“Max e René. Um monólogo e um cão.”, de José Maria Vieira Mendes | Clube de Leitura Teatral

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José Maria Vieira Mendes é o convidado de Fevereiro do Clube de Leitura Teatral, iniciativa conjunta d’A Escola da Noite e do Teatro Académico de Gil Vicente.

“Max e René. Um monólogo e um cão.” foi o texto que escolheu para a leitura que vai dirigir a 6 de Fevereiro, na qual, como habitualmente, qualquer pessoa pode participar:

Max, protagonista desta peça, apercebe-se de que nada “contempla” Max: “o dicionário, a gramática, os outros, os livros, os nomes, a biologia, nem sequer um espelho, nada contempla Max.” Este facto faz com que Max não exista e por isso, na companhia de René, animal canídeo por quem se apaixonará, decide fazer uma viagem pela selva em busca de reconhecimento e existência. Este trajecto ajudará Max a achar uma língua mais próxima mas também a encontrar um outro significado para existir, a que chega através da experiência do amor. O amor pacifica Max e permitirá deixar de olhar para o desfasamento que sente em relação à linguagem como uma tragédia existencial e passar a olhar para a linguagem como um outro que faz e que se pode desfazer com amor.

Max e René é a peça de uma aventura e de uma viagem e do encontro com o amor entre espécies, num cenário botânico onde as identidades se multiplicam e podem complexificar-se em liberdade.

LEITURA
Max e René. Um monólogo e um cão.
de José Maria Vieira Mendes
Clube de Leitura Teatral
6 de Fevereiro de 2018
Terça-feira, 18h30
TAGV > entrada gratuita
Sessões preparatórias: 5/02, 18h30-21h30; 6/02, 15h00-18h00
[evento FB]

informações e inscrições:
clube.leitura.teatral@gmail.com

 

JOSÉ MARIA VIEIRA MENDES
José Maria Vieira Mendes nasceu em 1976 e escreve e traduz teatro. Frequentou, em 2000, a International Summer Residency do Royal Court Theatre of London, no International Forum 2008 dos Berliner Festspiele.
Traduziu teatro de Samuel Beckett, Jon Fosse, Harold Pinter, Heiner Müller, Fassbinder, Dea Loher, Duncan McLean ou Bertolt Brecht.
O seu trabalho no teatro está desde sempre, e de vários modos, ligado aos Artistas Unidos e também, atualmente, ao Teatro Praga, como membro da companhia.
Das suas peças destacam-se: Dois Homens (1998); Se o Mundo não fosse assim (2004); A Minha Mulher (2007); O Avarento ou A última festa (2007); Onde Vamos Morar (2008); Aos Peixes (2008) e ANA (2009).
Algumas das suas peças foram já traduzidas para inglês, francês, italiano, espanhol, polaco, norueguês, eslovaco, romeno, turco, sueco e alemão, com produções na Alemanha ou na Suécia.
Foi distinguido com o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte 2000 do Instituto Português das Artes do Espetáculo, Prémio ACARTE/Maria Madalena Azeredo Perdigão 2000 da Fundação Calouste Gulbenkian, Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva 2006, atribuído pelo Instituto Camões e Funarte pela peça A Minha Mulher.

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