Archive for Abril, 2014

“Filmes revolucionários de Abril” no TCSB

Sexta-feira, Abril 18th, 2014

As quartas-feiras de documentários no TCSB abrem-se agora, no âmbito das Comemorações dos 40 anos do 25 de Abril em Coimbra, ao ciclo “Filmes Revolucionários de Abril”, uma organização das Sessões do Carvão com a colaboração do Fila K Cineclube, da Prisma e d’A Escola da Noite, com coordenação de Sérgio Dias Branco.

Para além dos dois filmes exibidos no Teatro – “A Lei da Terra” e “Deus Pátria Autoridade”, há mais duas sessões na Casa das Caldeiras. A programação estende-se ao longo de duas quartas-feiras – 23 e 30 de Abril – e todas as sessões têm entrada gratuita.

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Comemoram-se os 40 anos do 25 de Abril. Vale a pena revisitar o processo revolucionário através do modo como foi registado e reflectido no cinema politizado produzido nesses anos. Estes são quatro filmes documentais com diferentes focos. “Continuar a viver ou Os Índios da Meia-Praia” (1976) mostra a transformação das condições de vida e trabalho de uma pobre comunidade piscatória no Algarve. “A Lei da Terra” (1977), rodado em 1976, descreve os desenvolvimentos em torno da reforma agrária no Alentejo, das ocupações de terras às unidades colectivas de produção agrícola. “As armas e o Povo” (1975) cobre o período entre o 25 de Abril e o 1 de Maio de 1974, juntando as grandes movimentações de rua aos discursos políticos. “Deus Pátria Autoridade” (1976) usa imagens de arquivo e analisa criticamente a ideologia da ditadura fascista, a partir dos aspectos enumerados no título que Salazar considerava indiscutíveis.

Sérgio Dias Branco

Ciclo de Documentários
FILMES REVOLUCIONÁRIOS DE ABRIL

Continuar a viver ou Os Índios da Meia-Praia
de António Cunha Teles
Casa das Caldeiras
23 de Abril
quarta-feira, 18h30
(1976, 110’)

A Lei da Terra
do Grupo Zero
Teatro da Cerca de São Bernardo
23 de Abril
quarta-feira, 21h30
(1975, 67’)
seguido de debate sobre a Reforma Agrária, com Sérgio Dias Branco (Universidade de Coimbra/CEIS 20) e Alfredo Campos (Confederação Nacional da Agricultura), moderado por Tiago Jerónimo (Prisma)

As armas e o povo
do Colectivo de Trabalhadores da Actividade Cinematográfica
Casa das Caldeiras
30 de Abril
quarta-feira, 18h30
(1975, 78’)

Deus Pátria Autoridade
de Rui Simões
Teatro da Cerca de São Bernardo
30 de Abril
quarta-feira, 21h30
(1976, 110’)
seguido de debate sobre a ideologia fascista em Portugal, com Rui Simões (realizador) e Manuel Loff (Universidade do Porto/IHC), moderado por Pedro Rodrigues (A Escola da Noite)

Hoje no CAE da Figueira da Foz

Quinta-feira, Abril 17th, 2014

flyer mansata figueira2Ainda está a tempo de assistir a este espectáculo em Portugal.

Última apresentação hoje à noite, no Grande Auditório do CAE, na Figueira da Foz.

É às 21h30, os bilhetes custam apenas 5 Euros e podem ser comprados aqui.

Faça-nos companhia!

 

Hoje no TCSB

Quarta-feira, Abril 16th, 2014

abril por maio 16 abril

“Aulas e Azeitonas” e “O campo toma a palavra”

Terça-feira, Abril 15th, 2014

“Aulas e azeitonas” foi filmado entre Novembro de 1975 e Maio de 1976. Definido pelas próprias realizadoras como um “processo de animação cultural”, o filme visita a vila alentejana de Cuba, onde estava a ser desenvolvida “uma experiência de ensino ligada à comunidade”, na sequência da ocupação da Quinta de S. Pedro, levada a cabo por professores, alunos e trabalhadores da zona em 13 de Julho de 75. Os depoimentos recolhidos dão conta das expectativas dos envolvidos, das principais dificuldades com que se confrontaram e dos resultados alcançados ao longo de dez meses de ocupação.

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Aida Ferreira, hoje doutorada em Serviço Social e professora na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, integrava em 1975 a Comissão Interministerial de Animação Sócio Cultural, no âmbito do qual realizou este filme. Maria Teresa (Tetê) Moraes nasceu no Rio de Janeiro em 1943. Licenciada em Direito e trabalhando como jornalista, foi forçada a exilar-se, tendo vivido no Chile, nos Estados Unidos, na França e em Portugal durante a década de 1970. Desde “Aulas e azeitonas” realizou vários documentários, entre os quais se destacam “Terra para Rose” (1987), melhor filme nos festivais de Brasília e de Havana, e “O sonho de Rose” (1997), premiado em Havana e escolhido pelo público como melhor documentário do Festival do Rio de Janeiro.

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“O campo toma a palavra” é um dos primeiros e muito pouco conhecidos filmes de Vitor Silva, que mais tarde filmaria, entre outros, “Processo Andrómeda” (1984), “Necrofilia” (1985) e “O Rapaz do Tambor” (1990). Neste documentário, o realizador percorre o Ribatejo e testemunha a criação e a instalação de várias cooperativas na zona da Azambuja e da Comuna Popular de Aveiras de Cima.

DOCUMENTÁRIOS
Aulas e azeitonas
de Aida Ferreira e Tetê Moraes
[1976, 40′]
+
O campo toma a palavra
de Vítor Silva
[1976, 65′]

16 de Abril
quarta-feira, 21h30
entrada gratuita
org. A Escola da Noite / Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra > apoio: Casa da Achada – Centro Mário Dionísio

Faltam dois dias!

Terça-feira, Abril 15th, 2014

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