermos sem dúvida que alguém, sendo alguém, é um outro, ou, até, ninguém, e que muito do que disso sabemos está precisamente escrito. Ora, no teatro, interessamo-nos não só pela comunicação daquilo que está escrito mas também pela arte de o comunicar, tendo em conta muitas vezes que o terceiro e definitivo dono do que escrevemos é o público, esse predador simpático à espera de presa. (…)

Abel Neves, in “Sei que és astrónomo mas interessa-me falar de hortas”,

Algures entre a resposta e a interrogação, Edições Cotovia, Lisboa, 2002

NUNCA ESTIVE EM BAGDAD

ÚLTIMOS ESPECTÁCULOS EM COIMBRA

ATÉ 23/12

Tags: ,

Comments are closed.