Posts Tagged ‘Teatro do Montemuro’

Festival das companhias – as fotos

Quarta-feira, Junho 17th, 2009

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ecos do Festival (2)

Quarta-feira, Junho 17th, 2009

COMPANHIAS CRITICAM CENTRALISMO DO GOVERNO

O Primeiro de Janeiro, 17/06/2009

 

COMPANHIAS DE TEATRO DIZEM-SE IGNORADAS PELA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Diário de Viseu, 17/06/2009

 

CRITICADA ATITUDE DO GOVERNO FACE AO TEATRO

Jornal de Notícias, 17/06/2009

 

COIMBRA ACOLHE FESTIVAL DE COMPANHIAS TEATRAIS

Diário de Coimbra, 17/06/2009

 

mais notícias

ecos do Festival

Terça-feira, Junho 16th, 2009

“Companhias de teatro exigem revisão do modelo de financiamento”, Diário do Minho, 16/06/09

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“Companhias reivindicam mais ‘atenção’ por parte do Estado”, Diário As Beiras, 16/06/09

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Diário do Festival: sexta-feira

Sábado, Junho 13th, 2009

 

 

Ao terceiro dia do Festival, as companhias quiseram chamar os representantes institucionais para debater os principais problemas com que se confrontam do dia-a-dia e, particularmente, os efeitos da aplicação das novas regras do financiamento público da criação artística. O debate realizou-se à hora marcada, em Campo Benfeito, e permitiu uma viva discussão com o único convidado que compareceu – o Director Regional da Cultura do Centro, António Pedro Pita. A DGArtes e as autarquias de Castro Daire e Lamego cancelaram a sua participação à última hora, o que reduziu o alcance pretendido para a discussão. Foram ainda assim elencados muitos dos problemas que vimos denunciando – a sub-orçamentação da cultura em Portugal, o regime de sobrevivência em que as companhias são obrigadas a trabalhar (e que se vem agravando de ano para ano), a falta de diálogo entre criadores e governantes -, mas também muitos dos contributos que as companhias entendem ter vindo a dar para o teatro em Portugal: na construção e na dinamização de espaços por todo o país, na manutenção de uma oferta regular de espectáculos por todo o território (construindo e fixando hábitos culturais entre a população) e, até, na construção de pontes entre a Administração Central e as autarquias locais, em matérias onde estes dois níveis de governação deveriam interagir muito mais.

Saímos de Campo Benfeito com uma inevitável sensação de “dejá vu” em relação a debates anteriores, é certo, mas com a convicção reforçada de que, enquanto estas discussões não forem levadas até ao fim, é necessário criar momentos de clarificação e de fixação de argumentos. Nesse sentido, o debate de ontem foi importantíssimo e revelou a grande sintonia existente entre as companhias da Plataforma e, inclusivamente, com o Trigo Limpo/ Teatro Acert, de Tondela, que aceitou o nosso convite para se juntar à discussão.

Num outro plano, é importante reter a intervenção de Sónia Botelho, jovem actriz do Teatro das Beiras, que destacou o contributo deste encontro para reforçar a ligação não só entre as companhias mas entre todos os seus membros individuais, que normalmente não podem participar nas reuniões preparatórias. O seu desafio foi aceite e imediatamente posto em prática: o modelo e o programa do próximo Festival, que terá lugar em Coimbra, está já a ser discutido informalmente por todos nós, nos corredores do hotel, à mesa das refeições e nos vários momentos de confraternização que este encontro nos proporciona.

À noite, em Castro Daire, a programação artística do Festival prosseguiu com a apresentação de “Memórias de Branca Dias”, do Cendrev, no Auditório Municipal de Cultura. Como tantos outros no país, que estas companhias conhecem bem, trata-se de um espaço com graves limitações técnicas, que condicionam de forma séria o tipo de espectáculos que ali podem ser apresentados. Assinala-se no entanto o esforço feito pela Câmara Municipal e pelo Teatro de Montemuro, que conseguiram minimizá-las para este Festival, colocando no palco uma estrutura provisória para a iluminação cénica. Não temos ainda números oficiais, mas foram seguramente mais de 100 pessoas a aplaudir o exigente trabalho de actriz de Rosário Gonzaga, sozinha em palco a interpretar o texto de Miguel Real, encenado por Filomena Oliveira.

No início da madrugada, o grupo ficou finalmente completo: chegou a ACTA, do Algarve, cujos compromissos não lhe permitiram participar no Festival desde o início. Estamos agora todos e assim continuaremos até Domingo. Teremos ainda mais três espectáculos, um debate e a grande festa de encerramento.

Junte-se também a nós!

Diário do Festival: quarta-feira

Quinta-feira, Junho 11th, 2009

 

 

Começou da melhor maneira a terceira edição do Festival das Companhias. Depois do reencontro entre os vários elementos dos grupos participantes, no Porto de Honra oferecido pelo Hotel Montemuro (onde estamos alojados), e de um grande jantar em que matámos saudades uns dos outros, fomos para Campo Benfeito, onde a companhia anfitriã nos brindou com a apresentação do seu mais recente espectáculo – “Presos numa corrente de ar”, estreado apenas na véspera.

Mais de duzentas pessoas encheram a sala, num verdadeiro ambiente de festa em que, à falta de cadeiras, ninguém se importou de ficar sentado no chão ou mesmo em pé.

A estreita ligação do Teatro de Montemuro com a população da pequena aldeia onde foi criado e se mantém sediado sente-se a todo o momento e é um belíssimo exemplo do que a criação artística pode fazer pelo desenvolvimento no interior do país. A existência de uma sala de teatro numa aldeia com pouco mais de sessenta habitantes no coração da Serra de Montemuro, construída graças à tenacidade, ao esforço e à convicção do núcleo de pessoas que integram este grupo, é a melhor prova de que desistência e resignação são palavras que não constam do léxico das gentes do teatro.

A noite acabou no bar das piscinas do Carvalhal, em mais um momento de confraternização entre os membros das companhias. Em cada encontro, reforçamos velhas amizades, estreitamos laços de companheirismo e conhecemos novas pessoas que entretanto se juntaram a cada um dos grupos. Aliada ao facto de fazermos questão de nos organizarmos de forma a podermos assistir e discutir os espectáculos uns dos outros, esta é uma das características que tornam este Festival tão singular no conjunto das variadíssimas itinerâncias que todas estas companhias vão fazendo ao longo do ano.

No segundo dia do Festival será a vez d’A Escola da Noite apresentar o seu trabalho. Escolhemos “Bonecos & Farelos”, de Gil Vicente, e será com um enorme prazer que estaremos pela primeira vez na cidade de Lamego, no histórico e muito bonito Teatro Ribeiro Conceição, recentemente recuperado.

Dois motivos perfeitos, portanto, para que se junte a nós e faça deste Festival das Companhias também o seu festival. Contamos consigo!