Posts Tagged ‘do monólogo coisa pública’

celebração do monólogo

Quinta-feira, Março 4th, 2010

“Já por lá passou o piano de António Pinho Vargas, a intensidade do Vulcão de Custódia Gallego e as histórias de Espanha contadas por Cándido Pazó. Segue-se, nesta celebração do monólogo enquanto género teatral – organizado pela Escola da Noite –, o regresso da actriz Ana Bustorff à Companhia de Teatro de Braga. Mas não poderíamos deixar de destacar a presença em Coimbra da autora, encenadora e actriz brasileira Denise Stoklos, alvo de elogios da crítica internacional e com um currículo rechedo de prémios. E logo com dois espectáculos. O primeiro, Mary Stuart – construído a partir de vários textos sobre a rainha da Escócia – é descrito como um dos seus trabalhos mais emblemáticos, assente naquilo que a artista denomina de «teatro essencial», por utilizar «o mínimo de recursos materiais e o máximo dos próprios meios do actor – corpo, voz e pensamento». A versatibilidade de Stoklos é igualmente exposta em Calendário da Pedra, uma produção mais recente, de 2001, inspirada pelo poema Book of Anniversary, de Gertrude Stein. Espera-se uma entrega intensa e completa ao palco.”

Joana Loureiro in Visão [4 Março 2010]

Fotografia de Thaís Stoklos Kignel

Concerto “à la Carte” com Ana Bustorff | 4 de Março | quinta | 21h30 | Teatro Académico de Gil Vicente

Mary Stuart Denise Stoklos | 5 de Março | sexta | 21h30 | Teatro Académico de Gil Vicente

Calendário da Pedra Denise Stoklos | 6 de Março | sábado | 21h30 | Teatro da Cerca de São Bernardo

Os espectáculos são parte integrante do ciclo “do monólogo, coisa pública”, inserido na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, uma organização d’A Escola da Noite e da Reitoria da Universidade de Coimbra.

um radical exercício de teatro

Quarta-feira, Março 3rd, 2010

Concerto “à la Carte” é um espectáculo sem diálogos, mas em que os gestos, os hábitos, as manias – toda a implacável rotina quotidiana da solitária Senhora Rasch – falam connosco e possivelmente até falam de nós. O encenador Rui Madeira situa a actriz Ana Bustorff nesta “partitura feita de silêncios” que “é música interior da Senhora Rasch”, mas também a música interior de um tempo em que as pessoas passam cada vez mais horas sozinhas (ou com a televisão). Façamos como a Senhora Rasch: penduremos o casaco e sentemo-nos a ouvir a nossa própria respiração. in Público [31/03/2009]

Veja o dossier de imprensa aqui!

fotografia Paulo Nogueira

Concerto “à la Carte” de Franz Xaver Kroetz, com Ana Bustorff, encenação de Rui Madeira

AMANHÃ, 4 de Março, 21h30 no Teatro Académico de Gil Vicente.


O espectáculo é parte integrante do ciclo “do monólogo, coisa pública”, inserido na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, uma organização d’A Escola da Noite e da Reitoria da Universidade de Coimbra.

Cándido Pazó: um homem de teatro

Terça-feira, Março 2nd, 2010

Sou um homem de teatro. A partir de 1989, já escrevia teatro, fazia encenações. Depois, sempre fui um conversador. Gostava de contar histórias, sem o mínimo projecto profissional, sem sequer saber que havia essa possibilidade. Quando o Quico Cadaval estava a trabalhar em Madrid, encontrou muitos sul-americanos contadores de histórias, nomeadamente colombianos (na Colômbia, cuentero é uma profissão normal, reconhecida). O Quico gostou daquilo, voltou para a Galiza e montou o espectáculo Falar por falar. O sucesso foi grande, o que o levou a pensar numa dinâmica contista na Galiza. Desafiou-me e, um dia, no final de um espectáculo, chamou-me ao palco para eu contar uma história. Foi o começo. Hoje trabalho mais a contar histórias do que no teatro. Embora continue a fazer teatro, a escrever.

fotografia de J. N. Casal

Para conhecer melhor este actor, autor e encenador galego leia aqui uma entrevista dada à “cena aberta”, a propósito de uma das suas apresentações em Coimbra. Recordamos que amanhã, 3 de Março, quarta, às 21h30, no TCSB, Cándido Pazó apresenta o espectáculo “Histórias Tricolores”, integrado no ciclo “do monólogo, coisa pública“.

a humanidade consegue viver sem violência?

Terça-feira, Março 2nd, 2010

Fotografia Margarida Dias

Talvez a felicidade seja possível. Talvez dependa do modo como nos posicionamos no contexto em que vivemos, do modo como somos reconhecidos pelos outros e de como nos aceitamos e nos pensamos a nós próprios. João Grosso, ENCENADOR [continue a ler aqui!]

A génese de “Vulcão” está numa conversa que a Custódia Gallego teve comigo num dia de Maio há já uns anos. Perguntou-me então, simplesmente, se eu gostaria de lhe escrever um texto para o teatro, um monólogo. Abel Neves, DRAMATURGO [continue a ler aqui!]

A história começa num dia em que Custódia Gallego troca a faculdade de medicina pelo conservatório de teatro que acaba em 1985. Custódia Gallego, INTÉRPRETE [continue a ler aqui!]


Vulcão de Abel Neves, com Custódia Gallego, HOJE, 2 de Março, 21h30 no Teatro da Cerca de São Bernardo.


O espectáculo é parte integrante do ciclo “do monólogo, coisa pública”, inserido na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, uma organização d’A Escola da Noite e da Reitoria da Universidade de Coimbra.

dizer sempre que “sim, para não o contrariar”

Segunda-feira, Março 1st, 2010

Valdete tem uma jóia de marido que se transforma num exterminador implacável. Já vimos isto em qualquer lado (tipo as manchetes dos últimos dias), mas este espectáculo não é só sobre violência doméstica. […] Valdete é uma mulher de meia-idade. Tem com o cabelo desgrenhado, os olhos esbugalhados e as mãos vermelhas de tanto as esfregar. Fala num fôlego só, como se o mundo fosse acabar naquele momento e ela não tivesse tempo de contar a sua história. […] Claúdia Silva in Público [2 Dezembro 2009] Continue a ler aqui!

Fotografia de Margarida Dias

Em “Vulcão”, de Abel Neves, uma mulher revive a sua história infeliz com um marido monstruoso, a quem aprendeu a dizer sempre “sim, para não o contrariar”. “Agora, vou ser feliz”, diz ela no início do monólogo, antes de iniciar a sua viagem ao passado e recordar como, quando casou, sonhava com um amor luminoso que, depois do nascimento de um filho cego, se transformou num pesadelo. […] in DN [20 Novembro 2009] Continue a  ler aqui!

Vulcão de Abel Neves, com Custódia Gallego, AMANHÃ, 2 de Março, 21h30 no Teatro da Cerca de São Bernardo.

O espectáculo é parte integrante do ciclo “do monólogo, coisa pública”, inserido na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, uma organização d’A Escola da Noite e da Reitoria da Universidade de Coimbra.