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mais 25 de Abril no Departamento de Antropologia

Sábado, Abril 19th, 2014

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Abre na próxima terça-feira, dia 22 de Abril, a exposição audio-vídeo “Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada (fragmentos)”, organizada pelo Centro de Documentação 25 de Abril e pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Partindo da exposição “J’ai la tête figée entre la nuit et l’aurore: collages”, preparada a pedido do Consulado Português para Lille: Capital Europeia da Cultura em 2000 o artista plástico ARTMINI (Phillippe Martini) prepara agora para mostrar em Coimbra uma instalação audio-vídeo de obras (colagens e “mobiles”) abordando de uma forma plasticamente inovadora o 25 de Abril de 1974.

Paisagem / banda sonora de autoria da atriz e cantora francesa Margarida Guia, que em dois espetáculos ao vivo (22 e 25 de Abril) interpretará poemas e textos de autores portugueses.

A exposição conta com a colaboração d’A Escola da Noite e estará patente no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra até 31 de Maio.

“Filmes revolucionários de Abril” no TCSB

Sexta-feira, Abril 18th, 2014

As quartas-feiras de documentários no TCSB abrem-se agora, no âmbito das Comemorações dos 40 anos do 25 de Abril em Coimbra, ao ciclo “Filmes Revolucionários de Abril”, uma organização das Sessões do Carvão com a colaboração do Fila K Cineclube, da Prisma e d’A Escola da Noite, com coordenação de Sérgio Dias Branco.

Para além dos dois filmes exibidos no Teatro – “A Lei da Terra” e “Deus Pátria Autoridade”, há mais duas sessões na Casa das Caldeiras. A programação estende-se ao longo de duas quartas-feiras – 23 e 30 de Abril – e todas as sessões têm entrada gratuita.

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Comemoram-se os 40 anos do 25 de Abril. Vale a pena revisitar o processo revolucionário através do modo como foi registado e reflectido no cinema politizado produzido nesses anos. Estes são quatro filmes documentais com diferentes focos. “Continuar a viver ou Os Índios da Meia-Praia” (1976) mostra a transformação das condições de vida e trabalho de uma pobre comunidade piscatória no Algarve. “A Lei da Terra” (1977), rodado em 1976, descreve os desenvolvimentos em torno da reforma agrária no Alentejo, das ocupações de terras às unidades colectivas de produção agrícola. “As armas e o Povo” (1975) cobre o período entre o 25 de Abril e o 1 de Maio de 1974, juntando as grandes movimentações de rua aos discursos políticos. “Deus Pátria Autoridade” (1976) usa imagens de arquivo e analisa criticamente a ideologia da ditadura fascista, a partir dos aspectos enumerados no título que Salazar considerava indiscutíveis.

Sérgio Dias Branco

Ciclo de Documentários
FILMES REVOLUCIONÁRIOS DE ABRIL

Continuar a viver ou Os Índios da Meia-Praia
de António Cunha Teles
Casa das Caldeiras
23 de Abril
quarta-feira, 18h30
(1976, 110’)

A Lei da Terra
do Grupo Zero
Teatro da Cerca de São Bernardo
23 de Abril
quarta-feira, 21h30
(1975, 67’)
seguido de debate sobre a Reforma Agrária, com Sérgio Dias Branco (Universidade de Coimbra/CEIS 20) e Alfredo Campos (Confederação Nacional da Agricultura), moderado por Tiago Jerónimo (Prisma)

As armas e o povo
do Colectivo de Trabalhadores da Actividade Cinematográfica
Casa das Caldeiras
30 de Abril
quarta-feira, 18h30
(1975, 78’)

Deus Pátria Autoridade
de Rui Simões
Teatro da Cerca de São Bernardo
30 de Abril
quarta-feira, 21h30
(1976, 110’)
seguido de debate sobre a ideologia fascista em Portugal, com Rui Simões (realizador) e Manuel Loff (Universidade do Porto/IHC), moderado por Pedro Rodrigues (A Escola da Noite)

Hoje no TCSB: “Quem semeia deve colher”, de PeA Holmquist

Quarta-feira, Abril 9th, 2014

Na segunda semana do ciclo que organizamos com o Centro de Documentação 25 de Abril passamos um filme raro, do início da carreira do sueco PeA Holmquist.

O documentário “Quem semeia deve colher” viaja entre a morte de Catarina Eufémia em 1954 e a satisfação do Cónego Melo com o 25 de Novembro, passando pelas movimentações internacionais de Mário Soares e as “mocas” de Rio Maior…

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“Quem semeia deve colher” passa no écran do TCSB às 21h30 e tem entrada gratuita. Não perca.

Catarina Eufémia, Soares e o Cónego Melo: o olhar de PeA Holmquist sobre o 25 de Abril

Terça-feira, Abril 8th, 2014

Saiu aquele malandro de trás do releiro e disse:
– O que é vocês querem, burras?
E a Catarina Eufémia tinha um menino no colo e disse:
– A gente quer paz, pão e trabalho.
E ele assim que ela diz isto diz:
– Burra, tu queres é isto.
Deu-lhe um tiro e ela caiu para o lado.

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Quem semeia deve colher

de PeA Holmquist

A 19 de maio de 1954, Catarina Eufémia foi assassinada em Baleizão, no Alentejo, por um tenente da GNR. Participava numa acção de trabalhadores rurais que reivindicavam o pagamento de salários minimamente justos.
O documentário de PeA Holmquist começa com o relato do episódio feito por uma companheira de Catarina e parte daí para uma panorâmica do período “quente” da Revolução, até ao 25 de Novembro de 1975. As marcas da guerra colonial, o êxodo e o anúncio do regresso dos empresários que fizeram fortuna durante o Estado Novo, bem como as principais movimentações militares e partidárias durante este período são alguns dos focos do filme.
Entre os depoimentos da época, incluem-se várias declarações de Mário Soares e de outros membros do Partido Socialista mas também do Cónego Melo, que saúda o 25 de Novembro como o “acordar do sonho” dos militares que fizeram a Revolução.
No final, ainda assim, é a Grândola que se ouve, cantada em plena seara pelas companheiras de Catarina.

PeA Holmquist
Documentarista, realizador e produtor nascido em 1947 em Kristianstad, na Suécia. Formado pela Escola de Fotografia Christer Strömholm. Começou como fotógrafo de moda mas escolheu depois ser fotógrafo de guerra do Sudeste Asiático. Trabalhou na televisão sueca como director de fotografia. A partir de 1975, iniciou uma carreira como realizador e documentarista independente, trabalhando sobretudo na Europa e no Médio Oriente. Desde 1992, é responsável pelo departamento de documentários do Dramatiska Institutet, a Escola Nacional de Cinema da Suécia. Foi presidente da Rede Europeia de Documentários entre 1995 e 1999.
Dirigiu e produziu mais de 50 documentários, com os quais ganhou vários prémios em todo o mundo.

realização PeA Holmquist [1978, 52′]

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Teatro da Cerca de São Bernardo
9 de Abril
quarta-feira, 21h30
entrada gratuita
org. A Escola da Noite / Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra > apoio: Casa da Achada – Centro Mário Dionísio

dois meses que começam hoje

Quarta-feira, Abril 2nd, 2014
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Jornal de Notícias, 2 de Abril de 2014