Pelos Caminhos de Hermes: culturas, educação, hospitalidade e mediação | JOÃO MARIA ANDRÉ

“Vivemos imersos numa Babel de línguas e culturas. Perdemo-nos no seu labirinto, e a estranheza que nos gera desperta frequentemente apreensão ou medo, levando à clausura, ao retraimento e a várias formas de xenofobia. Mas a diferença não é em si uma ameaça. Pode ser vista como oportunidade para a potenciação, o enriquecimento e a complementaridade.
Este livro parte da força e da energia que alimentam a palavra, a cultura e os seus gestos, práticas e expressões, para descobrir caminhos de encontro, os caminhos de Hermes, que passam pela educação intercultural, pela hospitalidade, pelo diálogo e pela celebração festiva do mundo e da vida, como casa de todos, pessoas e povos, no respeito pela singularidade de cada um.
É, por isso, um livro sobre a mediação e os seus espaços, na língua, na cultura, na educação, na política ou na arte. Sobre a possibilidade de transformar a diferença e o conflito num diálogo que mobiliza simultaneamente o pensamento e a afetividade, as ideias e as emoções, a razão e a sensibilidade, à procura da concórdia, que significa “harmonia” e “encontro de corações”. É um livro que brota do espanto com que habitamos o mistério da existência.”

APRESENTAÇÃO DE LIVRO
“Pelos Caminhos de Hermes: culturas, educação, hospitalidade e mediação”
de JOÃO MARIA ANDRÉ
com o autor e António Sousa Ribeiro
5 de Fevereiro de 2025
quarta, 18h00
> Bar/Livraria do TCSB
> entrada livre
co-org. Grácio Editor

Informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / bilheteira@aescoladanoite.pt
Bilheteira online

JOÃO MARIA ANDRÉ
Nasceu em 1954 em Monte Real, Leiria. Licenciado e doutorado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é professor catedrático aposentado da mesma Faculdade, tendo ensinado nas áreas da Filosofia, da Cultura e do Teatro.
É autor, entre outros livros, de Renascimento e Modernidade: do poder da magia à magia do poder (1987), Sentido, simbolismo e interpretação no discurso filosófico de Nicolau de Cusa (1997), Pensamento e afectividade: sobre a paixão da razão e as razões das paixões (1999), Multiculturalidade, identidades e mestiçagem: o diálogo intercultural nas ideias, na política, nas artes e na religião (2012), Jogo, corpo e teatro: a arte de fazer amor com o tempo (2016), Douta ignorância, linguagem e diálogo: o poder e os limites da palavra em Nicolau de Cusa (2019) e Doze proposições sobre livros, leitura e hospitalidade, com desenhos de Pedro Pousada (2021).
A par da docência e da investigação, desenvolve a sua actividade cultural como encenador na Cooperativa Bonifrates de Coimbra. Foi também Director do Teatro Académico de Gil Vicente, de 2001 a 2005. Além de estudos e traduções de textos filosóficos e de livros de poesia, publicou ainda, em teatro, O filho pródigo, em co-autoria com Helder Wasterlain (2008), e Peregrinações. Quadros inspirados em “Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto (2010). Em 2016 recebeu o prémio de Teatro Deniz Jacinto na vertente ensaio.

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