Archive for Março 21st, 2014

Hoje no TCSB: segundo dia de “As Orações de Mansata”

Sexta-feira, Março 21st, 2014

TERCEIRO TALIBÉ

Estaremos todos lá, desde o primeiro momento, para enaltecer a beleza da nossa nação. […] E todo o mundo ficará a saber como é que é o alvorecer numa nação que renasce das cinzas para se tornar no mais belo jardim do mundo. […] Deixe-me falar-lhe da nossa fé, da nossa esperança, daquilo que pretendemos quando for o MALDIN. Não quer saber mesmo? Está bem… Não faz mal. Mas no dia em que o nosso Sol começar a arder, não se esqueça de nós… Iremos celebrar! E eu contarei como foi esta longa caminhada, quão dolorosa foi esta longa e anárquica noite… Nesse dia vou mostrar tudo o que vi mas me recuso a enxergar…

“As Orações de Mansata”, Abdulai Sila

Jorge Biague, Ridson Reis e Igor Lebreaud, "As Orações de Mansata" (foto: Augusto Baptista)

Jorge Biague, Ridson Reis e Igor Lebreaud, “As Orações de Mansata” (foto: Augusto Baptista)

 TEATRO

As Orações de Mansata
de Abdulai Sila
co-produção Cena Lusófona / A Escola da Noite / Companhia de Teatro de Braga / Teatro Vila Velha (Salvador, Brasil)
dramaturgia e encenação António Augusto Barros elenco Amador Fernandes, Ella Nascimento, Emílio Lucombo, Igor Lebreaud, Jorge Biague, Marleny Musa, Miguel Magalhães, Paulo Figueira, Ridson Reis, Rogério Boane, Solange Sá, Trindade Gomes da Costa, Wilson de Sousacenografia João Mendes Ribeiro e Luísa Bebiano figurinos e adereços Ana Rosa Assunção direcção musical Jarbas Bittencourt apoio coreográfico / movimento Zebrinha desenho de luz Fernando Conceição
2h30 com intervalo > M/12

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo (Portugal)
20 a 30 de Março
quinta a sábado, 21h30; domingos, 16h00
5 a 10 Euros > assinaturas TCSB: 30 Euros (5 bilhetes); 50 Euros (10 + 1 bilhete)

Línguas

Sexta-feira, Março 21st, 2014

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Contenho vocação pra não saber línguas cultas.
Sou capaz de entender as abelhas do que alemão.
Eu domino os instintos primitivos.

A única língua que estudei com força foi a portuguesa.
Estudei-a com força para poder errá-la ao dente.

A língua dos índios Guatós é múrmura: é como se ao
dentro de suas palavras corresse um rio entre pedras.

A língua dos Guaranis é gárrula: para eles é muito
mais importante o rumor das palavras do que o sentido
que elas tenham.
Usam trinados até na dor.

Na língua dos Guanás há sempre uma sombra do
charco em que vivem.
Mas é língua matinal.
Há nos seus termos réstias de um sol infantil.

Manoel de Barros

A Escola da Noite deseja-vos um óptimo Dia Mundial da Poesia!

(desenho de Ana Rosa Assunção para cartaz de espectáculo antigo)