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história

Quinta-feira, Abril 19th, 2012

José Russo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio)

Fazer uma co-produção com o Cendrev, estreando ainda por cima no belo e centenário teatro que o grupo mantém em funcionamento há quase 40 anos, é uma honra e uma responsabilidade em relação às quais quisemos estar à altura.

A poucas horas de partilharmos com o público o prazer que também é trabalhar nesta casa, agradecemos a oportunidade e o privilégio. A história d’A Escola da Noite fica hoje bem mais rica.

Faça parte deste momento. Faça-nos companhia!

ensaio geral

Quarta-feira, Abril 18th, 2012

Rosário Gonzaga e José Russo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno SIlva)

 

Maria João Robalo, Ana Meira e José Russo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno Silva)

Hoje é dia de ensaio geral.

Esperamos por si a partir de amanhã, no Teatro de Garcia de Resende, em Évora.

 

“O Abajur Lilás” estreia esta semana no Garcia de Resende

Segunda-feira, Abril 16th, 2012

Estreia esta quinta-feira em Évora, no Teatro Garcia de Resende, “O Abajur Lilás”, de Plínio Marcos. O espectáculo é uma co-produção entre A Escola da Noite e o Cendrev e tem encenação de António Augusto Barros, que dirige um elenco com actores das duas companhias.

 

Rosário Gonzaga em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno Silva)

Maria João Robalo e José Russo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno Silva)

Três prostitutas – Dilma, Célia e Leninha (interpretadas, respectivamente, por Rosário Gonzaga, Ana Meira e Maria João Robalo) – partilham o quarto onde vivem e trabalham. O proprietário do prostíbulo (Giro/José Russo) exerce pressão sobre elas para que aumentem a produtividade, socorrendo-se sempre que necessário de Osvaldo, o seu capanga (Miguel Lança). As relações entre as diferentes personagens são utilizadas por Plínio Marcos para falar da situação do Brasil na década de 60, sob a ditadura – a peça foi escrita (e proibida pela primeira vez) em 1969. Em 1975, depois de uma segunda proibição, “O Abajur Lilás” viria mesmo a tornar-se uma bandeira em defesa da liberdade de expressão e contra as diferentes formas de opressão e exploração. Sábato Magaldi, crítico brasileiro, considerou-a como “a mais incisiva, dura e violenta” das peças que analisaram a situação brasileira pós-1964 (data do golpe de estado que instituiu a ditadura militar) e afirmou que ela servia “de desnudamento de um período de terror”. Salientou, também, a universalidade e a intemporalidade do tema que, metaforicamente, percorre toda a obra: ela é “um contundente veredicto contra o poder ilegítimo”.

Um português amplo

Reconhecido pela linguagem marginal que utilizava nas suas peças, Plínio Marcos assumia a intenção: “escrevia como se falava nas cadeias. Como se falava nos puteiros. Se o pessoal das faculdades de linguística começou a usar minhas peças nas suas aulas e pesquisas, que bom! Isso era uma contribuição para o melhor entendimento entre as classes sociais”. “O Abajur Lilás” está carregado dessa gíria específica, identificado com a zona portuária da cidade de Santos (São Paulo), de onde o autor era natural. Mas Plínio acrescentava sempre expressões e palavras novas, criadas por si, repletas de significado, força e poesia. Propositadamente, a versão apresentada pelo Cendrev e pel’A Escola da Noite respeita o texto original praticamente na íntegra. Por um lado, porque seria impossível fazer uma adaptação ao “português de Portugal” sem afectar a estrutura original da peça; por outro lado, porque este português amplo oferece ao espectador um surpreendente conjunto de palavras e expressões pouco utilizadas na linguagem do dia a dia mas que fazem parte da diversidade e da riqueza da língua portuguesa, que demasiadas vezes permanecem esquecidas.

Esta co-produção

O Cendrev (fundado em 1975) e A Escola da Noite (fundada em 1992) pertencem a duas “vagas” distintas da descentralização artística em Portugal e mantêm há muito relações de colaboração e intercâmbio. “O Abajur Lilás” é a primeira co-produção entre os dois grupos. Depois da estreia e da temporada em Évora, no Teatro Garcia de Resende (19 a 28 de Abril), o espectáculo será apresentado em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, a partir de 16 de Maio.

 

O Abajur Lilás

de Plínio Marcos

encenação António Augusto Barros interpretação Ana Meira, José Russo e Rosário Gonzaga (Cendrev) e Maria João Robalo e Miguel Lança (A Escola da Noite) cenografia João Mendes Ribeiro e Luisa Bebiano figurinos Ana Rosa Assunção desenho de luz António Rebocho música André Penas

Évora, Teatro Garcia de Resende

19 a 28 de Abril quarta a sábado, 21h30; domingo, 16h00

M/16 > 4 a 8,00 Euros > 1h40, com intervalo

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo

16 a 27 de Maio e 21 de Junho a 1 de Julho

 

Giro

Terça-feira, Abril 10th, 2012

José Russo em "O Abajur Lilás" (foto de ensaio)

Essa é que deve ser a tua jogada. Faturar. Faturar. Faturar.