Posts Tagged ‘Igor Lebreaud’

Maio no TCSB – a programação completa

Domingo, Maio 1st, 2016

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Dança, música e literatura estão em destaque na programação de Maio do TCSB, que acolhe um especialíssimo concerto do sexteto “Catarina e os Mouros” e propõe uma visita a quatro dos maiores sucessos dos “Sábados para a infância”.

O mês começa com a oitava sessão do Clube de Leitura Teatral, co-organizado pelo TAGV e pel’A Escola da Noite. Igor Lebreaud, que dirige a sessão, escolheu um texto bem conhecido dos espectadores d’A Escola da Noite: “Jacques o seu amo”, de Milan Kundera. A peça é uma revisitação do autor checo ao texto de Diderot “Jacques, o fatalista” e foi apresentado pela companhia de Coimbra em 1999, ainda na antiga sala-estúdio do Pátio da Inquisição. A leitura, que como sempre tem entrada livre, terá lugar no dia 3 de Maio, terça-feira, pelas 18h30.

CATARINA E OS MOUROS EM CONCERTO

A 14 de Maio, às 21h30, o TCSB acolhe o concerto de Catarina e os Mouros, um sexteto reunido em torno da voz de Catarina Moura e da música tradicional portuguesa. Luís Pedro Madeira, Manuel Rocha, Miguel Veras, Ni Ferreirinha e Quiné Teles constituem a versão “renovada e aumentada” do grupo que se reuniu pela primeira vez com este nome em 2010 e que prepara agora a edição do seu primeiro trabalho discográfico. O disco (e o concerto, que serve também para o pré-apresentar ao público de Coimbra) oferece uma belíssima viagem a músicas que fazem parte da nossa memória colectiva. “É de memória que primeiro são as cantigas que a Catarina quer cantar, como quem se arma em deus e sopra vida ao corpo que parecia morto, tão morto pois tão caído no esquecimento. Primeiro cantou-as sozinha aos ouvidos de uns poucos que também se agradaram das cantigas e se lhe juntaram, a ela. Mouros como ela, fizeram com o seu nome aquilo que ela fez às cantigas de outras vozes – roubaram-lho. E passaram a dar pelo nome de Catarina e os Mouros” – explica o grupo no seu texto de apresentação.
Os bilhetes já estão à venda e podem ser reservados pelos contactos habituais do Teatro.

SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

“Ver a Odisseia para chegar a Ítaca”, de Leonor Barata, “Costurar cantigas e histórias da nossa memória”, do Taleguinho, “Catra… Pum!”, de Vânia Couto, e “Flores de Livro”, com Cláudia Sousa, são as quatro propostas d’A Escola da Noite para os Sábados para infância no TCSB.
Em “Ver a Odisseia…”, que estreou no TCSB em Março deste ano, Leonor Barata propõe uma viagem ao texto de Homero, a partir das adaptações de Maria Alberta Menéres e de Frederico Lourenço. Com a voz e o corpo, conduz as crianças ao longo da fantástica viagem de Ulisses, num espectáculo de dança e teatro indicado para todas as idades. O espectáculo é no dia 7 de Maio, pelas 11h00.
“Costurar cantigas e histórias da nossa memória”, do Taleguinho é provavelmente o maior sucesso dos Sábados para a Infância. Estreado no TCSB no início de 2015, regressa agora para uma sessão especialmente dedicada a todos aqueles que ainda não puderam vê-lo. Ao longo de 60 minutos, Catarina Moura e Luís Pedro Madeira proporcionam ao público o contacto com o património imaterial tradicional. Através de histórias cantadas, as crianças têm a oportunidade de escutar, num alinhamento recheado de temas tradicionais, canções, histórias, lengalengas, do aqui e do agora, contadas e cantadas. O concerto terá lugar às 11h00 de 14 de Maio.
No dia 21 de Maio, é a vez de Vânia Couto regressar ao TCSB, com o seu “Catra… Pum!” – um espectáculo de teatro, conduzido pela música, dinâmico e interactivo. Ao longo de uma hora, Catrapum viaja pelo mundo real e imaginário: um hospital de instrumentos que se transforma numa casa de fados, os ruídos das grandes cidades, o vento no topo de uma montanha, uma vela de um barco que não é um barco mas que vai navegar, um mar que se move e que soa dentro do público, por entre o público… Uma viagem pelo sons, desde o som cru até à música construída, através de paisagens sonoras, músicas tradicionais do mundo, misturando a electrónica e os sons acústicos, entre um cenário que se move e se multiplica.
Finalmente, no último sábado do mês, Cláudia Sousa traz a sua mala dos livros para uma nova sessão de leitura de contos para a infância. “Flores de Livro” terá lugar no dia 28 de Maio e inclui leitura, espaço para as crianças desenharem e a possibilidade de os meninos requisitarem livros para ler em casa ao longo do mês. Os bilhetes podem ser reservados pelos contactos habituais do TCSB.

COIMBRA A BRINCAR
Ainda em Maio, o Teatro da Cerca de São Bernardo acolhe duas iniciativas da Associação de Paralisia Cerebra de Coimbra (APCC), no âmbito da iniciativa “Coimbra a Brincar”: duas oficinas-espectáculo na manhã do dia 27 e a apresentação do livro “Cem linhas”, no bar do Teatro, na tarde do dia 28. As oficinas dirigem-se ao público escolar e requerem inscrição prévia; a apresentação do livro tem entrada gratuita.

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
Programação de Maio de 2016

LEITURA
Jacques e o seu amo, de Milan Kundera
Clube de Leitura Teatral – Coimbra
dir. Igor Lebreaud
3 de Maio
terça-feira, 18h30
[sessões preparatórias: 29/04 e 02/05, 21-24h00; 03/05, 15-18h00]
60′ > entrada livre

DANÇA
Ver a Odisseia para chegar a Ítaca
Leonor Barata
7 de Maio
sábado, 11h00
M/6 > 60′ > 3 a 5 Euros
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

MÚSICA
Costurar cantigas e histórias da nossa memória
Taleguinho
14 de Maio
sábado, 11h00
M/3 > 60′ > 2,5 a 5 Euros
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

MÚSICA
Catarina e os Mouros
14 de Maio
sábado, 21h30
M/6 > 90′ > 6 a 10 Euros

MÚSICA
Catra… pum!!!
Vânia Couto
21 de Maio
sábado, 11h00
M/3 > 45′ > 2,5 a 5 Euros
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

OFICINA-ESPECTÁCULO
Cem Linhas
Adriana Campos
27 de Maio
sexta-feira, 11h00 e 13h30
sessões para o público escolar, mediante reserva prévia
6 aos 10 anos > entrada gratuita
org. APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, no âmbito da iniciativa “Coimbra a Brincar”

LEITURA DE CONTOS PARA A INFÂNCIA
Flores de Livro
Cláudia Sousa
28 de Maio
sábado, 11h00
M/4 > 60′ > 2,5 a 3 Euros
SÁBADOS PARA A INFÂNCIA NO TCSB

APRESENTAÇÃO DE LIVRO
Cem linhas
28 de Maio
sábado, 16h00
Bar do TCSB > entrada livre
org. APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, no âmbito da iniciativa “Coimbra a Brincar”

informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

Igor Lebreaud: “O humor ajuda-nos a ver com mais clareza”

Sexta-feira, Setembro 18th, 2015
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Igor Lebreaud “à conversa com” os alunos de Teatro do Colégio São Teotónio, 18/09/2015 (foto: Nuno Mendes)

Igor Lebreaud, actor d’A Escola da Noite, esteve esta manhã no Colégio São Teotónio à conversa com os alunos do Curso de Teatro – Interpretação. A iniciativa faz parte das actividades que assinalam o arranque do ano lectivo.

O percurso artístico do actor (que trabalha com a companhia desde 2009) e as especificidades da sua profissão estiveram entre os principais temas da conversa, suscitando várias perguntas dos jovens alunos. Para além de partilhar com os participantes a forma como começou a fazer Teatro, Igor referiu-se em concreto a alguns dos espectáculos mais marcantes da sua carreira, como “Atravessando as palavras há restos de luz” (a sua primeira colaboração com A Escola da Noite, ainda enquanto estagiário), “Novas diretrizes em tempos de paz” ou “As Orações de Mansata”.

Em foco esteve também o mais recente espectáculo da companhia – “A Canoa”, de Cándido Pazó -, que estreou ontem, no Teatro da Cerca de São Bernardo. Igor Lebreaud levantou um pouco o véu sobre o que os espectadores podem esperar desta nova produção e referiu-se ao equilíbrio entre drama e comédia que caracteriza a peça: “o humor ajuda-nos a ver com mais clareza”, defendeu.

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Igor Lebreaud “à conversa com” os alunos de Teatro do Colégio São Teotónio, 18/09/2015 (foto: Nuno Mendes)

Em “A Canoa”, Igor Lebreaud interpreta o papel de Suso, um dos actores que preparam um espectáculo sobre violência doméstica, inspirado por um episódio de que foram testemunhas, passado no prédio em que decorrem os ensaios. Estreada ontem à noite no Teatro da Cerca de São Bernardo, a 63.ª produção d’A Escola da Noite fica em cena em Coimbra até 18 de Outubro (de quinta a domingo) e cumprirá igualmente uma temporada para escolas, entre 30 de Setembro e 16 de Outubro.

Hoje no TCSB: “Da sensação de elasticidade…” em matiné

Domingo, Maio 31st, 2015
Igor Lebreaud, Jorge Loureiro, Filipe Eusébio, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash, "Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres" (foto: Augusto Baptista)

Igor Lebreaud, Jorge Loureiro, Filipe Eusébio, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash, “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres” (foto: Augusto Baptista)

Hoje o espectáculo à tarde (16h00).

O mais novo espectáculo d’A Escola da Noite está em cena em Coimbra só até ao próximo sábado, dia 6 de Junho. Não deixe passar esta oportunidade!

TEATRO
Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres
de Matéi Visniec
encenação António Augusto Barros

tradução Luiza Jatobá versão António Augusto Barros e Sofia Lobo elenco Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Joel Santos, Jorge Loureiro, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sofia Lobocenografia João Mendes Ribeiro figurinos, adereços e imagem gráfica Ana Rosa Assunção desenho de luz Rui Simão vídeo Eduardo Pinto som Zé Diogo

Coimbra, TCSB

28 de Maio a 6 de Junho

quinta a sábado, 21h30 > domingo, 16h00

M/14 > 2h30, com 2 intervalos > 5 a 10 Euros

Hoje no TCSB: “Flores de Livro” e “Da sensação de elasticidade…”

Sábado, Maio 30th, 2015
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“Flores de Livro”, por Cláudia Sousa

Começa cedo o dia no Teatro da Cerca de São Bernardo.

Cláudia Sousa abre daqui a pouco a sua mala dos livros para mais uma sessão de histórias e desenhos para os mais pequenos.

À noite, pelas 21h30, Sergiu Penegaru continua, com muito humor, a sua luta pela liberdade, contra todos os totalitarismos e tentativas de imposição de pensamentos únicos.

Faça-nos companhia!

LEITURA DE CONTOS PARA A INFÂNCIA
Flores de Livro
Cláudia Sousa
30 de Maio
sábado, 11h00
M/4 > 50′ > 3 Euros (individual); 5 Euros (criança + acompanhante)
Sábados para a infância no TCSB

TEATRO
Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres
de Matéi Visniec
encenação António Augusto Barros

Jorge Loureiro, Igor Lebreaud e Maria João Robalo, "Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres" (foto: Augusto Baptista)

Jorge Loureiro, Igor Lebreaud e Maria João Robalo, “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres” (foto: Augusto Baptista)

tradução Luiza Jatobá versão António Augusto Barros e Sofia Lobo elenco Filipe Eusébio, Igor Lebreaud, Joel Santos, Jorge Loureiro, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sofia Lobocenografia João Mendes Ribeiro figurinos, adereços e imagem gráfica Ana Rosa Assunção desenho de luz Rui Simão vídeo Eduardo Pinto som Zé Diogo

M/14 > 2h30, com 2 intervalos > 5 a 10 Euros

Hoje no TCSB: nova temporada de “Da sensação de elasticidade…”

Quinta-feira, Maio 28th, 2015
Maria João Robalo e Igor Lebreaud, "Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres", de Matéi Visniec (foto: Augusto Baptista)

Maria João Robalo e Igor Lebreaud, “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres”, de Matéi Visniec (foto: Augusto Baptista)

Começa hoje a nova temporada em Coimbra de “Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres”, de Matéi Visniec. É o mais recente espectáculo d’A Escola da Noite e fala da arte como forma de resistir a todas as formas de totalitarismo.

Hoje, por ser quinta-feira, o bilhete é mais barato: preço único de 5 Euros. Aproveite!

TEATRO
Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres
de Matéi Visniec
encenação António Augusto Barros

Sérgiu Penegaru é um escritor que se recusa a escrever poemas patrióticos e admira o surrealismo. Na Roménia comunista do final da década de 50 do século XX, isso é suficiente para que entre na “lista negra”. As suas obras são proibidas e é preso em Sighet – a penitenciária que realmente existiu, por onde passaram e onde morreram dezenas de presos políticos nesse período.
Como forma de resistir ao cárcere, Penegaru e os seus três companheiros de cela divertem-se a representar “A cantora careca”, de Eugène Ionesco.
O teatro – e, em particular, o teatro do absurdo de Ionesco – não só ajuda os quatro homens a distanciarem-se do horror com que são confrontados como acentua o absurdo da própria realidade em que vivem. Não se trata apenas de sobreviverem fisicamente, ainda que isso estivesse também em causa. Trata-se, como sempre acontece contra regimes totalitários e opressivos, de salvaguardar a liberdade de pensamento individual, de resistir à mais perigosa das manipulações, aquela que é operada dentro das próprias cabeças dos seres humanos. Neste sentido, tanto as anedotas políticas que Penegaru tem sempre para contar, como a poesia que não consegue parar de escrever, como o teatro que leva para dentro da prisão são mais do que escapes ou do que fugas à realidade. São formas activas de resistência e de luta pela liberdade e, portanto, pela dignidade humana.

tradução Luiza Jatobá versão António Augusto Barros e Sofia Lobo elencoFilipe Eusébio, Igor Lebreaud, Joel Santos, Jorge Loureiro, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sofia Lobo cenografia João Mendes Ribeiro figurinos, adereços e imagem gráfica Ana Rosa Assunção desenho de luz Rui Simão vídeoEduardo Pinto som Zé Diogo

M/14 > 2h30, com 2 intervalos > 5 a 10 Euros